sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Exposição “Notre Dame: Por Detrás da Porta Sagrada”

A exposição de fotos “Notre Dame: Por Detrás da Porta Sagrada” é fruto de um olhar diferenciado de dois jovens fotógrafos franceses: Erwan Parisy, que descobriu a fotografia aos 12 e Mathieu Guinet, que comprou sua primeira câmera aos 15.

Hoje, com cerca de 35 anos, ambos conseguiram redescobrir a Catedral de Notre-Dame de Paris, um monumento esplendoroso, tão frequentado, estudado, visitado e fotografado de forma inusitada.

Tendo obtido acesso aos recantos mais secretos da Catedral, eles conseguiram capturar a alma de Notre-Dame, revelando a vibração nela deixada por cada um de seus construtores.

A técnica fotográfica revela a arquitetura única e nos transporta desde o passado, com suas colunas, seus deslumbrantes arcos e vitrais coloridos, até a catedral de hoje em dia.

As imagens, que irradiam uma luminosidade fantástica e uma atmosfera quase sobrenatural, são totalmente reais e fiéis.

Esta incrível exposição oferece uma visão totalmente inédita desta jóia da arquitetura medieval, expondo sua aura mística e divina.

Após uma bem sucedida mostra na Église de St. Roch, a exposição está em cartaz no número 76 da Rue des Saints Pères, até o dia 14 de outubro, de segunda a sexta, das 08h às 20h, com entrada gratuita.













quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Catedral de Notre Dame de Paris

A Catedral de Notre Dame é visitada por mais de 9.000.000 de pessoas por ano e é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico e ainda considerada como uma das catedrais mais bonitas de todo o mundo.

Sua construção foi iniciada no ano de 1163, sob o Bispado de Maurice de Sully e do Papado de Alexandre III e durou 182 anos durante os quais cerca de 160.000 pessoas lá trabalharam até a sua conclusão, quando foi dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo e fica na Île de la Cité, no meio do Rio Sena.

Ela surgiu ligada à ideia do Gótico no seu esplendor, ao efeito claro das necessidades e aspirações da sociedade: a abordagem da catedral como edifício de contato e ascensão espiritual, onde o uso da arquitetura é um instrumento de poder.

No século XI, a vida urbana transformou-se em um ritmo acelerado, a cidade ressurgiu com muita importância nas áreas da política e da economia e, com isso, ascende também a burguesia e a influência do clero urbano e o resultado é uma rápida substituição das construção religiosas fora das cidades, nas comunidades rurais, pelo novo símbolo da prosperidade citadina, a catedral gótica.

Na Catedral de Notre-Dame de Paris, além de uma série de valiosas obras de arte, há também um tesouro raro: seu órgão com cerca de 8.000 tubos, cujo organista tem, segundo várias fontes, um dos trabalhos de maior prestígio em toda a França.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Obélisque de Louxor

Ao contrário do que muitos imaginam, o Obélisque de Louxor não foi trazido à França por Napoleão Bonaparte como parte de seus espólios de guerra: em 1829, Mehmet Ali, Vice-Rei do Egito, ofereceu dois obeliscos ao povo francês mas somente um deles – devido a tecnologia da época – chegou a Paris em 21 de dezembro de 1833 - bem depois do fim da era napoleônica, em 1815.

Feito a partir de granito rosa extraído de Assuão, o milenar obelisco tem cerca de 3.300 anos, 23 metros de altura e pesa 230 toneladas, sendo decorado com centenas de hieróglifos referentes ao Faraó Ramsés II.

Três anos depois, em 25 de outubro de 1836, o Rei Louis-Philippe Ier, colocou-o no centro da Place de la Concorde, no local antes ocupado pela guilhotina durante a Revolução Francesa e onde foi erguido pelo arquiteto Apollinaire Lebas com a ajuda de máquinas de elevação.

Diz-se que tanto o Rei, quanto a Família Real não apareceram em público até o dia da inauguração do obelisco, em recorrência da má fama que o Rei tinha entre os populares do período.

Em 1990, em seu primeiro mandato, o Presidente François Mitterrand devolveu oficialmente o outro obelisco aos egípcios.




terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Centre Georges Pompidou

O Centre National d'Art et de Culture Georges-Pompidou, simplesmente conhecido por Centre Georges Pompidou ou ainda como Centre Beaubourg – por conta da rua onde se encontra sua entrada principal.

Sua construção iniciada em 1971 e finalizada em 1977 e o complexo abriga museu, biblioteca, teatros e outros equipamentos culturais, tornando-o um dos locais mais visitados de Paris.

Em sua biblioteca há uma vasta coleção de livros, acesso gratuito à internet, jornais e revistas de todas as partes do mundo e televisões com canais internacionais e, há pouco tempo o centro anexou o Atelier Brancusi que abrigava as esculturas do artista romeno Constantin Brancusi, recriando o seu ambiente e as suas condições de trabalho, como a luminosidade de seu estúdio.

Desenhado pelos arquitetos italianos Renzod Piano e Richard Rogers (britânico naturalizado), o projeto foi considerado extremamente arrojado e foi bastante criticado, apesar de inserido em um momento de crise da arquitetura moderna.

Alguns estudiosos da arquitetura consideram o Centro (tanto pela sua arquitetura quanto pela sua proposta) como sendo um dos marcos iniciais da pós-modernidade nas artes e sua implantação configura a existência de um espaço público (a praça do Centro) para o qual as suas atividades internas se estendem.

O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje e se inspira na arquitetura industrial e nas novas tecnologias, como as grandes tubulações de serviço e ar condicionado aparentes, as as escadas rolantes externas o sistema estrutural em aço, com sua semelhança aos sistemas industriais.




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pershing Hall

Esta semana fomos conhecer o descolado, elegante e exclusivo Pershing Hall, um hotel situado no meio do poderoso triângulo formado pelos Champs Elysées, Avenue Montaigne e Avenue George V e que ocupa um hôtel particulier construído ao final do Século XVIII pelo Conde de Paris no número 49 da Rue Pierre Charron e que conta com apenas 26 quartos.

O edifício é, até hoje, um dos mais belos exemplos da arquitetura daquela época: a fachada, a grande escadaria, o tamanho dos quartos e suas linhas elegantes que quase não sofreram alterações ao longo dos anos, preservam a beleza e harmonia do período imperial.

Por detrás da sua fachada discreta, suas áreas comuns ficam ao entorno de um pátio a céu aberto, coberto por um telhado de vidro que pode ser recolhido, onde um jardim vertical sobe mais de 30 metros acima e que tem mais de 300 espécies de árvores e arbustos vindos das Filipinas, do Himalaia e da Amazônia, tendo sido concebido pelo afamado Patrick Blanc, criador do muro verde do Musée du Quai Branly, também em Paris.

O seu restaurante é um lugar único, onde o ambiente mudar radicalmente entre o dia e a noite e têm ambientes abertos e salas privadas, ideais para almoços ou jantares de negócios.

O menu muda constantemente e oferece o equilíbrio certo entre a tradicional cozinha francesa e a inspiração da cozinha internacional, que seguem as estações do ano, o que se chama aqui de cozinha gourmet sazonal.

O Bar & Lounge abre às 18h00, com happy-hours divertidos até que, ao longo da noite o lugar se transforma em um lugar quente, com um super DJ, que o tornam um dos mais badalados locais na cidade. 







domingo, 25 de setembro de 2011

O Arc de Triomphe

Quando menino, na primeira vez que morei em Paris na Rue Chalgrin, nomeada assim em homenagem à Jean Chalgrin, arquiteto do Arc de Triomphe, que é ainda e desde sempre, símbolo do patriotismo e orgulho francês.

O arco fica na atual Praça Charles de Gaulle, em uma das duas extremidades da Avenue des Champs-Élysées e foi construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte.

Sua construção teve início em 1806 esua inauguração se deu em 1836 e lá estão gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais e, desde 1920, há em sua base o Túmulo do Soldado Desconhecido ("ici repose un soldat français mort pour la patrie"), cuja as cinzas do incógnito combatente francês, morto durante os sangrentos conflitos da Primeira Guerra Mundial, ali repousam desde então.

Com 50 metros de altura, o monumental arco tornou-se o ponto de partida ou passagem das principais paradas militares, manifestações e, claro, visitas turísticas.

Em seus diversos elementos arquitetônicos, podemos destacar os trinta medalhões que, localizados sob sua cornija, fazem, cada um, referência a importantes batalhas travadas pelo exército francês, como: Aboukir, Ulm, Austerlitz, Iéna, Friedland e Moscou.

Seu friso retrata a partida (fachada leste) e o retorno (fachada oeste) das tropas imperiais e, em no interior dos arcos menores, constam gravados inúmeros nomes de importantes oficiais franceses, assim como diversas localidades nas quais se travaram decisivas batalhas no âmbito do expansionismo francês, como: Toulouse, Lille, Luxemburgo, Düsseldorf, Maastricht, Nápoles, Madrid, Porto, foz do rio Douro e Cairo.




sábado, 24 de setembro de 2011

O Chateau de Vincennes

Um dia desses fomos ao Chateau de Vincennes, que foi construído um pouco antes do Louvre, no século XII e que é um dos poucos castelos que, desde a Idade Média, esta presente em todos os momentos da história francesa.

Assim como Versailles, o Château de Vincennes também se originou de um pavilhão de caça que foi erigido sob as ordens de Luis VII em torno de 1150.

Sob Filipe II e Luis IX, já no século XIII, teve suas instalações engrandecidas, como sua torre de oito andares, com 52 metros e que é considerada a mais alta fortificação de planície de toda a Europa.

Foi de Vincennes que Luis IX partiu para uma Cruzada de onde não voltaria vivo e, entre seus presos famosos estiveram o ministro Nicolas Fouquet, o Marquês de Sade e, no século XX, Mata Hari.

Dentro do castelo se encontra a Sainte Chapelle de Vincennes, cuja construção foi iniciada em 1379, pouco antes da morte de Carlos V, em 1380 e sua inauguração se deu apenas em 1552 sob o reinado de Henrique II.

No Reinado de Louis XI uma mudança fundamental ocorreu no uso do palácio e lá foram erguidos dois pavilhões reais que, construídos no período entre Vaux-le-Vicomte e Versalhes, foram essenciais na definição do estilo clássico.

Apesar de Vincennes ter sido o local de grandes festas, performances teatrais e grupos de caça ele perde para Versailles, ao final de 1671, a condição de palácio real.

A partir deste momento passou por diversas utilizações local para a fabrica da Porcelana de Vincennes, precursora da Porcelana Sèvres, prisão e, mais tarde, um arsenal.

No século XIX seus jardins e parque foram reformados à maneira de jardins ingleses e Napoleão III confiou a Viollet-le-Duc a restauração da Sainte Chapelle e de seu Donjon e ainda doou o seu bosque de seus quase 10km2 à cidade de Paris - o Bois de Vincennes.

No século XX sua história foi marcada pelo fuzilamento, em seus fossos, de Mata Hari em 1917 e serviu de quartel general ao Estado Maior General de Maurice Gamelin, no cargo de defesa da França contra a invasão alemã de 1940, o que não durou quase nada, diga-se de passagem.

Durante a ocupação alemã da Segunda Guerra Mundial, o castelo serviu de quartel para tropas da SS nazista e lá aconteceram trinta fuzilamentos e, em 1964, o já então Presidente da República, Charles de Gaulle escolheu o Château de Vincennes como novo palácio presidencial mas a idéia seria deixada nos arquivos devido a outras prioridades.





sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Musée du Vin de Paris

O Musée du Vin, na Rue des Eaux - 5, square Charles Dickens, no 16éme arrondissement, fica em antigas pedreiras de calcário que estiveram em uso entre os Séculos XIII e XVIII e que foram usadas para construir muitas das edificações que vemos hoje em Paris.

Até hoje, na entrada do museu, podemos ver ocasionalmente que um filete de água emerge do solo, prova viva das várias nascentes de água mineral que foram descobertas na área Passy entre os Séculos XVII e XVIII.

Estas águas eram consideradas ferruginosas e laxantes e foram exploradas comercialmente até o Segundo Império, embora apenas no Século XVIII que se tornou moda, atraindo as "classes superiores", escritores e artistas.

As três caves abobadadas, que hoje abrigam o restaurante do museu, foram usadas ​​nos Séculos XVI e XVII pelos Frades do Mosteiro de Passy para armazenar seu vinho e foram renovadas em 1950 e passaram a ser usadas para armazenar a adega de um dos restaurantes da Tour Eiffel.

Em 1984 se tornaram o Musée du Vin e passaram para a posse do “Echansons Conseil des de France” que, fundado em 1954, é dedicado à defesa e promoção dos melhores vinhos franceses.

Para tanto, o Conselho organiza vários eventos de prestígio em toda a França, no exterior e no próprio Musée du Vin, reunindo milhares de profissionais e enófilos em todo o mundo que juntos promovem os vinhos franceses em todo o globo.

Hoje, além do museu propriamente dito, o lugar oferece:
um restaurante que harmoniza seus pratos com excelentes vinhos
  • uma adega com mais de 400 rótulos
  • um centro de formação para particulares e profissionais
  • um espaço para eventos
  • uma boutique com presentes relacionados ao mundo dos vinhos
  • uma série de conferências
  • exposições temporárias