sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Meus dois amores: Paris e Rio

Ao longo da vida, morei, fui bem recebido e fiz amigos em diversas cidades, além do Rio e Paris: São Paulo, Lisboa, Brasília, Buenos Aires e Washington.

Aliás, voltaria a residir em qualquer uma destas cidades sem hesitar, mas, com certeza mais que absoluta, é no Rio de Janeiro - para onde sempre retornei - e em Paris - onde resido pela segunda vez - que me sinto apaixonado pelas ruas, pelas avenidas, pelas vistas, pelas pessoas, pelos maneirismos, pela ambiência.

Claro que tanto o Rio, quanto Paris, guardam suas particularidades, mas preciosismos à parte, amo as duas em igual intensidade, em igual proporção, respeitando suas individualidades e admito, em fim, que sou bígamo: estas duas são os meus dois amores no mundo.

Volto ao tema porque recebi de um amigo da coluna, o fotógrafo Fernando Mafra, duas lindas fotos da Enseada de Botafogo ao amanhecer - momento que durante toda a minha adolescência pude vivenciar em todo o seu esplendor, porque morava no Flamengo e, ao voltar para casa madrugada adentro, podia me fartar com tamanha beleza da obra divina.

Hoje posso contemplar, ao amanhecer, de dia, ao anoitecer ou ainda de noite, toda a beleza que séculos de arquitetura humana e preservação concedem à Paris o título não oficial de museu a céu aberto.

E, mais uma vez não posso deixar de comentar que, para mim a proximidade do carioca com o parisiense tem algo místico, algo de destino, que começou com a Invasão Francesa de 1555, liderada por Villegagnon - isso dez anos antes da fundação do Rio, em 1565.

Exatamente 243 anos depois, os franceses voltaram a interferir em nossa História: em 1808, durante as Guerras Napoleônicas, forçaram a corte portuguesa a fugir para Brasil, então sua colônia, elevando o Rio à condição de Capital do Reino de Portugal e dos Algarves, para em 1815 se tornar a Capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após condução do Brasil a parte importante do Reino.

Graças à Deus, tenho as duas melhores amantes do mundo, uma feita pela mão Dele e outra, pela mão do Homem, com a maestria de grandiosos visionários.







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