segunda-feira, 30 de junho de 2014

Um dia no Marché-aux-Puces

O Marché-aux-Puces de Saint-Ouen, na Porte de Clignancourt (norte da cidade) é, na minha opinião o melhor mercado das pulgas de Paris – e, sem dúvida o maior e mais famoso, é claro.

Suas atividades começaram ao final do século XIX e ele é, na realidade, formado por quatorze pequenos mercados que ocupam uma enorme e labiríntica área onde encontramos de tudo, e é tão grande que, se fôssemos andar por todas as ruas, alamedas, vielas e becos que nele estão contidos, percorreríamos cerca de 15km e contaríamos mais de 2.000 lojas.

Seus “feudos” são assim divididos:

· Antica, de móveis e objetos dos séculos XVIII e XIX
· Biron, de arte asiática e de móveis dos séculos XVII, XIX e XX
· Cambo, que trata do mercado de luxo
· Dauphine, de antiguidades e objetos de segunda mão
· Entrepôt, uma grande espaço com muitas ofertas
· Jules Valles, um achado para quem gosta de pechinchar
· Malassis, que conta com antiguidades e objetos de decoração do século XVII ao XX
· Le Passage, com suas roupas, móveis, livros antigos e ornamentos
· Paul Bert, que tem as mais novas tendências do mercado, mobiliário, objetos de arte e de decoração do século XVII ao XX
· Rosiers, de luminárias e arte do século XX
· Serpette, de objetos de alto luxo
· Vernaison, com antiguidades, objetos científicos, brinquedos e artigos em vidro
· Malik, quase que exclusivamente de roupas e acessórios
· Lecuyer et L'Usine, exclusivamente para os próprios comerciantes.

Quando visito St.-Ouen, vou cedo, logo após o café, para poder garimpar – e pechinchar – à vontade, almoçar e ficar até o final do dia. Para ir de metrô, salte na estação Clignancourt, pegue a Avenue Clignancourt e atravesse a Porte de Clignancourt (engraçado, não?), assim que passar por baixo do Boulevard Périphérique, o mercado estará à sua esquerda.

Confira aqui o site oficial do Marché-aux-Puces de Saint-Ouen:
www.marcheauxpuces-saintouen.com

Para coroar a visita, almocei no Ma Cocotte, um excelente restaurante com décor de Philippe Starck e que já atrai o "tout Paris" para suas mesas.

O Ma Cocotte fica na entrada dos mercados Serpette e Paul-Bert, em um amplo sobrado em estilo industrial, onde a madeira clara e o concreto dominam a paisagem e abrem juntos o caminho para a cozinha que prepara ovos cozidos com maionese de curry, frango "fermier" no espeto ou ainda "hachis parmentier" fondant, o prato referência do lugar.

A carta de vinhos, ao estilo neo-bistrô, foi elaborada por Yannick Papin e dá o toque final ao ambiente que conta com menus de almoço a 24 € e a 29 €.

106, Rue des Rosiers
93400 - Saint-Ouen
Telefone: 01 49 51 70 00
www.macocotte-lespuces.com









domingo, 29 de junho de 2014

Gay Pride 2014 leva milhares às ruas de Paris



Mesmo com a chuva que apareceu de surpresa no ensolarado verão parisiense, a Parada Gay do Orgulho Gay de Paris tomou conta de ruas da capital francesa na tarde de ontem (28).

A parada começou por volta 14h00 e saiu do Jardin de Luxembourg, passando pela Place de la Bastille em direção à Place de la République. A chuva que insistia em cair não tirou o animo dos parisienses e turistas, que capricharam nos figurinos e nos adereços.

Diferentemente das paradas gays brasileiras, nas quais os distintos grupos se misturam, a de Paris é divida em blocos. Assim, gays, lésbicas, drag queens, travestis e transexuais se separam em alas. Da mesma forma, se dividem as associações, ONGs e entidades sindicais LGBT.

Uma das figuras mais marcantes da parada deste ano em Paris foram os travestis e transexuais barbadas. O visual é claramente inspirado na drag queen austríaca Conchita Wurz, a grande vencedora do Eurovision, o famoso festival da canção com representantes de cada país europeu.

No final do percurso da Parada Gay de Paris, na Place de la République, parte dos participantes se dispersaram, mas muitos outros ficaram por lá para aguardar os shows de encerramento do evento. Entre outras, uma das apresentações mais aguardadas foi a da cantora inglesa Tara McDonald, a madrinha desta edição da marcha LGBT. Para a sorte dos participantes, o verão de Paris torna os dias mais longos, só escurecendo na Cidade Luz por volta das 22h00.

Com informações de Ana Ribeiro, do iGay.

sábado, 28 de junho de 2014

Os 114 anos do nascimento de Saint-Exupéry



Amanhã o escritor, aviador e jornalista Antoine Marie Jean-Baptiste Roger de Saint-Exupéry - nascido em Lyon, na França, no dia 29 de junho de 1900 e que se tornaria mundialmente famoso com o livro "O Pequeno Príncipe" - faria 114 anos.

Filho do Conde Jean Saint-Exupéry e da Condessa Marie Foscolombe, Antoine nasceu numa família abastada e teve uma infância tranquila. Quando tinha 4 anos, o pai faleceu e a mãe assumiu a educação dos cinco filhos.

Até o início da guerra, em 1914, a família viveu com uma tia no castelo de Saint-Maurice-de-Rémens, na região de Ain, cheia de bosques, lagos e prados, próximo de um aeroporto. Um dia, um piloto o convidou para um passeio de avião, que ficaria para sempre em sua lembrança.

Saint-Exupéry foi um adolescente sensível e exigente, que começou a imaginar histórias para vencer a solidão. Desde cedo e incentivado pela família, escreveu contos e prosas. Sua mãe ensinou-lhe desenho e música.

Depois de fracassar no teste para a escola naval, Saint-Exupéry conseguiu ingressar na aeronáutica francesa. Pioneiro da aviação comercial, estabeleceu várias rotas entre a Europa, a África e a América do Sul.

Paralelamente aos vários empregos que teve – sempre relacionados com a aviação –, ele se dedicou à literatura. Entre os livros que escreveu estão Correio do Sul (1926), Voo Noturno (1931), Terra dos Homens (1939), Piloto de Guerra (1942) e O Pequeno Príncipe (1943). Esta é sua obra mais conhecida e a única que escreveu para crianças. O próprio autor é responsável pelas ilustrações.

Obra infantil inesquecível para os adultos

O livro conta a história de um piloto de avião que sofre um acidente e cai no deserto do Saara. O aviador fazia a viagem sozinho e precisava consertar a sua máquina em poucos dias, antes que seu estoque de água acabasse. Perdido na imensidão do deserto, o piloto se surpreende ao encontrar um garoto – o Pequeno Príncipe. Aos poucos, descobre a fabulosa história do menino.

Ele morava em um asteroide chamado B-612. Lá, a maior preocupação do Pequeno Príncipe eram os baobás – grandes árvores que poderiam destruir o asteroide.

O garoto precisava arrancar as mudas dos baobás antes que crescessem. Ele decide então vir para a Terra à procura de um carneiro, que poderia comer as mudas dos baobás, poupando-o desse trabalho. Durante a viagem, encontra várias pessoas e animais.

O Pequeno Príncipe representa a criança que todo adulto já foi um dia. Narrando o encontro do piloto com o garoto no deserto, Saint-Exupéry nos conta a história de alguém que redescobre a sensibilidade artística de quando era criança e que foi reprimida pelos adultos.

Saint-Exupéry morreu num acidente de avião sobre a Córsega, a 31 de julho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, provavelmente abatido pelos alemães.

"Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas você não a deve esquecer. Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa." (extraído de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry).

Com informações da Deutsche Welle.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Os melhores bares e clubes gays do Marais



O Marais tem bares e clubes adorados pelos gays franceses e também por estrangeiros que visitam a cidade e, com certeza, quem está com viagem marcada ou pensa em ir em breve a capital francesa, não pode deixar de passar por lá. Veja abaixo uma seleção de endereços do mais conhecido bairro gay de Paris que você não pode deixar de conhecer.

Souffleurs
Bar na linha inferninho, o Souffleurs é pequeno e frequentado por gays, lésbicas e pela comunidade artística. O som varia entre o eletrônico experimental e o rock clássico é ideal para conhecer gente diferente e tomar cerveja. A entrada não é paga e abre todos os dias das 18h00 até às 02h00 da manhã.

7, Rue de la Verrerie
4ème arrondissement
Telefone: 09 64 21 81 33
www.les-souffleurs.com

Duplex
Um dos mais antigos bares gays da cidade, o Duplex é aquele lugar que todo mundo passa em algum momento da noite. Um dos poucos espaços que fica aberto até às 04h00 da manhã aos finais de semana - e até às 02h00 durante a semana. Sempre cheio e ótimo para conhecer gente bonita.

25, Rue Michel Le Comte
3ème arrondissement
Telefone: 01 42 72 80 86
www.duplex-bar.com

Café Cox

Ao mesmo tempo bar e balada, o lugar é dedicado aos ‘muscle bears’, os ‘ursos’ que adoram passar horas na academia. Na faixa dos 30 anos, o público fetichista do lugar é adepto do figurino de couro e látex. As motos congestionam a entrada da casa. Em algumas noites, os descamisados dominam a pista. Aberto até às 02h00 da manhã.

15, Rue des Archives
4ème arrondissement
Telefone: 01 42 72 08 00
www.cox.fr

Bears’den Paris
Como no Café Cox, os "ursos" também tomam conta dessa casa, mas aqui eles estão na faixa acima dos 40 anos e a animação dos frequentadores já ficou famosa em Paris. Funciona até às 05h00 da manhã.

6, Rue des Lombards
4ème arrondissement
Telefone: 01 42 71 08 20
www.bearsden.fr

Raidd Bar

A grande atração do Raidd Bar são as apresentações de go-go boys tomando banho de sunga em aquários espalhados pelo espaço. São dois andares e duas pistas que tocam pop, eletrônico e disco divas. Na casa, também rola shows de sexo ao vivo, vale checar a programação para não ser pego de surpresa. Fica aberta até 04h00 ou 05h00 da manhã, dependendo do dia.

23, Rue de Temple
4ème arrondissement
Telefone: 01 53 01 00 00
www.raiddbar.com

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Há 108 anos o primeiro Grand Prix da história do automobilismo acontecia em Le Mans



Em 26 de junho de 1906, aconteceu em Le Mans - cidade que ficaria famosa pela prova 24 horas de Le Mans anos depois - o primeiro GP da história, organizado pelo Automóvel Clube da França, ele teve a participação de 32 pilotos. O húngaro Ferencz Szisz foi campeão, dirigindo um Renault.

Mal havia nascido, o automóvel foi posto a duras provas, especialmente corridas, ganhando seu espaço no mundo esportivo. A primeira competição do gênero foi realizada em 1887, em Paris, apenas um ano após a invenção do automóvel por Carl Benz e Gottlieb Daimler. Em seu primórdios, no final do século passado, o esporte automobilístico tinha como objetivo principal demonstrar a velocidade e a segurança dos carros.

As primeiras provas foram disputadas entre cidades. Em 1894, foi realizada na França a primeira corrida entre Paris e Rouen, organizada pelo jornal parisiense Le Petit Journal. Cento e dois carros inscreveram-se para percorrer o trajeto de 126 quilômetros, mas somente 26 ficaram prontos a tempo e destes, cinco não passaram nos treinos.

Mais velocidade, mais acidentes

Um detalhe curioso do regulamento é que os pilotos eram proibidos de ultrapassar os 12,5 km/h. Dezessete veículos chegaram ao final da prova, vencida pelo francês Lemaitre num Peugeot, que já tinha capacidade para desenvolver uma velocidade considerada perigosa à época: 17 km/h.

Nos anos seguintes, com o aumento da velocidade média permitida no automobilismo, subiu também o número de acidentes, causados por defeitos técnicos e invasão das estradas por pessoas e animais.

Na corrida Paris-Madri, em 1903, por exemplo, cinco pilotos e vários espectadores morreram em atropelamentos, o que levou o governo francês a interromper a prova no final da primeira etapa. Este também foi um dos motivos para transferir as corridas para pistas especiais.

Circuitos fechados

Em 1906, começou um novo capítulo na história do automobilismo. O Automóvel Clube da França organizou o primeiro assim chamado Grand Prix, em Le Mans, o precursor dos futuros grandes prêmios de Fórmula 1. As inscrições limitaram-se aos fabricantes de automóveis, que enviaram seus melhores pilotos e veículos para a corrida.

Foi o primeiro GP realizado em circuito fechado, com 12 voltas (total de 64 milhas) a serem percorridas ao longo de dois dias. Dos 32 pilotos que largaram a 26 de junho de 1906, 11 chegaram à reta final. O húngaro Ferencz Szisz venceu o GP num Renault de 90 cavalos, tendo percorrido 1.236 quilômetros à velocidade média de 101 quilômetros por hora.

No início do século, vários países já possuíam o seu automóvel clube: França, Bélgica, Itália, Suíça, Holanda, Áustria, Alemanha e Estados Unidos. Em 1904, havia sido fundada a Association Internationale des Automobiles Clubs Reconnus, que mais tarde se transformaria na FIA (Federação Internacional de Automobilismo).

Laboratório da indústria automobilística

A organização criou os regulamentos que deram aos projetistas e construtores a liberdade de desenvolver carros cada vez mais velozes. Foi daí que se originou o moderno conceito de "Fórmula 1", como espécie de laboratório da indústria automobilística.

A pista de Brooklands, na Inglaterra, correspondia bem a este princípio. Construída por Hugh Locke King em 1906, ela tinha como objetivo permitir que a indústria britânica testasse seus novos modelos em competições de alta velocidade (até 160 km/h).

Cinco anos depois da estreia em Le Mans, o automobilismo mundial ganharia outro de seus clássicos. A primeira edição das 500 Milhas de Indianápolis, em 1911, foram vencidas por Rov Harroun, pilotando um Marmon a 120 km/h. A partir de 1934, com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, a Alemanha passou a participar das corridas com a Mercedes-Benz e a Auto Union (hoje Audi), com motores capazes de atingir 300 km/h.

Inovações alemãs

Os alemães também introduziram diversas inovações nas corridas, como chassi tubular, amortecedores hidráulicos e rodas de dimensões diferentes. Foi nessa época que surgiram pilotos talentosos como Tazio Nuvolari, Hans von Stuck, Bernd Rosemeyer e Carlo Pintacuda.

Em 1950, foi disputado o primeiro Campeonato Mundial de Pilotos, que deu origem ao atual Campeonato de Fórmula 1. O primeiro campeão foi o italiano Giuseppe Farina, que corria pela Alfa Romeo.

Com informações da Deutsche Welle.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Fondation Louis Vuitton abre em outubro

Imagem de computador mostra o prédio da Fondation Louis Vuitton, em Paris Foto: Divulgação
Imagem de computador mostra o prédio da Fondation Louis Vuitton: Foto: Divulgação
Segundo informações do jornal O Globo, após oito anos de espera, a Fondation Louis Vuitton já tem dada para abrir: 26 de outubro. O anúncio foi feito por Bernard Arnault, presidente da LVMH. Localizado no Bois de Boulogne, uma das maiores áreas verdes de Paris, o museu tem a assinatura do renomado arquiteto americano Frank Gehry.

"É um pequeno retorno que damos ao público e aos nossos funcionários", disse Arnault ao canal de TV francês TF1. Maior conglomerado de luxo do mundo, a LVHM controla, além da Louis Vuitton, grifes como Dior, Givenchy, Bulgari e Moët & Chandon.

A Fondation Louis Vuitton abrigará espaços para exposições temporárias e permanentes, além de um auditório para performances. A programação completa ainda será divulgada, mas o museu já confirma uma mostra sobre o projeto de Frank Gehry, que ficará exposta até 5 de janeiro de 2015.



terça-feira, 24 de junho de 2014

Caverna de Chauvet, na França, é agora Patrimônio Mundial da Unesco

Parte da caverna de Chauvet, em Vallon Pont d'Arc, no sul da França, vira Patrimônio Mundial da Unesco (Foto: AFP PHOTO/JEFF PACHOUD)
Parte da caverna de Chauvet, em Vallon Pont d'Arc, no sul da França. Foto: AFP

Segundo informações da AFP, a Caverna de Chauvet, onde se encontram as pinturas rupestres mais antigas e conhecidas até hoje, entrou neste domingo (22) para a lista do Patrimônio Mundial da Unesco, anunciou o comitê desta agência das Nações Unidas em Doha.

A imensa gruta, situada 25 metros abaixo da terra em uma colina calcária do sul da França, "é um testemunho único e excepcionalmente bem conservado", segundo o texto do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.

"Os vestígios arqueológicos, paleontológicos e artísticos da gruta ilustram, como nenhuma outra do começo do Paleolítico superior, a frequência das cavernas para práticas culturais e rituais", destaca o texto.

A caverna, que permaneceu fechada por 23 mil anos devido a um deslizamento de rochas e foi redescoberta em 1994 por três espeleólogos – Jean-Marie Chauvet, Christian Hillaire e Eliette Brunel –, contém mais de mil desenhos, uma expressão excepcional da primeira criação artística do homem durante o Paleolítico superior, há 36 mil anos.

Os desenhos feitos na rocha incluem uma espécie de zoológico gráfico constituído por 435 representações, que mostram 14 espécies: ursos, rinocerontes, um leão, uma leoa, uma pantera, bisões, etc. Nas paredes da caverna, também é possível observar umas dez mãos em negativo e positivo, representações do sexo feminino e, ao fundo, o desenho excepcional do corpo de uma mulher ao lado de um bisão.

A caverna, conservada de forma excelente e muito maior que a gruta francesa de Lascaux (cujas obras têm entre 17 mil e 18 mil anos de idade), conta com inúmeras salas e galerias ao longo de 800 metros, e de até 18 metros de altura.

Ao contrário de Lascaux, descoberta em 1940 e deteriorada pelo dióxido de carbono gerado pela respiração dos visitantes, a caverna de Chauvet nunca foi aberta ao público. Uma cópia criada na região e batizada de "Caverna do Pont-d'Arc" permitirá admirar as riquezas da cavidade original.

Neste projeto, pintores, escultores, agências de arquitetos, cenógrafos e empresas de construção colaboraram para criar em escala real e em 35 mil metros os melhores aspectos da gruta original. Esta réplica deve ser aberta ao público em 2015.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Há 120 anos Coubertin criava o Comitê Olímpico Internacional



Há exatos 120 anos, em 23 de junho de 1894, foi criado em Paris o Comitê Olímpico Internacional pelo aristocrata e historiador francês, Barão Pierre de Coubertin, que pretendia assim reviver as competições esportivas da Antiguidade, sendo os primeiros Jogos Olímpicos da Idade Moderna realizados em Atenas, cerca de dois anos depois, em 1896.

O jovem barão era um patriota profundamente preocupado com a situação de sua "grande nação". Em sua opinião, a França do final do Século XIX estava enfraquecida pelas constantes trocas de governo e derrotas militares. Seu objetivo, portanto, era "arrancar os jovens indolentes dos bares e torná-los pessoas de caráter e fisicamente em forma". Ele almejava um equilíbrio entre treino corporal e formação intelectual.

Para concretizar suas ideias, Coubertin criou um Comitê de Propagação dos Exercícios Físicos na Educação. Ele procurou patrocinadores, sob o argumento de que o futuro da França estava em jogo. Para o historiador, o cenário ideal para incentivar o fisiculturismo seria uma competição à moda dos Jogos Olímpicos, que já não eram mais realizados há 1.500 anos.

Longe dos nacionalismos mesquinhos, os povos deveriam participar de uma competição pacífica, como na Grécia Antiga. É daí que vem a máxima "o importante é competir", ou seja, o importante é que países que se odeiam e raças que se discriminam aceitem os mesmos critérios de excelência física e de rivalidade corporal.

Dessa forma, 
23 de junho de 1894, 79 representantes de 13 países reuniram-se na Sorbonne para um congresso internacional convocado por Coubertin onde, à princípio seria discutida a situação do esporte amador, mas, na verdade, estava em pauta a ressurreição dos Jogos Olímpicos.

Foi então decidido realizar novamente os Jogos Olímpicos, tendo Atenas como sede para sua primeira edição. No mesmo congresso também foram aprovados os princípios básicos da competição e fundado o Comitê Olímpico Internacional (COI).

Dois anos depois, em 1896, 295 atletas de 13 nações disputaram os jogos na capital grega. Tratava-se de uma mistura de amadores, esportistas de segunda categoria e equipes improvisadas — sem mulheres.

Inicialmente, os Jogos Olímpicos da Idade Moderna não foram levados a sério pelas entidades esportivas nacionais mas os jogos seguintes, em Paris e, sobretudo, os de Londres, em 1908, ajudaram a consolidar a competiçã
o.

Com informações da Deutsche Welle.

domingo, 22 de junho de 2014

Segundo o Le Monde, a Copa no Brasil é um sucesso

Le Monde escreve sobre improviso à brasileira


Segundo informações do G1, uma reportagem do jornal francês “Le Monde” classifica como “milagre brasileiro” o bom funcionamento da Copa do Mundo mesmo após expectativa de caos nos estádios, no transporte público e nas ruas, devido às manifestações de movimentos sociais. "O improviso à brasileira se revela à altura do evento", diz o título.

“Todas as preocupações parecem ter desaparecido com os primeiros acordes da cerimônia de abertura (...) Depois de uma semana de competição, parece que a catástrofe não ocorreu”, explica o texto (leia a reportagem original, em francês).

Os jornalistas citam que alguns problemas podem ser encontrados, como acabamentos não finalizados nos estádios ou dificuldades para captar sinal de celular. No entanto, eles dizem que um sorriso, seguido de um “bem-vindo”, em português, compensam qualquer vacilo. "O Brasil organiza o Mundial à sua maneira, confuso e amigável, descontraído e acolhedor", diz o jornal.

Em outra reportagem, quatro jornalistas, dois deles correspondentes da publicação no Brasil, explicam como a população de Ribeirão Preto (SP), cidade que abriga os jogadores da França, é apaixonada pela seleção. “Onde quer que vá, [o jogador] Karim Benzema é aclamado. Mas os brasileiros também aplaudem os outros calorosamente”, diz o texto (leia a reportagem original, em francês).

A reportagem cita ainda a ligação de Ribeirão Preto com a França, graças aos irmãos ex-atletas Sócrates e Raí (este último competiu pelo Paris Saint-Germain na década de 1990), que moraram na cidade do interior paulista por muito tempo. "A sombra de Sócrates ainda flutua no Pinguim, o bar o "doutor", como era apelidado, tomava cerveja", diz o Le Monde.O texto aproveita também para mostrar que em outras cidades do país, como Manaus e Salvador, os brasileiros tentam conversar com os franceses misturando palavras do idioma com o português “em sinal de boa vontade e cortesia”.

sábado, 21 de junho de 2014

Cadeados do Amor: no Rio, como em Paris

Cadeados na ponte sobre o canal do Jardim de Alah.
Foto: 
Marcos Tristão / Agência O Globo




Segundo o jornal O Globo, os cariocas apaixonados que não podem ir para Paris colocar seus cadeados do amor na Pont des Arts, têm como saída ir na ponte do Canal do Jardim de Alah, que liga Ipanena e Leblon e onde alguns casais já fizeram suas juras de amor assim como acontece na capital francesa.

Na ponte carioca os cadeados do amor já começaram a ser postos e, como manda a superstição - ou tradição - deve-se jogar a chave fora: com isso, acredita-se, fica selado um compromisso, e a união vai durar para sempre.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Courchevel: um pavor de aeroporto



Na charmosa cidade de Courchevel, no coração da zona de esqui conhecida como Les Trois Vallées, a curta pista de seu aeroporto (ou altiport, como se chamam os pequenos aeroportos das estações de esqui na França) simplesmente acaba num precipício: é de apavorar, um pavor mesmo.

Só aviões pequenos, em voos fretados ou a passeio, usam o aeroporto e, por essa razão, só usa esse aeroporto quem realmente quiser. Mas muita gente costuma querer, porque o voo acima do Mont Blanc, o pico mais alto dos Alpes, é emocionante.

Em 2010,o History Channel classificou este aeroporto como o sétimo mais perigoso de todo o mundo.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Musée Grévin inaugura estátua de Nicolas Cage

O tradicional Musée Grévin, de bonecos de cera, apresentou seu clone de Nicolas Cage, que apesar de sorrir ao lado de sua réplica, considerou a estátua mais envelhecida que ele mesmo, afirmou aos repórteres presentes. O que acham?

Nicolas Cage e seu boneco de cera (Foto: Honopix/Agência)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Paris pedala com Vélib



Passeando a pé, todo e qualquer turista que se preze se perde - mesmo que por poucos minutos - em uma cidade estrangeira e isso é, normalmente, muito bom para descobrir novos lugares mas por diversas vezes tem um custo alto: ou para o bolso, por conta do táxi, ou físico, com o cansaço das pernas e pés.

Mas se o turista se perder de bicicleta, ao menos na primeira meia-hora, geralmente não custa nada e entrar na rua errada pode te levar a conhecer parques, praças, monumentos e bairros interessantes e é justamente por isso que milhares de turistas se aproveitam da comodidade dos sistemas de bicicletas públicas compartilhadas pelo mundo.

Amsterdã, capital europeia das bicicletas, foi a primeira: em meados dos anos 1960 foram espalhadas pelos canais as chamadas Bicicletas Brancas que qualquer um poderia usar o quanto quisesse - o problema foi que, em pouco tempo, foram roubadas.

Diversas fórmulas foram experimentadas, até que a França lançou um sistema eletrônico que rastreava cada bicicleta, o Vélib que, quando começou em Paris em 2007, menos de dez países ofereciam bicicletas públicas mas atualmente são quase 50 países e mais de 500 cidades.

O Vélib ajudou a dobrar o número de deslocamentos diários em bicicletas por Paris e as estatísticas demonstram que um terço das bicicletas na rua é do sistema público: hoje o sistema conta com 23 mil bicicletas, mais de 1.700 pontos de locação e quase 800 quilômetros de vias adaptadas.

A adoção da bicicleta no dia a dia europeu é tão forte que, em 2012, com exceção da Bélgica e de Luxemburgo, foram vendidas mais bicicletas que carros.


terça-feira, 17 de junho de 2014

Haut Marais tem região revitalizada

La Jeune Rue, projeto de Cedric Naudon para o bairro do Marai, em Paris Crédito: Marlène Huet ORG XMIT: AGEN1405231351517712 ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***

O Haut Marais, no 3ème arrondissment, vai reforçar sua faceta turística com um projeto grandioso: "La Jeune Rue", um centro de compras, lazer e cultura entre as ruas Vertbois, Volta e Notre Dame de Nazareth que vai contar com uma grande concentração de bares, mercados, restaurantes e lojas, todas com foco em sustentabilidade e comércio justo.

Por trás desta ação está Cédric Naudon, um empresário que nos últimos anos comprou 30 imóveis na região e convidou 22 arquitetos e designers de projeção internacional para reformá-los, entre os quais o italiano Andrea Branzi, considerado um dos maiores designers de seu país, responsável pelo cinema, e os brasileiros irmãos Campana, que estão à frente do bistrô e do restaurante de peixes.

A partir do fim deste mês, esses espaços vão abrigar empreendimentos que privilegiam produtos naturais, sazonais, produzidos localmente, respeitando o ambiente e os produtores. A gastronomia é o grande foco do projeto. Dos 30 negócios que se instalarão ali, 21 têm relação direta com alimentação. Além de bares e restaurantes, há, entre outros, quitanda, confeitaria, queijaria e açougue.

Os vegetais virão diretamente da fazenda Bec Hellouin, na Normandia, que trabalha com a permacultura, um sistema de planejamento para a criação de ambientes sustentáveis. O trigo utilizado na produção de pães naturais será moído na padaria comandada por Roland Feuillas.

Cultura, consumo e serviços também estão no mapa de Naudon. Um cinema, uma galeria de arte, uma gráfica, uma fábrica de papéis e uma loja de facas japonesas estão nos planos do empresário, que promete praticar preços justos para evitar a elitização do local.

Com informações da Folha Online.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O 61º Cannes Lions Festival




Situada ao Sul da França, Cannes é um balneário de ricos e famosos (e também de classe média) às margens do sempre vivo azul do Mediterrâneo, é uma “Hollywood” européia, temperada com a crème de la crème da França: discreta, culta, menos óbvia e bem mais chique e mais sofisticada que a Meca do cinema norte-americano.

Junto da exclusiva Saint Tropez, Cannes forma o extrato do melhor da Riviera Francesa, também chamada de Côte d’Azur: um lugar para curtir a vida, tomar champanhe, comer peixes e frutos do mar, ver, ser visto e lançar tendências.

Cannes reserva em cada esquina um potencial encontro com famosos do porte de Catherine Deneuve, Victoria Abril ou Gérard Depardieu e, a cada Ferrari que passa, pode-se reconhecer alguém que é ou que será famoso.

Dois grandes eventos se destacam em Cannes: o badalado Festival International du Film, que acontece em maio, quando o balneário transborda de artistas, paparazzi e, claro, de muitos fãs que infelizmente não têm acesso a nenhuma das 350 salas de cinema do festival que não ficam abertas para os mortais comuns, apenas para convidados e VIP’s.

O outro é o Cannes Lions, o festival internacional da criatividade e de publicidade, conta com a nata mundial - é considerado como o único local de encontro verdadeiramente global para os profissionais da indústria da comunicação - desta indústria e que na sua 61º Edição tem recorde de categorias e inscrições: recebeu mais de 35 mil inscrições de 94 países sendo que o Brasil é o segundo maior participante em quantidade de peças inscritas.

Além de seus hotéis e das suas praias, Cannes ainda tem três cassinos para divertir os ricos e famosos, sendo o mais acessível deles o Croisette, bem próximo ao Palais des Festivals, onde acontecem os dois eventos acima.

O 61º Lions International Advertising Festival - que começou ontem (15) e que terminará no dia 21, com duração de sete dias - será o maior e mais grandioso do que todas as edições anteriores e conta com cerimônias de premiação, seminários, workshops, exposições, master-classes e muito, mas muito networking mesmo.

Suas categorias são julgadas por júris selecionados com o maior rigor e sempre compreendidos dos melhores profissionais mundiais do setor e poucos lugares no planeta reúnem, a um só tempo, tantos grandes formadores de opinião em cada um de seus respectivos países quanto o Cannes Lions.

Há três anos, em 2011, para se adaptar aos novos tempos, o festival trocou de “Festival Internacional de Publicidade” para “Festival Internacional de Criatividade” e, desde então, vem agregando novas categorias e consolidando uma tendência que reflete a excelência criativa em todas as formas de comunicação.

O Cannes Lions em números, tomando como base a 60º Edição, de 2013:
  • 35.600 inscrições
  • 14 categorias de competição
  • 2 grandes Galas (festas), com 3.530 participantes em cada (média)
  • 4 cerimônias de premiação
  • 61 seminários
  • 36 workshops
  • 10 aulas magnas
  • 12.000 participantes
  • 2.200 profissionais de marketing
  • 139 países inscreveram peças
  • 92 diferentes nacionalidades presentes

domingo, 15 de junho de 2014

A liberação de Paris como se fosse hoje

Para o 70 º aniversário da libertação de Paris - ocorrido em 26 de Agosto de 1944 - o fotógrafo Julien Knez, mais conhecido como Golem 13, produziu 50 novas fotos onde há setenta anos foram tiradas fotos semelhantes durante a liberação da Cidade Luz.

O artista realizou uma proeza digna ao encontrar, após o final da Segunda Guerra Mundial., os mesmos locais e com os mesmos ângulos das fotos originais, alcançando, após essa reconstituição, um resultado impressionante.

Veja algumas dessas fotos logo abaixo.


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sábado, 14 de junho de 2014

Chico Buarque comemora 70 anos em Paris



Segundo informações do jornalista Fernando Eichenberg, correspondente do jornal O Globo na França,
Chico Buarque comemorará seu aniversário de 70 anos em Paris com uma ceia em ‘petit comité'. Segue o texto:

"Os 70 anos de Chico Buarque serão comemorados em um jantar num restaurante de Paris com familiares que viajarão do Brasil nesta semana para partilhar o momento especial com o aniversariante. Festejar a data nunca foi sua predileção, mas a coincidência de sua presença em Paris e de integrantes da família estarem em férias promoveu a ocasião para uma ceia privada em petit comité.

Apesar de seu período de autoexílio em Roma, entre 1969 e 70, foi a capital francesa que o compositor e escritor acabou elegendo como refúgio europeu para suas criações musicais e literárias. Chico aprecia passar temporadas em Paris em seu apartamento na ilha de Saint-Louis para, como costuma sublinhar, “produzir”. Normalmente, permanece cerca de 20 dias a cada vez, uma na primavera e outra no outono. Quando está escrevendo um livro, como é o caso, os períodos podem se estender a até dois meses por vez. Seu próximo romance já nasceu com título, mas ainda falta costurar o final. Chico começou a escrever a história em setembro de 2012, e pretende entregar os originais para a sua editora, a Companhia das Letras, em setembro próximo, para publicação ainda neste ano. O tema ele mantém em segredo, sabe-se que para desenvolver a trama foram exigidas algumas viagens a Berlim.

Sua rotina parisiense é bastante metódica. Chico desperta no fim da manhã, lê e escreve até o meio da tarde, quando sai para uma caminhada diária de uma hora, almoça em algum café pelas redondezas, e retorna para o seu tour de force para finalizar o livro, até cerca de 2h da manhã.

Peladas em Paris

Atleta-fundador do Politheama, não abdica de uma pelada eventual na capital francesa, atualmente disputada nos arredores de Porte de La Chapelle. Os jogos do Brasil na Copa do Mundo, obviamente, não vai perder nenhum. À estreia da seleção ele assistiu no telão da casa do amigo e fotógrafo Sebastião Salgado, em meio a interjeições angustiadas e gritos de vibração. Desapontado com o desempenho de alguns jogadores na partida inaugural, ele acredita que a equipe nacional ainda depende em demasia do talento e da boa estrela do camisa 10 Neymar.

Sebastião Salgado conheceu Chico pessoalmente nos anos 1990, quando o compositor gravou o CD “Terra” para o lançamento do livro homônimo do fotógrafo. Com 70 anos recém-feitos, Salgado diz que não tem conselhos para dar ao amigo:

— Na verdade, não muda nada. Por vezes fico surpreso de ver esse número. Quando era jovem e via pessoas de 70 anos, achava velho, mas eu hoje ainda tenho tantos projetos. E vejo o Chico também com tanta coisa na cabeça, com agilidade, jogando futebol. Por enquanto, para mim, não vejo muita diferença, e acho que o Chico também não — diz.

O fotógrafo acha “difícil” definir Chico como artista:

— Só o vi cantando uma vez, num show há muitos anos aqui em Paris. Ele é de uma qualidade ética e humana imensa. Vejo a amizade que ele tem pelo meu filho Rodrigo, o Digo, que tem síndrome de Down. Eles se adoram. É uma pessoa doce e agradável. Tenho um grande respeito pelo artista, mas sempre o conheci como um dos meus amigos, vendo futebol juntos, indo ao restaurante, batendo papo.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Anônimos de Paris são tema de projeto fotográfico

Alice Sant’Anna, que escreve na página Transcultura, publicada às sextas-feiras no Segundo Caderno do jornal O Globo, publicou uma excelente história sobre o projeto fotográfico "365 Parisiens", do artista russo Constantin Mashinskiy. Segue a peça:


Uma das imagens de “365 Parisiens”: irritação, constrangimento e timidez entre as reações dos abordados
Foto: Divulgação/Constantin Mashinskiy
Uma das imagens de “365 Parisiens”: irritação, constrangimento e
timidez entre as reações dos abordados. Foto: Constantin Mashinskiy

"Personagens anônimos das ruas de Paris são tema de projeto fotográfico
O russo Constantin Mashinskiy alimenta com imagens diárias a série ‘365 Parisiens’

Em dezembro de 2013, o fotógrafo russo Constantin Mashinskiy, que mora na França há três anos, foi abordado na rua por um rapaz que queria um cigarro. Ele então propôs uma troca: daria o cigarro se o garoto aceitasse posar para um retrato. O menino topou, olhou para a câmera e bateu em retirada. Foi aí que Mashinskiy teve a ideia de fotografar parisienses na rua, um por dia. Às vezes, encontra seu alvo em questão de segundos. Outras, perambula por mais de duas horas até achar alguém que o atraia. As reações são das mais variadas. Entre gente constrangida, irritada e tímida, teve um homem que se defendeu: “Não tenho dinheiro para te dar”. A série, que ganhou o nome de “365 Parisiens”, é atualizada todos os dias desde janeiro deste ano no endereço 365parisiens.tumblr.com.

São retratos enumerados, em preto e branco, sem nome, com uma breve legenda: a de número 166, por exemplo, estava de bom humor no fim do dia. O número 51 fazia palavras cruzadas logo antes da foto. O número 134 estava contando uma piada, apesar da expressão séria. O número 46 logo avisou: “Odeio sorrir”.

— Todas as fotos são resultado de encontros aleatórios — explica o fotógrafo, por e-mail. — Quando você anda na rua, não tem como prever em quem vai esbarrar. Algumas pessoas parecem familiares, mas no fim das contas são apenas estranhos, e você não sabe o que estão fazendo, para onde estão indo, quem estão esperando ou o que vão responder se você pedir para tirar uma foto. Na maioria das vezes, um olhar ou a maneira de ser de alguém já chama minha atenção.

Mashinskiy comenta também que se interessou em começar esse projeto quando percebeu que não tinha tempo a perder.

— Comecei a dar valor ao tempo como nunca dei antes. E agora eu dedico uma parte decente do meu dia para criar algo pessoal. Antes eu me dava muitas desculpas, me dizia “farei isso amanhã”, mas o tal “amanhã” não chegava nunca.

Essa não é a primeira série que “cataloga” anônimos interessantes. O site “Humans of New York” teve início no verão de 2010, quando o fotógrafo que assina simplesmente como Brandon resolveu clicar pessoas, adicionando um texto curto e uma marcação no mapa da cidade. A baliza que ele se estabeleceu foi ainda mais ambiciosa que a de Mashinskiy: decidiu que faria 10.000 retratos. O sucesso foi tanto que o blog humansofnewyork.com soma, hoje, quatro milhões de seguidores, e o livro entrou para a lista dos mais vendidos do “New York Times".

— Não tive como referência nenhum projeto atual — diz Mashinskiy, que tem recebido mensagens de incentivo para transformar o projeto em livro, embora ainda não tenha nenhuma data acertada. — O gênero de fotografia de rua existe há quase cem anos, e tenho certeza de que muitos clássicos atemporais me influenciaram. E encontrar esses exemplares em Paris não é tarefa complicada. A ideia para fazer no dia a dia veio para me forçar a levar a câmera para todos os lugares, como um exercício constante."

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Paris Saint-Germain faz homenagem ao Brasil

Com cinco brasileiros no elenco (Thiago Silva, Marquinhos, Maxwell, Lucas e o recém-contratado David Luiz), o Paris Saint-Germain homenageia o Brasil às vésperas do Mundial e lança uma série de fotografias e vídeos para Copa do Mundo sob o tema: "Paris, capital do futebol brasileiro".

Modelos posaram com a camisa do clube parisiense e da seleção brasileira em frente a pontos turísticos da cidade luz para promover a campanha intitulada "Paris, capital do futebol brasileiro".

Apesar de focar no futebol brasileiro, o PSG também exalta jogadores de outros países que possuem o talento característico dos atletas do país. Tanto que o meia argentino Javier Pastore, por seus dribles na última temporada, é a estrela de um vídeo produzido pelo clube para a campanha (clique e assista).

Muitos brasileiros já vestiram a camisa do PSG: a lista vai desde Ceará e Reinaldo a Ronaldinho, Ricardo Gomes, Rai, Leonardo, Edmilson, Vampeta, Alex Dias, Aloísio, Nenê e Alex. Com informações do Globo Esporte.

ensaio psg brasil paris (Foto: Divulgação / Site oficial)

ensaio psg brasil paris (Foto: Divulgação / Site oficial)

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Protestos contra aplicativo Uber complica trânsito de Paris

“Taxi parisiense é made in France. E o Uber, é made in...? Vamos aprofundar nossas relações”, diz cartaz em manifestação parisiense contra o Uber Foto: Bloomberg

Na manhã desta quarta-feira, o tráfego começou complicado em Paris, com um total de mais de 30.000 táxis e motoristas de limusine protestando, juntando-se a manifestantes da mesma classe em Berlim, Londres, Madri, Barcelona, Milão e Roma que ocuparam locais turísticos e áreas comerciais nestas cidades.

Os taxistas estão pedindo às autoridades que imponham regras mais duras sobre a atuação do Uber, empresa sediada em San Francisco, cujo software permite que os clientes peguem carona paga com motoristas não licenciados — cada licença pode custar até US$ 270 mil em algumas localidades.

Serviço de partilha de carros da Uber Technologies, que tanto vêm incomodando taxistas em todos os EUA, está enfrentando o maior protesto até então, realizado por motoristas europeus que, como os americanos, consideram o aplicativo uma ameaça à sua sobrevivência.

Manifestações semelhantes anteriores este ano levaram a para-brisas quebrados e muita confusão no trânsito em Paris, uma amostra dos duros desafios que o Uber enfrentará para se expandir na Europa. A empresa americana acaba de participar de uma nova rodada de financiamento que a valoriza em US$ 17 bilhões, quase cinco vezes mais do que na rodada anterior. O Uber já funciona em 128 cidades, sendo que só 20 delas estão na Europa, incluindo Manchester, Lyon e Zurique.

“As cidades europeias tendem a regular mais severamente seus taxistas do que os EUA”, disse à “Bloomberg” Charles Lichfield, analista do Eurasia Group, em Londres. “Eu acho que os protestos [aqui na Europa] têm uma melhor chance de sucesso”.

“Cerca de 1.200 motoristas parisienses estavam bloqueando os aeroportos Charles de Gaulle e Orly esta manhã e impedindo serviços de veículos privados de pegar passageiros”, disse Nadine Annet, vice-presidente da associação de táxi FNAT na França. Taxistas também retiveram o tráfego da autoestrada A1 que circunda Paris, levando a um congestionamento de 200km, segundo relatou um canal de TV local. A grande maioria dos 55 mil táxis profissionais da França e dos 15 mil táxis de Paris estão em greve hoje, disse Annet.

Alguns Motoristas parisienses declaram que já perderam até 40% de sua receita desde 2009 por causa de serviços como Uber.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Mario Testino em nova exposição no Marais

Gisele Bündchen por Mario Testino (Foto: Divulgação)

Até o dia 24 de julho a Galeria Yvon Lambert expõe "Extremes", uma nova exposição de Mario Testino que traz uma série de imagens da carreira do fotógrafo peruano, incluindo capas de revistas, retratos de artistas, celebridades e da realeza (há cliques inéditos do noivado do príncipe William e Kate Middleton), além de imagens que exploram a beleza e o glamour da mulher de publicações como Vogue, Vanity Fair e Allure – entre os highlights há um clique de Gisele Bündchen nua atrás de uma porta de vidro (foto acima), que saiu na Vanity Fair de 2009.

O fotógrafo expõe ainda outro trabalho mais íntimo, e, portanto, menos conhecido, da série "Alta Moda", dedicada a fotografias dos trajes típicos de seu país natal e apresentada pela primeira vez na Europa. Com informações da Vogue Brasil.

Yvon Lambert
108, Rue Vieille du Temple
3ème arrondissement
Telefone: 01.42.71.09.33
www.yvon-lambert.com

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Amor derruba parte de ponte em Paris


A Pont des Arts com um tapume no local da mureta que cedeu sob o peso dos “cadeados do amor”
Foto: JACQUES DEMARTHON / AFP

Parte da mureta da Pont des Arts cedeu na tarde de ontem, domingo (8), fazendo a ponte de ser evacuada até a colocação de um tapume no local.

Segundo as autoridades, parte da Pont des Arts ou Passerelle des Arts, que atravessa o Rio Sena e liga o Louvre ao Institut de France, desabou sob o peso dos milhares “cadeados do amor” - que casais de turistas deixam presos ao longo de suas grades como símbolo de sua união e depois jogam a chave nas águas para nada mais abrir o cadeado e os separar.

Ainda segundo a polícia parisiense, o incidente não causou vítimas e as possíveis causas do desabamento ainda estão sob investigação.

Muitos parisienses reclamam desse hábito - recentemente foram encontrados cadeados presos até no ponto mais alto da Tour Eiffel - alegando que são prejudiciais à segurança dos habitantes e a qualidade de vida da cidade.

Veja aqui um vídeo sobre a ponte após a queda da mureta:
http://www.youtube.com/watch?v=awd9vQiHn2U


domingo, 8 de junho de 2014

Fort de Brégançon abrirá para visitação

Residência de verão da Presidência da República Francesa, o Fort de Brégançon, construída em 1635 e que fica em um istmo em Bormes-les-Mimosas, na Região do Var, ao sul da França, será aberto à visitação pública todos os dias a partir de 29 de junho até final do mês de setembro, das 09h00 às 19h00.

O local foi transformado em residência de férias presidenciais em 1964, pelo Charles de Gaulle, que lá dormiu apenas uma vez. Já Nicolas Sarkozy preferia passar as férias na casa da família de sua mulher, Carla Bruni, em Cap Nègre, cabendo à François Hollande a reabilitação da fortificação em 2012 como destino de seu descanso anual.




sábado, 7 de junho de 2014

Em Paris, mas como se fosse em Lisboa

Este post vai para quem está em Paris e aprecia, além da culinária francesa, a culinária portuguesa mas está sem planos de dar uma volta em Portugal: basta dar um pulo no Marais e fazer uma visita ao Tasca ou ao Comme à Lisbonne (cujo pastel de nata foi eleito o melhor da Cidade Luz), ambos do português Victor Silveira.

No tasca, o mais novo deles, em um ambiente acolhedor, decorado com típicos azulejos e cerâmicas "da terrinha", você vai encontrar produtos artesanais, como queijos e presuntos, sopas, diversas marcas de conservas portuguesas com bacalhau, polvo, sardinha, ova e outras servidas com saladas frescas e vinhos de boa qualidade.

37, Rue du Roi de Sicile
4ème arrondissement
Telefone : 07 61 23 42 30
www.commealisbonne.com


Comme à Lisbonne, primeira casa em Paris do chef português Victor Silveira
Foto: Fernando Eichenberg / O Globo

Tasca Comme à Lisbonne Paris

Tasca Comme à Lisbonne Paris

Tasca Comme à Lisbonne Paris

Tasca Comme à Lisbonne Paris

Tasca Comme à Lisbonne Paris

Tasca Comme à Lisbonne Paris



sexta-feira, 6 de junho de 2014

Os setenta anos do Dia D



Há 70 anos o dia 6 de junho de 1944 entrou para a História como o Dia D. Nesse dia, os aliados desembarcaram nas praias da Normandia para iniciar uma grande ofensiva contra as tropas nazistas.

Durante anos, a decisão por uma grande ofensiva através do Canal da Mancha foi motivo de fortes controvérsias entre os Aliados. Inicialmente, não houve consenso quanto à proposta da União Soviética de abrir uma segunda frente de batalha na Europa Ocidental, a fim de conter as perdas russas nos violentos combates contra as Forças Armadas alemãs.

Somente no final de 1943, decidiu-se em Teerã planejar para a primavera europeia seguinte a chamada Operação Overlord – a maior operação aeronaval da história militar.

Nos meses seguintes, mais de três milhões de soldados norte-americanos, britânicos e canadenses concentraram-se no sul da Inglaterra para atacar os alemães na costa norte da França. Além disso, dez mil aviões, sete mil navios e centenas de tanques anfíbios e outros veículos especiais de guerra foram preparados para a operação.

Operação anunciada pelo rádio

Em 6 de junho de 1944, foi anunciada pelo rádio a chegada do Dia D – o Dia da Decisão. A operação ainda havia sido adiada por 24 horas, devido ao mau tempo no Canal da Mancha e, por pouco, não fora suspensa.

Antes do amanhecer, paraquedistas e caças aéreos já haviam bombardeado trincheiras alemãs e destruído vias de comunicação. Uma frota de aproximadamente 6.500 navios militares atracou num trecho de cerca de 100 quilômetros nas praias da Normandia, no noroeste da França.

Ao final do primeiro dia da invasão, mais de 150 mil soldados e centenas de tanques haviam alcançado o continente europeu. Graças à supremacia aérea dos aliados, foi possível romper a temível "barreira naval" de Hitler e estabelecer as primeiras cabeceiras de pontes. As perdas humanas – 12 mil mortos e feridos – foram menores do que o esperado, visto que o comando militar alemão fora surpreendido pelo ataque.

Alemães esperavam adiamento da operação

Os nazistas previam uma invasão, mas não sabiam onde ela ocorreria. Também não chegaram a um consenso sobre a melhor maneira de enfrentá-la. Por causa do mau tempo, eles esperavam que a operação fosse adiada para o verão europeu. Em função de manobras simuladas pelos aliados, Hitler concentrara o 15º Exército na parte mais estreita do Canal da Mancha, onde previa ser atacado.

As demais tropas alemãs permaneceram no interior do país, em vez de serem estacionadas na costa, como havia pedido inutilmente o marechal-de-campo Erwin Rommel. Graças a esses erros estratégicos, os aliados escaparam de uma violenta contraofensiva alemã.

Apesar disso, o avanço das tropas aliadas enfrentou forte resistência. A cidade de Caen, que os ingleses pretendiam libertar já no dia do desembarque, só foi entregue pelos alemães no dia 9 de junho, quase toda destruída. As defesas nazistas no interior da França só foram rompidas a 1º de agosto, uma semana depois do previsto.

O Dia D, comandado pelo general Dwight D. Eisenhower, foi o ataque estratégico que daria o golpe mortal nas forças nazistas. "Esse desembarque faz parte de um plano coordenado pelas Nações Unidas – em cooperação com os grandes aliados russos – para libertar a Europa. A hora da libertação chegou", profetizara o próprio Eisenhower, em 2 de junho.

Paris foi libertada em 25 de agosto, Bruxelas, em 2 de setembro. A fronteira alemã anterior ao início da guerra foi cruzada pelos aliados em Aachen em 12 de setembro, ao mesmo tempo em que eram realizados bombardeios aéreos contra cidades industriais alemãs. No início de 1945, os soviéticos (pelo leste) e os norte-americanos (pelo oeste) fizeram uma verdadeira corrida para chegar primeiro a Berlim, para comemorar a vitória definitiva sobre a Alemanha nazista.

Com informações da Deutsche Welle.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Elizabeth II chega pelo Eurostar




A Rainha Elizabeth II da Inglaterra chegou a Paris hoje após fazer uma viagem a bordo do Eurostar e antes de embarcar participou de uma cerimônia de comemoração dos 20 anos da abertura do túnel do Canal da Mancha, que possibilitou a realização de viagens de trem entre Inglaterra e França.

Ela ficará três dias na França, onde participará das comemorações do 70º aniversário do desembarque do Dia D, amanhã (6), episódio decisivo para a derrota dos nazistas alemães.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Anônimos invadem o Panthéon em Paris

Milhares de rostos desconhecidos de franceses fotografados pelo artista JR cobrem o chão, a cúpula e parte da fachada do Phantéon, um ponto turístico que fica no Quartier Latin em Paris e que é um mausoléu que conserva restos mortais de franceses ilustres, recebe milhares de turistas do mundo todo.

A exposição 'Au Panthéon!' foi inspirada no projeto Inside Out, criado pelo artista francês JR, e que já foi realizado em vários lugares do mundo. O trabalho foi escolhido pelo Centre des Monuments Nationaux para cobrir parte do edifício que passa por restauração externa.

Pessoas visitam a exposição 'Au Pantheon!' do artista francês JR, em Paris. O projeto Inside Out composto de milhares de rostos de parisienses foi escolhido para cobrir o chão e o teto do edifício em Paris (Foto: Martin Bureau/AFP)

Mulher caminha sob retratos de parisienses anônimos (Foto: Martin Bureau/AFP)

Cúpula recebeu imagens do projeto Inside Out do artista JR (Foto: Martin Bureau/AFP)

Visitantes caminham sob retratos colocados no Phanteon (Foto: Martin Bureau/AFP)