domingo, 30 de novembro de 2014

Bolsas de estudo na França para brasileiros



Na próxima segunda (01/12) e terça (02/12) acontece o Encontro de Universidades França-Brasil, no Rio de Janeiro (RJ). O evento é promovido pelo Campus France/Embaixada da França no Brasil e a inciativa conta com 13 instituições francesas de ensino superior.

Segundo informações do jornal O Globo, o objetivo do evento é mostrar as vantagens de um período de estudos no exterior e orientar sobre as oportunidades de bolsas subsidiadas pelo governo francês em diversas áreas do conhecimento.

De acordo com o coordenador do Campus France, Vincent Gleizes, o governo francês oferece 190 programas de bolsas de estudos de graduação e pós-graduação para estrangeiros.

— O país está aberto a receber estudantes interessados em uma formação multicultural, que é bastante valorizada tanto pelo mercado de trabalho, quanto pelos meios acadêmicos — comenta o coordenador.

O professor e psicólogo, Cláudio Cavas, esteve duas vezes na França para estudar. A primeira vez ficou dois anos, foi para um mestrado em psicologia social e das organizações. Em 2012 retornou e fez um pós-doutorado. Nas duas oportunidades teve o apoio de uma bolsa de estudo. Entre as vantagens, Cláudio destaca o fato de participar de uma cultura diferente.

— A oportunidade de conhecer outro país é uma experiência muito rica. Vale muito a pena — ressalta.

Já Marilia Fontenelle, ficou 11 meses em Toulouse, na França, onde fez parte de seu doutorado na área de arquitetura. Marilia conseguiu um bolsa para um duplo diploma do governo brasileiro em cooperação com o governo francês, mais especificamente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Comenta que melhorou seu nível de francês e foi interessante o contato com estudantes de outros lugares. Destaca também a diferença acadêmica, principalmente para entender outro sistema de doutorado.

— Existem várias diferenças, detalhes burocráticos completamente diferentes. É preciso que os estudantes interessados se informem não somente com os organismos oficiais, mas também com pessoas que já fizeram esse 'intercâmbio' acadêmico, que já foram pra lá.

Ainda sobre sua experiência, Marilia diz que o estudante tem que ir atento e extrair o máximo de informações do cotidiano francês antes de partir. Além do frio, outras características locais podem causar estranhamento. Para evitar isso, é preciso ir preparado.

— Se o estudante não vai para Paris, o acesso as informações e aos serviços apresentam outra dinâmica. Conversando com estudantes que estavam em Paris, sentia que havia menos amparo no interior — argumenta a arquiteta.

Uma das opções para os estudantes que não falam francês é optar por instituições que ministram seus programas inteiramente na língua inglesa. Para isso, é necessário verificar o catálogo de formações no site do Campus France.

Representantes das seguintes instituições de ensino vão estar no evento: Université Aix – Marseille; Université Grenoble-Alpes; Audencia Nantes; Autograf; Conservatoire National des Arts et Métiers (CNAM); Escola de Comércio de Lyon (Emlyon); Escola Nacional Superior de Arquitetura de Estrasburgo (ENSA - Strasbourg); ESCP Europe; ESC Rennes School of Business; Instituto Politécnico de Ciências Avançadas (IPSA); Institut Supérieur de l’Aéronautique et de l’Espace SUPAERO Toulouse; Sciences Po Paris; École National de Chartes.

Dia 01/12:

UERJ
Das 13h30 às 16h30
Local: Teatro Cartola

Dia 02/12:

UFRJ - Escola Politécnica
Das 9h30 às 12h00
Local: Hall do CT, Bloco A (1º andar)

FGV
Das 14h00 às 17h00
Local: Auditório 317

Para mais informações: (11) 3818-2888

sábado, 29 de novembro de 2014

Hédiard tem vitrine invadida por rato

Um pequeno camundongo foi fotografado hoje, todo lépido e faceiro, enquanto se deliciava com as gostosuras de uma das vitrines da loja Hédiard localizada na Place de la Madeleine.

Que tal?




sexta-feira, 28 de novembro de 2014

França quer eliminar uso de diesel nos carros



Segundo informações da Reuters a França quer eliminar gradualmente o uso de diesel no transporte privado de passageiros e vai colocar em prática um sistema para identificar os veículos mais poluentes, afirmou o primeiro-ministro, Manuel Valls, nesta sexta-feira.

No ano que vem, o governo vai lançar um sistema de identificação que classificará os veículos pela quantidade de poluição que emitem, disse Valls em um discurso. Isso tornará possível às autoridades locais limitar o acesso de carros mais poluentes às cidades.

"Na França, favorecemos há muito tempo o motor a diesel. Foi um erro e vamos desfazer isso progressivamente, de forma inteligente e pragmática", disse Valls.

Cerca de 80 por cento dos motoristas franceses dirigem carros movidos a diesel e o governo anunciou que vai elevar o chamado imposto especial sobre o consumo do diesel em 2 centavos de euro por litro, arrecadando para os cofres públicos 807 milhões de euros em 2015.

Valls também disse que o governo está trabalhando em planos para ampliar o número de beneficiários do subsídio para a conversão de motores antigos a diesel em áreas com projetos de combate à poluição.

A Ministra da Energia, Ségolène Royal, já havia anunciado no início deste ano que os motoristas que optarem pela compra de carros elétricos, e não a diesel, terão direito a um bônus de até 10 mil euros.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Protesto leva centenas de ovelhas à Tour Eiffel



Una manifestação inusitada de 300 pastores e ovelhas ocorreu nesta quinta-feira em Paris, em frente à Torre Eiffel, aos gritos de “a caça ao lobo está aberta”. Os criadores de ovinos de várias regiões francesas organizaram a manifestação para pedir autorização para matar lobos que, de acordo com eles, matam seus rebanhos.

— (Queremos) mostrar às autoridades o absurdo do lobo. Como não conseguimos proteger nossos rebanhos, vamos pedir ao governo para salvá-los — disse Serge Préveraud, presidente da Federação Nacional de Ovinos (FNO).

A alegação dos pastores é que o atual número de autorizações para matar lobos, que é de 24, são insuficientes. O lobo, uma espécie protegida no país, foi reintroduzido na França a partir de Itália e continua a se espalhar. O número de animais — estimado em 300 — aumenta de 15 a 20% por ano.

Segundo os pastores, o aumento provoca danos aos seus rebanhos. Por exemplo, na área da Alpes, houve desde janeiro 345 ataques de lobos e 1.117 ovelhas foram mortas, de acordo com dados do sindicato dos agricultores FNSEA.

— Nosso trabalho não é recolher cadáveres de ovelhas — disse o manifestante Jacques Courron.

Enquanto os pastores protestavam, do outro lado da Torre Eiffel, cerca de 20 pessoas defendiam a proteção dos lobos.

— Ser pelo lobo não é ser contra os agricultores — disse Marc Giraud, vice-presidente da Associação para a Proteção dos Animais Selvagens.


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Agressor de Thiago Motta, do Paris St. Germain, é condenado à prisão



Segundo informações da Reuters, o atacante brasileiro Brandão foi condenado a um mês de prisão por ter dado uma forte cabeçada contra o jogador ítalo-brasileiro Thiago Motta, do Paris St. Germain, informou um tribunal francês nesta quinta-feira, embora a sentença deva ser convertida em serviço comunitário.

O jogador do Bastia já havia sido suspenso por seis meses do Campeonato Francês depois da agressão e também foi multado em 20 mil euros (24.966 dólares).

"É extremamente dura (a punição). Costuma-se afirmar que os jogadores de futebol não estão acima da lei, mas tampouco devem estar abaixo da lei", disse o advogado de Brandão, Olivier Martin, à rede BFMTV.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Cartier da Rue François 1er é roubada à mão armada

Policiais são vistos em frente a loja da joalheria Cartier que foi assaltada nesta terça-feira (25) em Paris (Foto: Eliot Blondet/AFP)

Segundo informações da AFP, os dois homens que assaltaram hoje uma joalheria Cartier na Rue François 1er, esquina da Rue Pierre Charoon, em pleno Triangle d'Or, no 8ème arrondissement, se entregaram à polícia depois de uma perseguição por diversos bairros e ruas e o rápido sequestro de um refém.

"Levaram todos os anéis e os relógios com diamantes", diz Bénédicte, de 34 anos, que estava na loja da famosa marca parisiense. Os produtos foram recuperados pela polícia depois que os assaltantes se entregaram, depois que libertaram o refém são e salvo.

De acordo com a mesma fonte, os dois homens estavam armados com um fuzil Kalashnikov e una pistola, mas se mostraram "pouco profissionais". Eles obrigaram os três clientes e 10 funcionários a deitar no chão, depois pediram à gerente que abrisse as vitrines e começaram a pegar as joias, mas foram interrompidos pela chegada polícia e tentaram fugir.

Mais de 100 policiais, apoiados por um helicóptero, iniciaram a perseguição.

"Um negociador conseguiu entrar rapidamente em contato com eles e aceitaram libertar o refém, antes da rendição", afirmou o procurador de Paris, François Molins.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

La Grande Épicerie de Paris, do Bon Marché



A mercearia do Bon Marché, na Rue de Sèvres, número 24, cujo prédio foi construído em 1869 valendo-se de estruturas metálica projetadas por Gustave Eiffel (o mesmo da torre, sim), considerado por muitos como o mais sofisticado “magasin”, não apenas de Paris, mas de toda a França.

No Bon Marché quase não se esbarra com (muitos) turistas, o lugar é confortável, acolhedor, e tem sempre o que há melhor da moda, acessórios, decoração e artigos de cama e mesa.

Mas vamos retornar ao que interessa hoje: a sua mercearia, conhecida como “La Grande Épicerie de Paris” (a grande mercearia de Paris) e que não ocupa o mesmo prédio do Bon Marché, mas “à côté”, na Rue de Sèvres, número 38.

Um registro: não concordo com o título de mercearia, mesmo que seja grande.

Isso porque o espaço onde está instalada La Grande Épicerie de Paris lembra muito mais um luxuoso supermercado ou uma enorme delicatessen – quem não se lembra do Super-Deli, no Leblon? – do que uma mercearia de bairro.

Afinal, em suas prateleiras há produtos de todas as regiões francesas e do mundo todo, como vinhos, queijos, frios, carnes, caças, peixes, frutos do mar, flores, temperos, doces, verduras, frutas e ainda uma ilha de atendimento para comprar deliciosas receitas prontas que vão desde tradicionais pratos franceses até asiáticos, passando por italianos, espanhóis, americanos e uma incrível variedade de pães e “gourmandises” como bombas, bolos e tortas feitas lá mesmo.

O único problema é o preço, que é muito maior se comparado aos supermercados tradicionais, o que faz com que a Grande Épicerie seja uma opção apenas para ocasiões especiais e não do cotidiano - pelo menos para mim.

E, se bem no meio de suas compras a fome aparecer e não der para segurar, há um restaurante simpático, situado na entrada lateral: o Le Picnic, aberto de segunda a sábado, das 9 às 20 horas.

Tudo isso ainda pode ser levado para sua casa, contratado como serviço de buffet, desde um simples almoço até uma recepção para mais de 500 convidados, com toda a infraestrutura necessária, desde a gastronomia em si até a decoração, flores, sommeliers, maîtres, recepcionistas, garçons – tudo, enfim.





domingo, 23 de novembro de 2014

Ranking aponta Paris como melhor cidade do mundo para se estudar

Turistas saltam em frente à Torre Eiffel, em Paris (Foto: Franck Fife/AFP)

Segundo informações do G1, Paris aparece pelo terceiro ano consecutivo como a melhor cidade do mundo para um estrangeiro estudar, de acordo com o ranking divulgado pela QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.

A capital da França lidera o ranking desde a sua criação, em 2012. Em segundo lugar no ranking aparece Melbourne, na Austrália, seguida por Londres, na Inglaterra, Sydney, também na Austrália, e Boston (EUA) e Hong Kong, empatados na quinta posição.

Nenhuma cidade brasileira aparece na lista com 50 cidades do mundo. Buenos Aires, capital da Argentina, está em 24º lugar. Santiago, no Chile, está em 44º lugar. A Cidade do México aparece na 50ª posição. Os Estados Unidos têm oito cidades no "top 50". A Austrália tem seis, Reino Unido quatro, Canadá e Japão, três.

O ranking leva 18 itens em consideração, entre eles a mistura de nacionalidades, convivência, acessibilidade financeira e possibilidades de emprego. Veja a lista completa do "Top 50":

1º) Paris (França) - 412 pontos
2º) Melbourne (Austrália) - 396
3º) Londres (Reino Unido) - 392
4º) Sydney (Austrália) - 388
5º) Boston (EUA) e Hong Kong - 386
7º) Tóquio (Japão) - 385
8º) Montreal (Canadá) - 380
9º) Toronto (Canadá) - 376
10º) Seul (Coreia do Sul) e Zurique (Suíça) - 370
12º) Vancouver (Canadá) - 364
13º) San Francisco (EUA) - 360
14º) Munique (Alemanha) - 358
15º) Cingapura (Cingapura) - 357
16º) Berlim (Alemanha) - 356
17º) Nova York (EUA) - 352
18º) Barcelona (Espanha) - 347
19º) Chicago (EUA) - 346
20º) Canberra (Austrália) e Viena (Áustria)- 337
22º) Auckland (Nova Zelândia) - 334
23º) Brisbane (Austrália) - 333
24º) Buenos Aires (Argentina) - 332
25º) Edinburgo (Reino Unido) e Taipé (Taiwan) - 329
27º) Pequim (China) - 328
28º) Copenhague (Dinamarca) - 327
29º) Adelaide (Austrália) - 325
30º) Manchester (Reino Unido) - 324
31º) Los Angeles (EUA) e Xangai (China) - 320
33º) Dublin (Irlanda) - 319
34º) Estocolmo (Suécia) - 318
35º) Kyoto (Japão) - 317
36º) Milão (Itália) - 314
37º) Amsterdã (Holanda) - 313
38º) Helsinque (Finlândia) - 310
39º) Madri (Espanha) e Perth (Austrália) - 309
41º) Filadélfia (EUA) - 307
42º) Washington (EUA) - 306
43º) Moscou (Rússia) - 299
44º) Santiago (Chile) - 297
45º) Coventry (Reino Unido) - 295
46º) Pittsburgh (EUA) - 293
47º) Bruxelas (Bélgica) - 292
48º) Osaka (Japão) e Praga (Rep. Checa) - 288
50º) Cidade do México (México) - 280

sábado, 22 de novembro de 2014

Árvore de Natal da Catedral de Notre Dame de Paris é patrocinada pela Federação da Rússia

A árvore de Natal da catedral de Notre Dame, em Paris  (Foto: AP Photo/Jacques Brinon)

A Catedral de Notre Dame de Paris tem uma árvore de Natal este ano graças a um patrocinador inusitado: o governo russo.

Em meio a grandes tensões entre a Rússia e o Ocidente pela violência na Ucrânia, o embaixador russo na França diz que “a árvore é uma mensagem de paz”.

Quando o reitor da Notre Dame disse a embaixadores estrangeiros este mês que a catedral precisava de dinheiro para a enorme árvore, a Rússia foi a primeira a fazer uma oferta. O embaixador russo, Alexander Orlov disse à agência AP esta semana, “pensamos que seria um presente muito bom”. Ele não disse quanto custou a árvore.

Ele insistiu que a ação não tem nada a ver com política ou com uma negociação problemática para vender um navio de guerra francês à Rússia, parada por causa da Ucrânia.

Ainda assim, oficiais da Notre Dame prometem buscar uma árvore financiada por ucranianos no próximo ano.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

OpenSkies loves New York and Paris



A companhia aérea OpenSkies, uma subsidiária da British Airways que só opera voos entre Paris (Orly) e New York (Newark/EWR ou JFK) acaba de lançar um vídeo sob o tema "OpenSkies loves New York and Paris".

A comparação lado-a-lado no vídeo traz uma proposta capaz de testemunhar simultaneamente as diferenças nos elementos de culinária, arte, transportes, arquitetura, pessoas etc e faz com que tenhamos a sensação de que, muito mais que diferenças, achemos uma grande dose de semelhanças gritantes ao vermos as ligeiras nuances da cultura e ambiente que apenas os nova-iorquinos ou parisienses podem apreciar.

Assista ao vídeo clicando na seta abaixo:











quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Videogame "Assassin’s Creed Unity" tem passeio virtual pela Paris da Revolução Francesa


“Assassin’s Creed Unity”: título permite um passeio virtual pela França de 1789
Foto: Divulgação

Paris sob os seus pés. Esta é a espetacular paisagem vista do topo da cruz da Igreja de Notre Dame, o ponto privilegiado oferecido pela catedral para se apreciar o esplendor da sua cidade. Mas não é preciso ser um pássaro para desfrutá-lo.

Segundo o repórter Ángel Luis Sucasas, do “El País”, o jogo “Assassin's Creed Unity” — já disponível no Brasil para Xbox One, PlayStation 4 e PC —, mais recente capítulo da série que já vendeu mais de 70 milhões de jogos em todo mundo, permite ao jogador subir lá em cima, ainda que virtualmente. E, além disso, observar uma Paris que não pode mais ser visitada hoje em dia: a de 1789. A da Tomada da Prisão de Bastilha, de Madame Guilhotina. No título, é possível reviver a capital francesa desta época, casa por casa, rua por rua.

"Desafio" é como o historiador Maxime Durand resume a ousadia da produtora Ubisoft em reviver o período crucial da França em seu título.

— Nós queríamos recriar a Revolução Francesa com os consoles da próxima geração, porque há coisas que não podíamos fazer na antiga. Por exemplo, reproduzir toda a cidade em uma escala real — afirma Durand.

Uma cidade repleta de violência e medo, em que o jogador é apresentado como um assassino que viaja de nosso presente por meio da tecnologia, membro de uma ordem secreta.

— Queremos mostrar todos os tons de cinza que existiram nesse período. E fazê-lo de uma forma sutil — detalhou Durand, exemplificando a Tomada da Bastilha como um desses momentos. — O jogador o viverá de dentro e de fora. Estará nos calabouços da prisão e, sem conhecer muito do episódio, não perceberá que está na Bastilha até o fim do episódio.

— Ele será o nosso personagem ambíguo, com um papel semelhante aquele desempenhado pelo carismático Leonardo Da Vinci em outros episódios da série. É um papel coadjuvante recorrente no jogo que é extremamente importante — afirma o historiador.

Assim também será com Robespierre, já que o arco temporal do jogo abarca dez anos e permite que o jogador viva todo estágio de terror da época, cerca de dez meses em que mais de 15 mil cabeças foram guilhotinadas nas praças de Paris.

A violência e a sua representação foram uma preocupação do Spielberg desta orquestra, Alexandre Amancio, diretor criativo do projeto, que uniu esforços de equipes em Bucareste, Xangai, Toronto, Kiev, Singapura e Montpellier para completar o jogo.

— Foi um período extremamente sangrento. Um tempo de horror em que ninguém estava a salvo. Um homem podia acabar na guilhotina pela má-fé de seu vizinho — afirma Amancio.

Mas há um outro lado da moeda que faz da Revolução Francesa um delicioso material para a ficção:

— A primeira revolta genuinamente do povo. A primeira vez que as mulheres reclamaram o poder. A primeira vez que se enunciou claramente os direitos civis consolidados no Ocidente. E também a primeira vez que se viveu o moderno estado policial, com julgamentos em massa, denúncias e execuções públicas — afirma Amancio.

Permitir ao jogador a vivência desses anos em um nível estético e emocional é o mantra dos criadores do título, mas isso não significa que o aspecto tecnológico não desempenhe um papel essencial. De um lado está a recriação meticulosa de monumentos famosos, como o Palácio de Versalhes e a Catedral de Notre Dame. Do outro, a vida da cidade.

— Não há nada melhor do que mover-se de um lugar ao outro. Ver o aspecto sujo e decadente dos bairros pobres de Paris contrastando com a opulência dos ricos. E também ver os tipos de pessoas que é possível ver pelas ruas e as atividades que praticam — afirma o historiador.

Além disso, um cada quatro prédios vistos no jogo podem ser visitados, o que é um dos aspectos favoritos do título para Durand:

— Porque isso nos permite recriar o dia a dia mundano de todas as classes sociais de Paris.

As pessoas que habitam esse universo são outro grande salto da tecnologia. "Unity" é capaz de recriar milhares de pessoas ao mesmo tempo na tela do jogador, erguendo os punhos por liberdade, igualdade e fraternidade na caminhada à guilhotina. Mas essas pessoas não são apenas adereços de fundo. O PS4 e o Xbox One permitem ao jogador interagirem com esses indivíduos dentro do rebanho.

— Pela primeira vez é possível cruzar o caminho de diversos indivíduos que não se limitam à trama principal do jogo. Há todo tipo de histórias acontecendo em Paris — afirma.

Veja aqui o trailer do jogo, em português:
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aoLBmWsqvhM

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Conheça os segredos do Brie, no Département de Seine-et-Marne, bem pertinho de Paris

Paisagem medieval de Provins, no sul do Seine-et-Marne Foto: Sandro di Carlo / The New York Times
Paisagem medieval de Provins, no sul do Seine-et-Marne
O repórter Alexander Lobrano, do New York Times, foge de Paris para fazer um roteiro gourmet pela região do Brie, ao visitar o Département de Seine-et-Marne, onde são fabricados os únicos dois tipos deste queijo com o selo de qualidade AOC (Appellation d’Origine Contrôlée). Segue a peça:

"Há dois verões, em um vilarejo fora de Coulommiers, num antigo mercado a uma hora à leste de Paris, um velho caso de amor do meu passado foi trazido à tona. A caminho de uma casa emprestada onde passaríamos algumas semanas, meu amigo Bruno e eu paramos numa fazenda para comprar ovos, creme e outros produtos — incluindo um queijo de Coulommiers, vendido numa caixa de madeira redonda. Levantei a tampa e encostei meu dedo no queijo, que cedeu facilmente ao meu toque. Naquela noite, ao terminarmos o jantar sob a copa de uma nogueira, aquela beleza local (agradavelmente picante, com um suave e complexo sabor de avelãs tostadas) me conduziu a dois destinos: numa viagem no tempo diretamente para um sábado de neve em Connecticut, quando eu tinha 11 anos, e, recentemente, para uma jornada pelos vilarejos franceses para descobrir onde o queijo brie se originou.

A primeira me levou aos tempos em que o queijo que os americanos comiam limitava-se ao maçante trio industrial Swiss, cheddar e Monterey Jack. Por isso, a loja especializada que abriu em Connecticut causou rebuliço. Meu pai nos levou para uma visita e o soco olfativo que nos cumprimentou quando abrimos a porta nos fez sorrir. Eu já havia adquirido um gosto incipiente por queijos fortes da minha avó: certa vez, ela serviu um liederkranz — um queijo pungente feito em Ohio, inspirado pelo limburger alemão.

O amigável dono da loja nos ofereceu pequenas provas de queijos variados, e meu pai acabou comprando três: um Coulommiers, um brie e um L’Explorateur, um maravilhoso e rico triple-crème, com um rótulo dourado que retratava um foguete decolando. Fiquei fascinado pelo desenho, embora ninguém pudesse explicar a conexão entre o foguete e o queijo. O almoço exclusivamente composto por queijos que tivemos quando chegamos em casa despertou uma obsessão por laticínios franceses, motivo pelo qual me mudei para Paris mais tarde.

No entanto, não comia um bom Coulommiers há muito tempo, antes daquele jantar no jardim. Mas o queijo era tão bom quanto eu me lembrava, e acabamos rápido com ele. Por isso, no dia seguinte, visitei a La Ferme Jehan de Brie, uma excelente queijaria em Coulommiers, para comprar mais. A simpática dona da loja perguntou se eu queria mais alguma coisa. Disse que estava interessado apenas em variedades produzidas na região, e ela sugeriu um brie de Meaux e um soberbo triple-crème Gratte-Paille.

Enquanto ela envolvia os queijos em papel branco encerado, avistei um pequeno mapa do Seine-et-Marne colado na parede e me veio à cabeça um itinerário em uma das regiões que tem sido, tradicionalmente, uma das maiores produtoras de lácteos da França. Antes que as ondulantes planícies do leste de Paris fossem convertidas em plantações mais rentáveis de cereais e loteamentos suburbanos nos últimos 20 anos, a área fornecia pastagens para rebanhos de vacas leiteiras. O leite produzido era utilizado na produção desses queijos — brie, Coulommiers, Tomme, entre outros — mais comumente consumidos em Paris, antes da expansão ferroviária francesa durante o século XIX.

Então, no ano passado, voltamos à região do Seine-et-Marne para provar, durante dois dias, alguns dos melhores queijos da França, diretamente de seus lugares de origem. Depois de deixar Paris em uma manhã fria e ensolarada, nos dirigimos aos subúrbios da cidade por 45 minutos e cruzamos os vastos e nebulosos campos verdes que dominam o Seine-et-Marne, antes de chegarmos na cidade de Jouarre.

BRIE ERA O PREFERIDO DE CARLOS MAGNO

Começamos a nossa jornada na La Fromagerie Ganot, uma loja de queijos que funciona como affineur (lugar onde se matura o produto). A empresa familiar também abriga um pequeno museu dedicado à história e produção de brie e de outros queijos da região do Seine-et-Marne. Eles oferecem visita guiada, que inclui um vídeo com comentários ao vivo, passeio às caves de envelhecimento e degustação.


La Ferme Jehan de Brie vende queijos da região.

Isabelle Hédin, cujo avô fundou a queijaria em 1895, nos disse que existem seis variedades de brie, e que o sabor final do queijo depende do tamanho do molde usado para armazenar o leite de vaca coagulado e do tempo que ele envelhece lá dentro.

— Queijos do tipo brie são produzidos no mundo todo — explica ela. — Mas o verdadeiro brie só vem do Seine-et-Marne.

Ela conta que apenas dois tipos de brie possuem o AOC, ou Appellation d’Origine Contrôlée, um selo do governo que indica que a produção segue uma série de regras rigorosas. São eles, brie de Meaux e brie de Melun, ambos batizados em homenagem à cidades da região do Seine-et-Marne.

— O brie de Meaux tem uma casca branca aveludada e gosto de manteiga e avelãs, após cerca de seis ou oito semanas de envelhecimento — diz Isabelle. — Já o brie de Melun fica melhor entre dez e 12 semanas e tem um sabor mais forte, salgado e robusto, que parece com o do iogurte.

E o Coulommiers, o queijo que inspirou esta viagem? Este faz parte da família dos brie, conforme explica Isabelle. Ele “se distingue por ser menor e mais grosso, com um gosto mais adocicado".

O brie é produzido no Seine-et-Marne desde o século VII e, dizem, foi o preferido do imperador Carlos Magno e do rei Henrique IV. No banquete de encerramento do Congresso de Viena, que aconteceu no dia 9 de junho de 1815, cerca de 60 tipos de queijos europeus diferentes foram servidos. O brie de Meaux foi eleito o Rei dos Queijos pelos diplomatas e nobres presentes.

Apesar dessa notoriedade, Isabelle lamenta que a produção de queijo na região tenha diminuído. Isso porque os fazendeiros estão abandonando a criação de gado leiteiro e investindo em culturas mais rentáveis.

— Atualmente, eles formam um grupo pequeno de 12 fazendas que produzem queijo com leite tirado na própria propriedade — conta ela. — A maior parte do brie francês é produzida com leite pasteurizado, por isso, ele nunca alcança um sabor mais acentuado, já que as bactérias naturais que amadurecem o queijo morrem nesse processo. Brie de Meaux e brie de Melun só podem ser feitos com leite produzido no Seine et-Marne.

Nas caves de envelhecimento, Isabelle nos aconselha a sempre comer la croute fleuri, a crosta branca do brie, que se desenvolve quando o fungo penicillium cresce sobre a superfície do queijo coberta com sal.

— Tem muito sabor e é bom para você!

Ela estava certa, é claro. A casca concentra o sabor do queijo. Nós prosseguimos com um fino brie de Meaux; depois com um briethat temperado com uma camada fina de sementes de mostarda, acompanhado por uma bela fatia de presunto, e, em seguida, brie noir, um queijo com 1ano e crosta quebradiça. Ele tinha uma textura gelatinosa, mas não desagradável, e um sabor leve de caramelo, palavra que também descreve sua cor.

— Antigamente nós comíamos brie noir no café da manhã — diz Isabelle — Você corta um pedacinho e mergulha no café.

ST-OUEN-SUR-MORIN REÚNE CLIMA MEDIEVAL E COMIDA CASEIRA

Os amigos que haviam nos emprestado sua casa de campo, na viagem feita dois anos antes, nos recomendaram sua pousada favorita. Então, depois de uns 15 minutos de carro em meio à uma tempestade, nós chegamos ao Auberge de la Source, na aldeia de Saint-Ouen-sur-Morin. O lugar, que daria um belo um cartão-postal, é o tipo de endereço que você sonha em encontrar no interior da França: uma estalagem à moda antiga com confortos modernos, hospitalidade encantadora e comida simples, mas deliciosa. Nós dividimos uma enorme costeleta de vitela grelhada com creme de cogumelos e uma variedade de três excelentes queijos bries: de Meaux, Melun e Provins.


Brie de Meaux é um dos dois tipos do queijo que possuem o selo AOC
(Appellation d´Origine Controlée)

Enquanto conversávamos com Laurent Tizio, o proprietário amigável da pousada, durante o café da manhã do dia seguinte, ele disse:

— O brie é um daqueles produtos que ficam melhores quando saboreados nos lugares onde foram feitos.

Eu concordei e, quando mencionei minha paixão pelo L’Explorateur, o queijo triple-crème com o logotipo do foguete que eu havia provado quando era criança, ele insistiu em nos mostrar a fábrica desativada da marca em um vale verdejante. Atualmente, L’Explorateur é produzido em outro endereço da região do Seine-et-Marne.

— Ele foi criado em 1958 e nomeado em homenagem ao primeiro satélite americano, o Explorer — conta Tizio, resolvendo um mistério de 40 anos.

Seguimos até o final da estrada, onde visitamos o interessante Museu de la Seine-et-Marne para ver uma antiga coleção de ferramentas usadas para a fabricação de queijo. O acervo inclui pelles à brie de madeira, que são pás especiais utilizadas para a coalhada, obrigatórias na produção de Brie de Meaux.

Dirigindo-se pelas estradas vicinais, em meio às planícies onduladas do Seine-et-Marne, chegamos à aldeia de Choisy-en-Brie para um bom almoço caseiro com alho-poró marinado, cordeiro com feijão flageolet e mais brie, bien sûr, no Au Bec Fin, um restaurante simples e acolhedor, com excelente comida.

Depois de uma visita à bela cidade medieval de Provins, com suas imponentes fortificações protegidas pela Unesco, nossa última parada antes de voltarmos para Paris foi Le Domaine des Trente Arpents, uma bela fazenda em Favières, de propriedade do barão Benjamin de Rothschild, onde, são produzidos alguns dos melhores queijos do Seine-et-Marne.

Lá compramos um brie de Meaux, um Coulommiers e um Tomme Fermière, um queijo de leite de vaca semimacio, que eu havia encomendado na manhã do dia anterior, pelo telefone. Para mim, as melhores lembranças são sempre as que são comestíveis.

SERVIÇO

Onde dormir:

Auberge de la Source: Diárias a partir de € 99. A pousada tem cinco quartos, três suítes (a partir de €130), piscina e jardim. Para jantar, o restaurante oferece dois menus com preços razoáveis. Place St. Barthélémy 8, Saint-Ouen-sur-Morin. Tel. 01.60.24.80 61. www.aubergedelasource.fr

César Hotel: Diárias a partir de €115. Tem 27 quartos estilosos e recentemente renovados. Está localizado em uma região animada. Rue Sainte-Croix 13, Provins. Tel. 01.60.52.05.20. www.lecesarhotel.com/en

Onde comer:

Au Bec Fin: O menu muda com frequência. O almoço para duas pessoas custa, em média, € 50. Place de l’Eglise 1, Choisy-en-Brie. Tel. 01.64.03.19.97.

Les Bistrophiles: Bom bistrô. Um jantar para duas pessoas custa em torno de € 70. Rue du Val 44, Provins. Tel. 01.64.01.46.94.

La Ferme Jehan de Brie: Excelente loja de queijos, com tipos raros e uma variedade grande de laticínios do Seine-et-Marne. Place du Marché 15, Coulommiers. Tel. 01.64.03.06.49.

Passeios:

Fromagerie Ganot: Boa loja de queijos e oferece visitas guiadas pelo pequeno museu e pelas cavas de envelhecimento. Também tem degustação de queijos. Rue Cécile Dumez 4. Sábados às 16h30m, com guias apenas em francês. Tel. 01.60.22.06.09. www.fermes-brie.r/visites_degustations 

Musée Départemental de la Seine-et-Marne: Aberto nas manhãs de domingo, segunda, quarta, quinta e sexta-feira. Avenue de la Ferté-sous-Jouarre 17, Saint-Cyr-sur-Morin. Tel. 01.60.24.46.00. www.musee-seine-et-marne.fr

Fotos:
Sandro di Carlo / The New York Times"

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Eurostar compra trens e aumenta malha na Europa

Tripulação faz um 'selfie' na frente de um trem novo da Eurostar, na estação St Pancras em Londres Foto: ANDREW WINNING / REUTERS

A Eurostar está gastando 300 milhões de libras (R$ 1,2 bilhão) em sete novos trens. O objetivo é aumentar o número de destinos da empresa com trajetos mais distantes e atrair mais passageiros que, atualmente, optam por viagens aéreas.

Exatamente 20 anos depois do início do trecho ferroviário entre Londres, Paris e Bruxelas, a Eurostar apresentou, semana passada, o novo visual dos trens. O projeto faz parte da estratégia de expansão da frota e que está orçado em 1 bilhão de libras (R$ 4 bilhões).

Nessas duas décadas, a ligação entre as três capitais europeias transformou o transporte local. A Eurostar domina cerca de 80% do mercado entre esses destinos. Segundo a empresa, esse percentual é o dobro do que era logo depois do lançamento.

— Eu não acho que podemos ir muito além disso. O crescimento para nós não está mais dentro de Paris ou Bruxelas, está em outros destinos — disse o presidente-executivo da Eurostar, Nicolas Petrovic.

Nos próximos dois anos, as tradicionais linhas amarelas das laterais do Eurostar serão vistas do norte da França e da Bélgica, até Marselha, no sul do país francês, e Amsterdã, na Holanda.

— Precisamos convencer os passageiros que vale a pena experimentar a nossa companhia e trocar as viagens aéreas pelas ferroviárias. Temos de criar novos mercados que não existem agora — disse Petrovic.

Os novos trens terão assentos maiores, com mais espaço entre uma poltrona e outra, além de Wi-Fi em todos os vagões. Segundo a empresa, o júri que decidirá se a troca da da viagem aérea pela terrestre vale a pena é formado pelos passageiros.

A Eurostar espera que os novos trens possam ajudar a empresa a combater qualquer concorrência futura. A empresa alemã Deutsche Bahn está planejando uma outra rota ferroviária por túnel, que ligará Frankfurt a Londres, via Bruxelas.

A primeira classe do novo trem da Eurostar - Foto: Andrew Winning - Reuters

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Reims muito além do champagne




A Catedral de Notre-Dame de Reims é uma das catedrais mais imponentes de toda a França e juntamente com a Catedral de Chartres, são as catedrais góticas mais importantes do país – batendo inclusive a Catedral de Notre-Dame de Paris – e foi um dos primeiros monumentos classificados como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, recebendo anualmente 1,5 milhões de visitantes.

Reims já era sede do bispado de Champagne no ano 250 e sua influência era tão importante que se acredita que a conversão dos estados germânicos ao catolicismo foi conseguida graças aos seus religiosos.

Mas foi apenas em 1211 – quase mil anos depois – que o arcebispo Aubrey de Humbert assentou a pedra fundamental da nova catedral, que teve terminou em 1516, com 6.650 m2 e uma nave com 139 metros de comprimento, 13 metros de largura e 35 metros de altura.

Uma curiosidade: apesar de seus famosos vitrais datarem, em sua maioria, do Século XIII, os três vitrais da capela axial foram executados em 1974 por Marc Chagall.

A Catedral de Reims foi o berço da coroação dos Reis da França: 29 monarcas franceses foram coroados nela, entre 1027 e 1825, entre eles os mais famosos Reis da Idade Média (Philippe Auguste, Louis IX, Saint Louis, Philippe IV, Charles VII), da Renascença (François I) ou da Época Clássica (Louis XIII, Louis XIV, Louis XV, Louis XVI) e ainda o último Bourbon da Restauração (Charles X).

A cerimônia de coroação era simples, apesar da pompa: o rei recebia as insígnias de cavaleiro, a espada e as esporas de ouro, que faziam dele o braço secular da Igreja. Depois ajoelhava-se diante do Arcebispo, era ungido com o crisma da Santa Ampola na cabeça, no peito, nos ombros e também nas articulações dos braços e das mãos para, em seguida, receber o anel e o cetro da justiça.

Em 2011 a Catedral de Reims comemorou 800 anos com espetáculos que se repetiram todos os fins de semana, desde 6 de maio até ontem e que contaram com apresentações do "Te Deum" e com jogos de luz e sombra que reproduziram as cores originais de sua fachada usada no século XIII.













domingo, 16 de novembro de 2014

Chapéu de Napoleão é leiloado em Fontainebleau

Chápeu que pertenceu a Napoleão foi vendido em leilão neste domingo (16), na França (Foto: DOMINIQUE FAGET / AFP)

Um chapéu que pertenceu ao imperador francês Napoleão Bonaparte foi comprado por 1.884.000 de euros por um colecionador sul-coreano durante um leilão em Fontainebleau, perto de Paris, informou a casa de leilões Osenat, hoje, pela agência France Presse.

Este chapéu, um dos dezenove autenticados do imperador ainda existentes no mundo, fazia parte da coleção de mil lotes reunidas por Luís II de Mônaco (1870-1949), bisavó do príncipe Albert, conservada no museu de recordações napoleônicas de Mônaco.

O nome do colecionador sul-coreano não foi divulgado pela casa de leilões. O chapéu estava avaliado entre 300 mil e 400 mil euros.

Em 15 anos de reinado, Napoleão usou cerca de 120 chapéus, quase todos fabricados pela Poupard de Paris, segundo o especialista Jean-Claude Dey.

Outras peças raras do imperador devem ser leiloadas, incluindo os 'troféus' apreendidos pelas tropas prussianas em Waterloo (luvas, talheres, espada, ordens de cavaleiros...)

sábado, 15 de novembro de 2014

Autor do atentado à sinagoga da Rue Copernic em Paris é preso

L'attentat de la rue Copernic avait causé la mort de quatre personnes, le 3 octobre 1980, à Paris.

Segundo informações da Reuters, Hassan Diab, o libanês-canadense que é o principal suspeito de um atentado a bomba em 1980 que matou quatro pessoas do lado de fora da sinagoga da Rue Copernic, no 16ème arrondissement de Paris, foi colocado sob investigação formal neste sábado.

Diab chegou a Paris vindo de Ottawa, no Canadá, neste sábado depois que a Suprema Corte de seu país se recusou, na quinta-feira passada, a acatar seu recurso contra a extradição para a França, onde permanecerá detido até o julgamento.

"Meu cliente sempre disse que é inocente e continuará dizendo", afirmou o advogado de Diab, Stephane Bonifassi, à Reuters.

Antes de ser preso pela polícia do Canadá em 2008, Diab, de 61 anos, se tornou cidadão canadense e virou professor de sociologia em duas universidades em Ottawa, mas depois acabou solto e viveu sob supervisão judicial, confirmou Bonifassi. 

A bomba explodiu no dia final de um rito judaico, pouco antes do momento em que o público devia deixar a sinagoga e, mesmo assim, matou quatro pessoas e deixei inúmeros feridos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Sobrevoe Paris como uma águia



Com uma minicâmera colocada em seu corpo, uma águia-rabalva registrou imagens aéreas incríveis enquanto sobrevoava Paris, capital francesa.

Acesse aqui o vídeo: http://tvig.ig.com.br/id/54625c86d8c8cd22690000b2.html

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tigre põe cidades perto da Disneyland Paris em alerta



Informações da AP dão conta que autoridades francesas estão em alerta por conta de um tigre de um ano e meio de idade, pesando cerca de 70 quilos à solta nas proximidades da Disneyland Paris - que por sua vez diz não ter tomado precauções devido à presença do felino.

Segundo porta-voz da localidade de Montevrain, o animal foi visto escondido atrás de arbustos atrás de um conjunto esportivo com quadras de tênis e um campo de futebol, a apenas nove quilômetros da Disneyland Paris, um dos destinos turísticos mais populares da Europa.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Tirar fotos da Tour Eiffel iluminada pode dar multa

A Torre iluminada Foto: JACKY NAEGELEN / Reuters
A Torre iluminada. Foto de Jacky Naegelen, da Reuters

O Caderno Ela publicou no Globo Online uma matéria onde afirma que turistas podem pagar multa ao tirar fotos da Tour Eiffel à noite para postar imagens nas redes sociais porque o registro noturno é proibido por lei por questões de direitos autorais. Segue a peça:

"É um clique inevitável: qualquer turista que se preze em Paris faz fotos da Torre Eiffel. Mas é bom tomar cuidado se o registro for feito à noite sob o risco de ter que pagar multa. É que uma lei diz que fotos noturnas da torre estão sujeitas à pagamento de direitos autorais ao artista responsável por posicionar os canhões de luz sobre a edificação.

A iluminação é tecnicamente considerada uma obra de arte, então qualquer 'reprodução' requer a permissão do artista. Isso também significa que é ilegal compartilhar essas imagens nas redes sociais. Em seu site, a Torre Eiffel confirma que usos de fotografias estão sujeitas a certas restrições.

As fotos feitas durante o dia estão livres de questionamento já a torre foi construída em 1889, ou seja, já caiu em domínio público.

As diretrizes da União Europeia, de 2001, indicam que fotografias de obras arquitetônicas em espaços públicos podem ser tiradas de forma gratuita, mas a cláusula é opcional, segundo informou o tabloide britânico "Daily Mail". Países como Itália, Bélgica e França, por exemplo, optaram por não seguir essa indicação.

Muitos edifícios em toda a Europa estão protegidos por copyright. Turistas devem pedir permissão do detentor dos direitos autorais para compartilhar suas fotos em sítios públicos.

Na Romênia, Bulgária e Eslovênia, por exemplo, pode-se tirar fotos de edifícios públicos, desde que as imagens não sejam vendidas.

Enquanto isso, no Reino Unido, Holanda e Alemanha, os turistas têm a liberdade de tirar e compartilhar fotos de prédios públicos por qualquer motivo."

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Há 72 anos Hitler quebrava o armistício de 1940 e tropas invadiam o sul da França



Há 72 anos, em 11 de novembro de 1942, alemães e italianos invadiram o território francês, quebrando o armistício de 1940. Um dia antes, Hitler havia em vão convidado a França a lutar contra ingleses e americanos.

Com a invasão da Polônia em 1939, Adolf Hitler deu início a uma nova fase na sua política externa. A partir de então, o mundo deveria ser reestruturado como ele queria, o espaço sonhado pelo Führer deveria ser enfim construído e os adversários derrotados deveriam ser subjugados, com o objetivo de edificar finalmente o sonho nazista de domínio do mundo.

"O espaço adequado à grandeza de uma nação é o fundamento de todo poder. Por um tempo, pode-se abdicar dele, mas chega a hora em que a solução do problema aparece, de uma forma ou de outra", declarou Hitler a seus generais em meados de 1939, acrescentando que outras vitórias não seriam "alcançadas sem derramamento de sangue".

Depois de derrotar a Polônia, Hitler fez uma proposta de paz à Inglaterra e à França, durante um discurso na sede do governo alemão, a 6 de outubro de 1939. O acordo deveria considerar as conquistas já alcançadas pelo regime nazista. As duas potências ocidentais, que ao aceitar a oferta estariam abdicando de qualquer influência na constelação das relações de poder na Europa, rejeitaram a proposta. Até então, Inglaterra e França não haviam participado da guerra de maneira ativa.

Com arsenal insuficiente e sem a menor vontade de entrar no conflito, a França esquivava-se da guerra mantendo-se dentro dos limites da Linha Maginot, uma imensa linha de fortificações e trincheiras, construída em 1930, próxima à fronteira alemã. Os franceses resumiam a sua participação bélica a vôos ocasionais de reconhecimento sobre o vizinho território alemão. Grande parte do continente europeu já se encontrava ocupado pelas tropas alemãs.

Diferença entre adversário e inimigo

As relações entre Alemanha e Rússia haviam se estremecido após a divisão da Polônia e a anexação dos países bálticos. Cresciam as discórdias entre os dois países em relação à demarcação das áreas de interesse de cada um. Com a operação militar Barba-Roxa, a União Soviética tornou-se o novo alvo de ataque dos alemães. Hans-Günter Stark, comandante da 91ª Divisão, explica a diferença entre os conceitos "inimigo" e "adversário" na Alemanha de Hitler: "Ingleses e franceses eram adversários. Nós não os víamos como inimigos. Já os russos, os soviéticos, eram inimigos cerrados e ideológicos".

No dia 8 de novembro de 1942, Hitler discursou para os "velhos combatentes" na cervejaria Löwenbräukeller, de Munique, em memória ao fracassado golpe de 1923. Hitler mostrava-se completamente convencido da teoria de conspiração que teria envolvido a situação.

Dois dias depois, Hitler encontrou-se com o primeiro-ministro francês Laval. O Führer o convidara a Munique, com o propósito de sondar se o governo francês de Vichy estaria disposto a lutar ao lado dos alemães, contra ingleses e americanos. A tentativa foi vã. A França não estava disposta. Um dia depois, a 11 de novembro de 1942, as tropas alemãs e italianas ultrapassaram a linha de demarcação das regiões de paz e invadiram a parte ainda não ocupada do território francês.

Os franceses reagiram com veemência. Embora o marechal Pétain tentasse atenuar os efeitos da ocupação, através de concessões, os impulsos de resistência vieram rapidamente à tona em todo o país. Os patriotas franceses fundaram o maquis, o exército da Resistência, que se mantinha escondido em regiões intransitáveis, para dali empreender ataques armados contra o regime nazista alemão.

O Reino Unido mostrou disposição de ajudar, fornecendo armas e munições às milícias francesas. A Resistência foi tão bem organizada e bem-sucedida que muitos povoados e áreas do país puderam ser libertados da ocupação alemã.

O juramento feito por Hitler, no início de sua carreira política, de que o novembro de 1918 nunca mais se repetiria, confirmava-se de maneira terrível. Quarenta milhões de mortos na Europa, inclusive na União Soviética; o extermínio de judeus, ciganos, bem como de eslavos e adversários políticos considerados pelo regime nazista como "incapazes para a vida". Esse foi o terrível balanço da violência e do ódio que guiaram o governo de Hitler até a sua capitulação em maio de 1945.

Com informações da Deutsche Welle.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Minha Paris, meus bares e meus restaurantes


Como prometido, divido com vocês a lista dos restaurantes e bares que mais gosto de ir. Alguns tenho hábito de ir sempre, outros são apenas para ocasiões especiais mas todos são lugares de que gosto e que recomendo com muito carinho. Aproveitem.

▪ La Rotisserie (comida simples e saborosa, do mesmo dono do La Tour D’Argent)
19, Quai de la Tournelle, 75005 Paris _ tel. 01 43 54 17 47

▪ Le Petit Pontoise (tipicamente francês, acolhedor e pratos bem servidos, preço bom)
9, Rue de Pontoise, 75005 Paris_ tel. 01 43 29 25 20

▪ L’Ami Louis (frango mais famoso de Paris, bem pequeno e tradicional, não é barato)
32, Rue de Verbois, 75003 Paris_ tel. 01 43 87 77 48

▪ Coffee Parisien (jovem e descolado, tipicamente americano, especialidade hambúrguer)
4, Rue Princesse, 75006 Paris _ tel.01 43 54 18 18

▪ Hotel Costes (para ver e ser visto, badalado, moderno - no coração da Rue Saint Honoré)
239, Rue Saint-Honoré, 75001 Paris_ tel. 01 42 44 50 00

▪ L'Avenue (para ver e ser visto, badalado, o melhor é a varanda)
Avenue Montaigne, 75008 Paris_tel. 01 40 70 14 91

▪ Le Georges (para ver e ser visto, badalado, a vista de Paris é incrível)
6è étage du Centre Georges Pompidou, 75004 Paris _ tel. 01 44 78 47 99

▪ Café Germain (para ver e ser visto, badalado, no meio do "baixo Saint Germain")
25-27, Rue de Buci, 75006 Paris_ tel.01 43 26 02 93

▪ La Societé
(para ver e ser visto, badalado, bem em frente a igreja de Saint Germain de Près)
4, Place Saint Germain, 75006 Paris_ tel. 01 53 63 60 60

▪ Benoit Bistrot (Alain Ducasse)
20, Rue Saint Martin, 75004 Paris_ tel. 01 42 72 25 76

▪ Angelina (ideal para café da manhã ou lanche, soberbo chocolate quente)
226, Rue de Rivoli, 75001 Paris_ tel. 01 42 60 82 00

▪ Hotel Meurice (ao lado do Angelina, super fino e chic, ficar no bar ou ir ao restaurante)
228, Rue de Rivoli, 75001 Paris_ tel. 01 44 58 10 10

▪ La Régalade (comida ótima e preço bom)
49, Avenue Jean Moulin, 75014 Paris_tel. 01 45 45 68 58

▪ La Coupole (tradicional brasserie)
102, Boulevard du Montparnasse, 75014 Paris_ tel. 01 43 20 14 20

▪ Le Florimond (excelente bistrot, de Parisiense mesmo)
19, Avenue de la Motte-Piquet, 75007 Paris_ tel. 01 45 55 40 38

▪ Café Les Editeurs (descolado, no coração de Saint Germain)
4, Carrefour de l’Odeon, 75006 Paris_tel. 01 43 26 67 76

▪ Kong (moderno, ideal para a noite, com bar e boite no sub-solo)
1, Rue du Pont Neuf, 75001 Paris_ tel. 01 40 39 09 00

▪ Bound (restaurant-bar-sushi bar)
49, Avenue George V, 75008 Paris_tel. 01 53 67 84 60

▪ La Tour D’Argent (hoje com apenas 1 estrela no Guide Michelin, mesmo assim, imperdível)
15, Quai de la Tournelle, 75005 Paris_tel. 01 40 46 71 11

▪ L'Arpège (Alain Passard, único 3 Estrelas do Guide Michelin que não serve carnes vermelhas)
84, Rue de Varenne, 75007 Paris_tel. 01 45 51 47 33

▪ Le Taillevent (sensacional 2 estrelas Michelin, o Ratatouille foi inspirado em suas cozinhas)
15, Rue Lamennais, 75008 Paris_tel. 01 44 95 15 01

▪ L’Atelier (Joel Robuchon, que tem 25 estrelas – somando seus restaurantes – no Michelin)
5, Rue de Montalembert, 75007 Paris _tel. 01 42 22 56 56

▪ Les Bouquinistes (do Guy Savoy)
53, Quai des Grands Augustins, 75006 Paris _ tel. 01 43 25 45 94

▪ Atelier du Maitre Albert (Guy Savoy / rotisserie contemporaine)
1, Rue Maitre Albert, 75005 Paris _ tel. 01 56 81 30 01

▪ Crystal Room Baccarat (projetado por Philippe Starck, é ideal para uma noite romântica)
11, Place des Etats-Unis, 75116 Paris_tel. 01 40 22 11 10

▪ Apicius (Relais & Château)
20, Rue d'Artois 75008, Paris_ tel. 01 43 80 19 66

▪ Aux Lyonnais (Alain Ducasse)
32, Rue Saint-Marc, 75002 Paris_tel. 01 42 96 65 04

▪ Rech (Alain Ducasse)
62, Rue de Ternes, 75017 Paris_tel. 01 45 72 29 47

▪ L’Ambroisie (maravilhoso 3 estrelas no Guide Michelin)
9, Place des Vosges, 75004 Paris_tel. 01 42 78 51 45

▪ Chez Les L’Anges (maravilhosa cozinha francesa, bistro chic)
54, Boulevard de la Tour Maubourg, 75007 Paris_tel. 01 47 05 89 86

▪ La Grande Cascade (excepcional restaurante de 01 estrela no Guide Michelin)
Allée de Longchamp, Bois de Boulogne 75116 Paris_tel. 01 45 27 33 51

▪ La Closerie des Lilas (fundado em 1847, com cozinha tradicional)
171, Boulevard du Montparnasse, 75006 Paris_tel. 01 40 51 34 50

▪ Chez Janou (comida da Provence, com pratos saborosos e tradicionais)
2, Rue Roger Verlomme, 75004 Paris_tel. 01 42 72 28 41

▪ Il Sorrentino (italiano imperdível)
4, Rue de Monttessuy, 75007 Paris_tel. 01 45 55 12 50

▪ La Cigale Recamier (souflês maravilhosos)
4, Rue Récamier, 75006 Paris_tel. 01 45 48 86 58

▪ L’Auberge Bressane (comida tradicional e farta)
16, Avenue de la Motte-Picquet, 75007 Paris_tel. 01 47 05 98 37

▪ Tong Yen (comida chinesa tradicional, com 1 estrela no Guide Michelin)
1 bis, Rue Jean Mermoz, 75008 Paris_tel. 01 42 25 04 23

▪ Schwartz Deli (gente moderna, chessecake, cheeseburgers, frios, guloseimas)
16, Rue des Écouffes, 75004 Paris_tel. 01 48 87 31 29

▪ Le Petit Fernand (típico francês, pequeno, simples e delicioso)
7, Rue Lobineau, 75006 Paris_tel. 01 40 46 06 88

▪ Bread & Roses (um Garcia & Rodrigues, mas muito melhor)
25, Rue Boissy d’Anglas, 75008 Paris_tel. 01.47.42.40.00

▪ Chateaubriand (cozinha moderma, muito boa)
129, Avenue Parmentier, 75011 Paris_tel. 01 43 57 45 95

▪ Chez l'Ami Jean (cozinha basca)
27, Rue Malar, 75007 Paris_tel. 27 01 47 05 86 89

▪ Pedra Alta (frutos do mar )
6, Avenue Du Général Leclerc, 92100 Boulogne Billancourt_tel. 01.46.03.54.04

▪ Mama Shelter (badalado / ver e ser visto / cozinha francesa)
109, rue de Bagnolet, 75020 Paris_tel. 01 43 48 48 48

▪ Bar des Théatres (carnes / sanduíches / tartare)
44, Rue Jean Goujon, 75008 Paris_tel. 01 47 23 34 63

domingo, 9 de novembro de 2014

Paris vai ter 1350km de ciclovias até 2020



Segundo informações do jornal O Globo, o movimento pelo uso da bicicleta, que cresce no Brasil, está longe do que é visto em países desenvolvidos. O Rio, que ostenta a maior extensão de ciclovias — são 380 quilômetros — não chega perto de Paris. Na capital francesa, são 650 quilômetros instalados, e os deslocamentos para o trabalho feitos por bicicletas já são 5% do total. Para chegar a 15% em 2020, ou 1.350 quilômetros, as ciclovias terão acréscimo de 700 quilômetros.

Em São Paulo, as bicicletas invadiram as ruas. São 149 quilômetros, e o objetivo é chegar a 400 até o fim do ano que vem.

Mesmo com o avanço das ciclovias em metrópoles, governos e empresas ainda enxergam as bikes como meio de lazer. No Rio, a responsabilidade pela gestão das ciclovias é da Secretaria do Meio Ambiente e não da pasta dos Transportes. Os BRTs não contam com vias para as “magrelas”.

— No Rio, muitas pessoas usam os corredores de ônibus dos BRTs para andar de bicicleta, com a ilusão de que são mais seguros. Isso prova que há demanda e que não é atendida — afirma Willian Cruz, editor do site Vá de Bike e especialista no tema.

Ele compara com São Paulo: os 150 quilômetros de corredores de ônibus que serão instalados até o fim de 2015 contarão com ciclovias ou ciclofaixas.

Além de faltar bicicletários e locais para banho nos locais de trabalho, mesmo as fábricas de bicicleta estão desconectadas:

— Nas lojas, o que mais vemos são modelos de mountain bike, não há bons modelos de bicicletas de transporte, com para-lamas, bagageiro e protetor de correntes para evitar graxa nas calças — diz Cruz.

NO FIM DE 2015, RIO PODERÁ TER 450 KM

A Secretaria do Meio Ambiente do Rio afirmou que toma conta das ciclovias pela redução de emissão de gás de efeito estufa, o CO2. A secretaria explica ainda que não há ciclovias junto aos BRTs pois a prefeitura entende que as bicicletas são alimentadoras dos grandes corredores logísticos. O governo quer ter 450 quilômetros até o fim do ano que vem, quando a cidade completa 450 anos.

— Já temos uma solução de transporte de muito boa qualidade, que é o BRT, e as ciclovias serão vias alimentadoras — disse Carlos Alberto Muniz, secretário Municipal de Meio Ambiente.

Em São Paulo, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, afirma que as bicicletas, que ganharam evidência na atual gestão do prefeito Fernando Haddad, ajudam nos trajetos de curta distância. A cidade adicionou 96 quilômetros aos 53 já existentes. Em São Paulo, apenas 3% da população usam a bicicleta em seus deslocamentos.

Para especialistas, é preciso que haja mais integração entre ciclovias e terminais de ônibus e metrô, com local para guardar as bicicletas, já que o transporte alternativo não é visto como solução de mobilidade.

— Não dá para ser contra a bicicleta. Ciclovia é civilizatória. Ela é uma delicadeza no trânsito, mas colabora pouco para a mobilidade — opina o arquiteto e urbanista Cândido Malta

LONDRES: ALTA DE 720% NO USO

Na Cidade Luz, duas palavras passaram a fazer parte do vocabulário cotidiano: Vélib e Autolib, respectivamente os sistemas de aluguel de bicicletas e de carros elétricos em livre serviço. Inaugurado em 2007, o Vélib tem frota de 24 mil bicicletas em 1.700 estações e o sistema tem batido recordes sucessivos de uso. No dia 3 do mês passado, foi registrado o equivalente a duas Vélib alugadas a cada segundo em Paris.

Outro eixo do plano de expansão das ciclovias será o de facilitar o estacionamento de bicicletas. E para acostumar as crianças à cultura da bicicleta, a Prefeitura implantou há quatro meses o Petit Vélib, que oferece a locação de 300 bicicletas, de quatro modelos diferentes, para crianças entre 2 e 8 anos de idade, com a possibilidade de sessões de aprendizado em diferente locais da cidade.

No Reino Unido, o movimento se repete. O censo de 2011 mostra que 740 mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales admitem usar bicicletas como principal meio de transporte. Isso significa um aumento de 720% em dez anos. Londres cobra uma taxa diária de 10 libras (cerca de R$ 40) para quem entrar no centro de carro. Em um mês de trabalho, o “pedágio verde” sairia a R$ 880.

— Trago a minha bicicleta dobrável comigo. Saio da estação de trem de Marylebone e sigo para o trabalho. Economizo o dinheiro do metrô pelo menos — disse o engenheiro Sam Hughes, enquanto prendia o capacete.

sábado, 8 de novembro de 2014

O Natal monstro das Galeries Lafayette

 de O Globo publicou uma boa matéria no Globo Online sobre a decoração de Natal das Galeries Lafayette nesta terça-feira passada (4) - segue a peça:

"Quem já foi durante o Natal ao imponente prédio art nouveau da Galeries Lafayette, em Paris, sabe que basta fechar os olhos por um instante para começar a escutar sininhos imaginários, a respiração das renas e a gargalhada de trovão do Bom Velhinho. Um dos centros comerciais mais tradicionais do mundo é conhecido por sua decoração de Natal igualmente fiel à cartilha natalina. Neste ano, porém, muita coisa está fora da ordem. Com o tema "Noël monstre" ("Natal monstro", em português), a galeria parisiense decidiu pendurar de cabeça para baixo sua tradicional e nada discreta árvore.

O gigantesco pinheiro dourado, com detalhes em azul e rosa, foi montado bem no centro da famosa cúpula neo-bizantina do edifício. A inauguração da árvore de 25 metros de altura está marcada para 5 de novembro. Os galhos servirão como palco de espetáculos musicais e visuais de hora em hora, estrelados por monstrengos coloridos.

Pelos corredores da galeria, a situação também não será diferente. Quem for fazer compras por lá, em novembro e dezembro, pode ser surpreendido pelos monstrinhos, que irão se esconder nas vitrines, circular pelos dez andares do centro comercial descendo e subindo de escada rolante e esperar educadamente (assim foi prometido) suas respectivas vezes nas filas dos caixas.

A ideia do artista multimídia Thibaut Pradet, que organizou o projeto, é reproduzir o quarto de brincadeiras do monstro Gustave e de seus amigos gigantes e peludos. As apresentações serão uma mescla de música, dança, acrobacia, comédia e moda".

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Hollande bate no fundo do poço




Segundo agências internacionais e o jornal O Globo, a popularidade de François Hollande sofreu uma nova queda ontem (6), alcançando o pior resultado para um presidente francês. O líder socialista, que chega na metade de seu mandato de cinco anos, obteve um índice de aprovação de 12% no levantamento mensal do instituto YouGov, inferior aos 15% registrados no mês passado. Outras pesquisas recentes colocaram a popularidade de Hollande em 13%.

O resultado veio horas antes de o presidente fazer um discurso para defender a sua política econômica. Mais cedo, o chefe-executivo do terceiro maior banco da França, Credit Agricole, fez duras críticas ao governo de Hollande por seus esforços incertos para alavancar a segunda maior economia da zona do euro.

— A ausência de uma visão clara e a falta de coerência nas políticas econômicas estão pesando sobre a confiança e, portanto, sobre os investimentos e a atividade econômica — afirmou o CEO Jean-Paul Chifflet durante uma teleconferência para apresentar os resultados do banco.

Hollande participará mais tarde de uma sessão de perguntas e respostas no horário nobre do canal TF1. Ele provavelmente enfrentará críticas sobre promessas não cumpridas para reverter o aumento do desemprego e o déficit público.

Uma pesquisa da Harris Interactive publicada na segunda-feira mostrou que 92% dos entrevistados disseram que não estão satisfeitos com Hollande, e 96% acreditam que o presidente não cumpriu as suas promessas de campanha feitas antes de chegar ao poder em 2012.

Cada vez mais criticado pela oposição e também contestado no seio de seu próprio Partido Socialista (PS), em meio a índices econômicos desanimadores — crescimento nulo e desemprego em alta —, o presidente atravessa um sombrio período em ternos de credibilidade.

De junho de 2012, um mês após a eleição presidencial, até setembro de 2014, o índice de confiança da população em Hollande, segundo a sondagem TNS/Sopra, havia caído de 55% para 13% — um recorde negativo entre os presidentes da 5ª República, estabelecida pela Constituição de 1958.

Ainda ontem, em entrevista transmitida ao vivo pelo canal TF1, o presidente reconheceu que “pode ter cometido erros”, em especial no caso do desemprego, para o qual propusera uma “inversão de curva” em 2013 e que, se não diminuir, Hollande afirmou que não se candidatará à reeleição em 2017.

— Vocês acham que eu me apresentaria como candidato ao eleitorado francês se eu não conseguisse diminuir o desemprego? Os eleitores seriam implacáveis comigo e teriam razão. Até lá, seguirei reformando e fortalecendo a França.

— Reconheço este erro, especialmente porque dei esperanças a muitos desempregados — lamentou Hollande, que assegurou ter tomado todas as decisões sobre as reformas realizadas na França. — O primeiro-ministro, Manuel Valls, apenas aplica a política que o presidente definiu para a nação.

Valls é acusado pela ala esquerdista do Partido Socialista de ter “inclinações liberais”.

— Não sou presidente da República porque fui sorteado. Sou um ser normal, mas tenho couro duro. Há dois anos e meio que contenho — conta o presidente que também teve que lidar com a publicação de um livro vingativo de sua ex-namorada, Valérie Trierweiler.

Por fim, o presidente anunciou a candidatura da França como sede da Exposição Universal de 2025, e disse que gostaria que Paris se candidatasse a sediar os Jogos Olímpicos de 2024, o que foi descartado hoje pela Prefeita Anne Hidalgo enquanto os esportes e esportistas olímpicos franceses não estiverem melhor preparados.

E, por mais que Hollande tenha tentado dar um novo impulso à segunda metade do seu mandato, sua popularidade atingiu um recorde negativo, e muitos já classificam o ambiente político na França como um “fim de reinado”: na pesquisa Ipsos, 62% dos entrevistados manifestaram o desejo de que Hollande deixasse imediatamente o Palácio do Eliseu.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

H&M abre em Saint Germain des Près, em Paris




A cadeia sueca H&M, blockbuster da área de vestuário, empurrou para 2015 a abertura de suas primeiras lojas no Brasil mas continua a pleno vapor na Cidade Luz, onde abre hoje a sua 13a loja parisiense - a 191a loja na França. No mundo a cadeia tem mais de duas mil lojas em 35 países.

A nova loja em Paris fica nas antigas instalações da Fnac de Saint Germain e conta com três andares dedicados à moda feminina, masculina e acessórios, mais de 80 funcionários e uma coleção exclusiva de calçados e, segundo declarações de Thomas Lourenço, responsável pela marca na França, o local desta nova loja é um endereço mítico e ainda um marco para a empresa.

Aliás, no mesmo quarteirão desta loja você pode encontrar uma Sephora, uma Mac, um Starbucks e um Monoprix.

A H&M tem apostado mais nas coleções de sapatos e vai mostrar na nova loja modelos exclusivos mais tendência, mais ousados e com foco no uso do couro e seus lançamentos estarão também na loja virtal à partir de hoje.

77, Boulevard Saint Germain
6ème arrondissement
www.hm.com/fr

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Fondation Louis Vuitton: nem todos gostaram

Fundação Louis Vuitton, obra de Frank Gehry, no parque Bois de Boulogne, em Paris
Fundação Louis Vuitton, no Bois de Boulogne. Foto: Francois Guillot - AFP

Vejam a opinião de Silas Martí, para a Ilustrada da Folha de São paulo, publicada ontem (4). Segue:

"Mais novo museu de Paris, a Fundação Louis Vuitton, inaugurada na semana passada, é um transatlântico de vidro e alumínio encalhado no parque Bois de Boulogne.
Frank Gehry, 85, famoso pelo prédio do Guggenheim de Bilbao, construiu as galerias sob uma casca de placas de vidro que formam um labirinto na cobertura, como se levasse as vielas do bairro de Montmartre para mais perto do céu.

Esse mastodonte branco, talhado para exibir a coleção do magnata do luxo Bernard Arnault, tem 11 mil metros quadrados, custou R$ 335 milhões e virou símbolo máximo da onda de ostentação que varre o mundo da arte.

Lá dentro, telas de Gerhard Richter, uma escultura gigante de Thomas Schütte, um corredor de espelhos de Olafur Eliasson e uma penca de vídeos, entre eles uma quase propaganda institucional do museu criada por Sarah Morris, dão o tom do espaço

No térreo, tudo se reflete em espelhos d'água. Uma cascata embaixo do prédio dá a impressão de que a construção é uma barcaça atracando no famoso bosque parisiense.Lá dentro, telas de Gerhard Richter, uma escultura gigante de Thomas Schütte, um corredor de espelhos de Olafur Eliasson e uma penca de vídeos, entre eles uma quase propaganda institucional do museu criada por Sarah Morris, dão o tom do espaço.

Mas por mais gigantes e vistosas que sejam, as galerias do museu dão sensação de vazio, como se pouco houvesse para ver ali além de uma embalagem hiperbólica —Oliver Wainwright, crítico de arquitetura do jornal "The Guardian", comparou o espaço a um frasco de perfume estilhaçado.

É uma imagem em sintonia com o momento atravessado por Gehry, que parece saber estar perdendo a mão. Irritado, ele chegou a mostrar o dedo do meio para um grupo de jornalistas quando perguntaram se sua arquitetura não seria um "espetáculo" vazio.

REFÉM

Vencedor do Pritzker em 1989, maior prêmio da arquitetura, e herói de um momento em que projetos faraônicos foram usados para revitalizar paisagens urbanas moribundas, como fez em Bilbao, na Espanha, Gehry virou refém de suas próprias estratégias.

Uma retrospectiva da obra do arquiteto canadense em cartaz até janeiro no Centre Pompidou revela como sua obra evoluiu de casas nada convencionais, que embaralhavam o vocabulário residencial com portas e janelas em lugares inusitados, para a invenção de seus megamuseus.

JAZZ E VIOLINOS

Gehry, que abriu seu escritório em Los Angeles nos anos 1960, é viciado na complexidade das construções, que compara aos improvisos do jazz, e se firmou como um dos maiores nomes do pós-modernismo -o momento em que se perdeu a vergonha de criar geringonças vulgares.

Sua retrospectiva no Pompidou, cheia de maquetes, parece despir o arquiteto, mostrando como Gehry não fez mais que criar esqueletos pobres para revestir com peles de vidro e metal retorcido cada vez mais estonteantes.

Os desenhos para o Guggenheim de Bilbao e de Abu Dhabi e da sala de concertos Disney, em Los Angeles, parecem todos variações sobre um mesmo tema, de salas sob uma cobertura que está menos para jazz e mais para cacofonia ensurdecedora. Em Paris, Gehry comparou o novo museu a um violino que deve ser tocado."

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Metrô de Paris contra agressões às mulheres




Fernando Eichenberg, correspondente do jornal O Globo, publicou ontem (4) na Seção "Lá Fora" do Globo Online que uma campanha de sensibilização foi lançada em Paris contra agressões sexuais à mulheres no metrô da cidade.

Segundo uma pesquisa de opinião feita para a associação feminista Osez le feminisme, que criou a campanha, 94% das mulheres entrevistadas disseram já terem sofrido algum tipo de assédio sexista no metrô parisiense. Por medo de agressões, três quartos delas afirmaram mudar seu comportamento ou a forma de se vestir quando sabem que terão de usar o metrô.

A ideia da campanha é ajudar as mulheres a se reapropriarem do metrô, e por meio de cartazes e adesivos constranger potenciais agressores e encorajar as vítimas a reagirem no caso de serem importunadas.

A campanha, intitulada “Take back the metro” (recupere para si o metrô), é inspirada no movimento americano dos anos 1970 “Take back the night” (recupere para si a noite), para que as mulheres pudessem caminhar à noite sozinhas nas ruas em segurança - o movimento ganhou força em 1975, após o assassinato de Susan Alexander Speeth, na Filadélfia, no Estado da Pensilvânia, quando retornava para casa.

As feministas francesas se apropriaram, por sua vez, das imagens de comunicação oficiais do metrô parisiense aos seus usários, em alertas para o fechar das portas ou sinais de alarme. Neste caso, o alerta é contra os homens agressores.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Castelos ao redor de Paris: Fontainebleau, Vaux-Le-Vicomte e Versailles

"Sois Rei?" - quem não se lembra deste simpático personagem, interpretado por um Jô Soares de joelho, envolvo em um manto real e segurando um cedro dourado? Pois é, me senti exatamente assim ao visitar três lindos palácios perto de Paris: Fontainebleau, Vaux-Le-Vicomte e Versailles.

Fontainebleau, fica no Departamento Seine-et-Marne, a menos de 70 km de Paris e de carro leva-se menos de uma hora e foi lá que Napoleão assinou sua carta de abdicação como Imperador da França, despediu-se das tropas e partiu para seu exílio na Ilha de Elba, em 1814.

Sua fundação remonta há quase nove séculos, no ano de 1137 já era citado em cartas do Rei Louis VII, “O Jovem” e, de uma fortaleza medieval, passou ao mais belo palácio da Renascença Francesa, sob as mãos de François I e, embora por fora pareça menos sofisticado do que Versalhes, sua decoração é extremamente suntuosa.

Criados por Henrique IV, seus jardins cobrem uma área de quase 80 hectares – fruto do desmatamento de parte de sua floresta, que servia como reserva real de caça – com acesso a lagos e canais e ficou conhecido como a “morada dos soberanos” e entre seus moradores ilustres podemos citar: Philippe-Auguste (mais tarde canonizado, com o nome de Saint Louis); Philippe, “O Belo”; François I; Henri II, Henri IV, Louis XIII, Louis XIV, Louis XV, Louis XVI, Napoleão I e até Napoleão III.

Vaux-le-Vicomte foi construído no metade do século XVII, em estilo barroco e também fica no Departamento Seine-et-Marne e de carro chega-se em bem menos de uma hora, já que fica a menos de 60 km de Paris.

Seu dono e construtor, o Superintendente das Finanças de Luís XIV, Nicolas Fouquet, contratou os melhores profissionais da época para assessorá-lo em sua construção: o arquiteto Louis Le Vau, o pintor Charles Le Brun e o paisagista André Le Nôtre.

Imaginem que estes mesmos profissionais serviram a Luís XIV na construção de Versailles, logo após a prisão, processo e julgamento de Fouquet, outrora um grande mecenas das artes, da música, da literatura, protegendo e patrocinando talentos como La Fontaine, Molière, Madame de Sévigné, Pellisson e Scarron, entre outros.

Seus jardins foram considerados como os primeiros “Jardins a la Française” e hoje o palácio é a maior propriedade privada a possuir o título de "Monument Historique" na França.

Já Versailles, contudo, é superlativo, tudo é enorme, das somas investidas em sua construção, aos milhares de operários, aos imensos jardins, em resultado final.

Com Louis XIV quase atingindo a maioridade, seus tutores procuravam um local onde pudessem instalar o Rei e sua corte fora de Paris, que sofria com tumultos e doenças.

O local escolhido foi o antigo pavilhão de caça de Louis XIII, na pequena cidade de Versailles, no Departamento de Yvelines, a menos de 20km de Paris que, se percorridos em carro, leva-se menos de meia hora.

Mais de 30.000 homens trabalharam em sua construção, que drenou o tesouro real por décadas, não apenas pela construção em si, mas também pelo desvio dos rios, canalizações de água doce e ainda na plantação de milhares de árvores de laranja para disfarçar o cheiro de esgoto que não puderam ser adequadamente tratados.

Os seus jardins foram uma obra de arte realizada ao mesmo tempo que a construção do castelo e tão importante quanto, com seus lagos, chafarizes, estátuas e fontes que exigiram um enorme movimento de terraplanagem para a construir beleza onde antes havia apenas mato, prados e pântanos.

Cada um dos três “Louis” que lá viveram (XIV, XV e XVI) até a Revolução Francesa acrescentou melhorias para torná-lo cada vez mais grandioso e mais bonito.

Vaux-le-Vicomte

Vaux-le-Vicomte

Vaux-le-Vicomte

Fontainebleau

Fontainebleau

Fontainebleau

Versailles

Versailles

Versailles