sábado, 31 de janeiro de 2015

Observatório Astronômico Internacional em Paris diz que 2015 terá um segundo a mais



O ano de 2015 vai ter um segundo a mais. Parece pouco, mas essa diferença pode afetar o funcionamento de computadores, e definir vitórias e derrotas, como explica o repórter Alberto Gaspar.

Qual a importância de um segundo? A decisão veio do Observatório Astronômico Internacional, em Paris: 2015 terá um segundo a mais.

Nos relógios solares, os primeiros inventados pela Humanidade, há milhares de anos, e que funcionam com a sombra servindo de ponteiros, não é possível identificar segundos. Mas as mudanças que os outros relógios vão sofrer este ano têm muito a ver com a posição e com o movimento do nosso planeta em relação ao sol.

A rotação, que cria os dias e noites, não é absolutamente regular. Sofre atrasos, que vão se acumulando, até completar um segundo.

“A gravidade, a atração de outros planetas, o Sol, a Lua, outros planetas, e também o movimento das marés afetam a velocidade de rotação da Terra”, diz Mario Fittipaldi, do serviço de Geração da Hora Legal do Brasil.

O ajuste é necessário para que os relógios atômicos, que marcam o horário oficial, não fiquem adiantados. No Brasil, o acerto será na noite de 30 de junho, às 20h59m59s, horário que será repetido uma vez antes de avançar para as 21h.

Será o 26º ajuste desde 1972. Os mais recentes, em 2008 e 2012, geraram problemas em computadores, com sistemas e sites travados por não reconhecer o truque no horário. O Comitê Gestor de Internet no Brasil recomenda cuidados aos profissionais da área.

“Façam uma simulação, mudem o relógio para simular como vai ser esse dia, essa mudança do segundo a mais, e testem seus sistemas, seus softwares com antecedência para ter certeza de que não vai acontecer nada de errado”, recomenda Antônio Moreiras, responsável pela hora brasileira na internet.

Esse ajuste no tempo vai acontecer no horário do Jornal Nacional - que, no dia 30 de junho, vai ter um segundo a mais.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Je ne suis pas Charlie: menino de 8 anos é interrogado após defender os atentados em Paris na escola



Ahmed tem 8 anos e está no segundo ano de uma escola primária em Nice, Sul da França. Uma criança como outra qualquer. Mas nesta quinta, ganhou as páginas dos jornais franceses após vir à tona que ele teria sido convocado para depor numa delegacia por “apologia ao terrorismo”. De acordo com o jornal “Nice Matin”, um dia após o atentado ao jornal “Charlie Hebdo”, o garoto, que é de família muçulmana, teria se recusado a fazer um minuto de silêncio na escola em homenagem aos mortos, além de dizer:

— Eu não sou Charlie. Estou do lado dos terroristas. Os muçulmanos fizeram bem: os jornalistas mereciam a morte.

Em sua conta no Twitter, o advogado da criança, Sefen Guez Guez, disse que o menino e o pai foram convocados à delegacia, após o diretor da escola apresentar queixa, no dia 21 de janeiro. O advogado classificou o episódio como exemplo do “estado de histeria coletiva” vivido no país após os ataques jihadistas em Paris e arredores, que deixaram 17 mortos há três semanas.

Durante o depoimento — que segundo a polícia teria durado meia hora, mas de acordo com o Coletivo Contra a Islamofobia na França (CCIF) levou duas horas — o menino não soube explicar o que significava a palavra “terrorismo”. De acordo com a diretora-adjunta de segurança pública regional, Fabienne Lewandowski, a criança admitiu ter dito algumas coisas.

— Mas, visivelmente, ele não compreende o que está dizendo — disse Fabienne.

Uma das maiores preocupações do governo francês é com a radicalização dos jovens, por isso, resolveu-se investir pesado em propaganda, sobretudo na internet, contra a jihad. Nesta quinta, um vídeo divulgado no site stop-djihadisme.gouv.fr mostrava cenas com homens decapitados sendo crucificados ou jogados de um penhasco, com alertas.

— Eles (jihadistas) te dizem: sacrifique-se ao nosso lado e defenderá uma causa justa. Mas, na realidade, você irá descobrir o inferno na terra e vai morrer longe da sua casa.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

França registra aumento de antissemitismo



No ano passado, 851 atos antissemitas foram registrados na França, quase o dobro dos 453 de 2013. O número registrado em 2014 é o maior desde 2004, segundo as estatísticas divulgadas nesta terça-feira (27/01) pelo Conselho de Instituições Judaicas da França (CRIF).

Em seu relatório, a organização afirma que o antissemitismo está se tornando cada vez mais radical e abrange insultos, discursos que fomentam o ódio, agressões físicas e ataques terroristas.

"Estes atos antissemitas representam 51% de todos os incidentes racistas na França, embora os judeus sejam menos de 1% da população francesa", disse o CRIF, em comunicado.

O número de agressões antissemitas aumentou 130%, para 241 casos – o ápice foi durante a última guerra de Gaza, em julho de 2014. A maioria dos casos foi registrada em Paris, Marselha, Lyon, Toulouse, Estrasburgo e Nice.

Ainda segundo o documento do CRIF, os recentes programas antirracismo não foram capazes de parar o aumento de ações antijudaicas. Por isso, melhores medidas são necessárias para prevenir e combater o antissemitismo.

Hollande promete plano de combate ao antissemitismo

Nesta terça-feira, o presidente da França, François Hollande, falou de uma "realidade intolerável" e anunciou para o fim de fevereiro um plano de combate ao racismo e antissemitismo. Em discurso durante cerimônia pelos 70 anos da libertação de Auschwitz-Birkenau, Hollande se dirigiu aos judeus franceses: "Vocês, franceses de fé judaica, o seu lugar é aqui, no nosso lar: a França é o seu país."

A comunidade judaica na França tem entre 500 e 600 mil membros e é considerada a maior da Europa e a terceira maior do mundo, depois de Israel e dos Estados Unidos. Há anos, judeus franceses têm reclamado de um antissemitismo crescente no país.

No ano passado, dobrou o número de judeus que deixaram a França e se mudaram para Israel: 7 mil pessoas. Pela primeira vez, Israel registrou mais imigrantes vindos da França do que de qualquer outro país do mundo.

Nos atentados de Paris, no início de janeiro, judeus também foram alvos: durante um sequestro num minimercado, o jihadista Amedy Coulibaly matou quatro reféns judeus, antes de ser morto pela polícia francesa.

Com informações da Deutsche Welle.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Val Thorens é eleita a melhor estação de esqui do mundo

Vista noturna do vilarejo de Val Thorens, a partir de uma das pistas de esqui Foto: Divulgação

A repórter Natasha Mazzacaro publicou no último dia 22, no Caderno Boa Viagem do Globo Online, uma excelente matéria sobre a estação de ski de Val Thorens, eleita a melhor estação de esqui do mundo, pela World Ski Awards e cujo vilarejo tem apenas um quilômetro quadrado e conta com uma boate subterrânea, queijos e até mergulho em um lago congelado. Segue a peça, que recomendo a leitura:

"VAL THORENS — Foi por puro e completo capricho do destino que Val Thorens permaneceu, durante séculos a fio, como um dos segredos mais bem guardados da França. Todo ano, assim que a primavera dava os primeiros sinais de sua chegada, alguns poucos pastores iniciavam uma subida rumo às gigantescas montanhas da região de Savoie.

Durante o período mais quente, eles dormiam em casas rústicas feitas de pedra, comiam o que caçavam e caminhavam por horas com seu rebanho de ovelhas. Antes do inverno, lá faziam eles o caminho de volta, deixando para trás o tal segredo, que só seria revelado nos anos 1970.

Foi há exatamente 43 anos que um grupo de intrépidos esquiadores decidiu fazer uma excursão pelos altos — e inexplorados durante o frio — cumes da região. Impressionados com a cadeia de montanhas esquiáveis, resolveram instalar uma base para a prática do esporte. Hoje, Val Thorens é considerada como a melhor estação de esqui da França e do mundo, título dado pela World Ski Awards, em 2013/2014 e 2014/2015. Não é difícil entender o porquê.

Para começar, o resort a 2.300 metros de altitude é o mais alto da região de Trois Vallées (onde o vilarejo está localizado) e da Europa. Logo, é também a primeira de todas as estações de esqui a ter neve. A área esquiável dá inveja às concorrentes: são 600 quilômetros de pistas, que se dividem entre pretas, vermelhas, azuis e verdes (há mapas com localização, telefone de socorro e horários de funcionamento na oficina de turismo). A variedade é tão grande que é possível esquiar ao sol, durante todo o dia.

— Como temos neve mais cedo, nosso período de abertura também é mais longo. Vai de 22 de novembro a 10 de maio. Mesmo no verão, nossa neve é leve e porosa. Em abril, quando as outras estações começam a fechar, há muitos atletas que vêm para Val Thorens — ressalta Eric Bonnel, diretor da oficina de turismo local. — Outra vantagem é que Val Thorens é um resort ski in/ski out ou ski aux pieds, o que quer dizer que há neve na porta dos hotéis e que os turistas não precisam pegar transporte para começar a esquiar.

Com uma cadeia tão majestosa de montanhas, pode ser difícil decidir por onde começar. Se o tempo for curto, a instrutora de esqui e mãe do atleta Adrien Theaux, Fabienne, dá a dica:

— Num dia inteiro, é possível fazer um roteiro saindo da vila, passando por Méribel-Mottaret (o filé mignon para se esquiar na região), Saulire (uma das pistas mais bonitas e ponto obrigatório) e Courchevel-Le Praz.

De alguns pontos, dá para ver mais de cem picos franceses, suíços e italianos, incluindo o mais pop de todos, o Mont Blanc. E nem é preciso esquiar para fazer parte do público que assiste a esse espetáculo selvagem. Caminhada com raquete é bem popular nos Alpes franceses.

A estrutura colocada sob as botas convencionais não se parece em nada com o acessório para jogar tênis, na verdade. Trata-se de uma base de plástico que desliza sobre o gelo, soltando apenas a parte que fica atrás do pé. Por isso, é possível caminhar normalmente. A geringonça é esquisita, mas a sensação de que alguma coisa está fora da ordem dura muito pouco.

A guia Brigitte Ruff faz dois tipos de passeio: um que dura o dia todo (com piquenique num refúgio de montanha) e outro, meio dia. A mais curta começa na igreja e atravessa a primeira pista de esqui — de onde se tem uma charmosa vista das casas de pedra de Val Thorens. A partir daí, o cenário se torna cada vez mais selvagem, com destaque para a Aiguille de Péclet, o ponto mais alto da região, com 3.562 metros de altura. O trecho final tem vista para o Vallé de Belleville, cercado por um mar de montanhas e de nuvens, que formam um lago de “algodão doce”. Nesse momento, Brigitte saca da bolsa uma garrafa térmica com chá adoçado com mel de Savoie, que esquenta o corpo e dá a sensação de que não falta mais nada no mundo.

Como não há pinheiros acima de 1.800 metros, a estação parece estéril, mas há muita vida por ali, como comprovam as patinhas carimbadas na neve. Há marmota, raposa, camurça, íbex, sapos (eles hibernam protegidos pelas rochas durante o frio)... Dizem que caminhando cedo ou à noite, é possível ver algumas dessas espécies. Não deixe de prestar atenção também nas estrelas perfeitas que ficam presas no cabelo, quando neva.

Outro programa imperdível é escorregar pela maior pista de trenó da França. O circuito tem sete quilômetros de extensão e abre duas vezes por semana para uma aventura à noite, iluminada apenas por lanternas de cabeça. Não gostou? Val Thorens tem tirolesa de 1,3 km a 300 metros de altura; pista de corrida sobre o gelo que leva o nome de Alain Prost; e até mergulho no lago congelado! Sim, você não leu errado. Quem já fez e viu bolhinhas de ar escorregarem contra o teto de gelo, garante que a experiência é excepcional.

QUEIJOS E BOATE SECRETA NO APRÈS-SKI

O vilarejo de Val Thorens, delimitado por lei em um quilômetro quadrado, também oferece diversas atividades après-ski. A igreja local promove concertos gratuitos de jazz e música clássica toda terça-feira, às 18h30m. No Centro Esportivo, há lojinhas de materiais esportivos, piscina e sauna, que se pode desfrutar, pagando uma taxa de day use. O restaurante La Folie Douce tem DJs à noite. Mas o mais o impressionante talvez seja a casa noturna Malaysia.

À primeira vista, o lugar parece um pequenino chalé de madeira. Mas basta descer as escadas, logo após a entrada, para comprovar o título de maior boate em montanha da Europa. A casa subterrânea é gigantesca e tem DJ e bandas diariamente, com entrada gratuita. É o point de Val Thorens depois das 23h.

Quando amanhecer, não deixe de conferir o contraponto das esculturas de madeira típicas na oficina de turismo (trabalho de um artesão de Saint Martin) e dos grafites feitos por vários artistas franceses, no estacionamento público da estação.

Val Thorens é uma vila nova, com apenas 500 habitantes durante o verão (no inverno, são cerca de dois mil). Por isso, não há lojas muito tradicionais. Mas, estando na França, se torna compulsória uma visita às charcuteries locais, como a La Belle en Cuisse ou a La Ferme de Thorens. Não deixe de experimentar reblochon fermier, beaufort e tomme de Savoie, queijos típicos dos três vales.

— O reblochon tem a consistência de um gruyère e é delicado e perfumado. Já o tomme é bem forte. Parece um queijo de cabra, apesar de ser feito com leite de vaca — explica Roman Logeais, da Belle en Cuisse.

Fabienne (a instrutora de esqui, mãe do atleta Adrien Theaux) diz que a receita dos campeões é a tartiflette de reblochon, com vinho branco, batata, ervas, bacon e creme de leite fresco. Nessas lojinhas, há outra joia típica: uma bebida alcoólica feita com génépi, uma delicada flor que nasce nas montanhas, durante a primavera.

Val Thorens está preparadíssima para receber os turistas brasileiros, como prova Eric Bonnel, diretor da oficina de turismo, com seu “bom dia” em português perfeito (ele passou a infância no Rio). Quer mais? O Club Med, que tem 15 resorts de neve na França, abriu em meados de dezembro sua mais nova unidade ali. E quem é o chef de village? O paulista Daniel Guimarães.

— Dentro do ranking do Club Med, atualmente os brasileiros são a primeira nacionalidade nos resorts de esqui, depois dos franceses. Dos seis mil que vêm para os Alpes italianos, franceses e suíços, 1,6 mil se dirigem para Val Thorens nessa temporada. E olha que nós acabamos de abrir — ressalta Guimarães, que é casado com uma brasileira que também trabalha na estação.

O hotel foi construído em um ano e meio e substitui o antigo resort do grupo na região. A decoração é bem diferente de seus similares de montanha. Em vez de tons escuros, o prédio tem um ar clean, com quartos recheados com peças de madeira clara e cor-de-rosa, lareiras eletrônicas e janelões com vista para as montanhas.

O ar “jovem” começa logo na recepção, cujo pé-direito de 17 metros serve como parede de escalada. O complexo também tem spa, loja, um bar estiloso e dois restaurantes. Um deles, o Epicure, é comandado pelo chef Edouard Loubet, estrelado pelo Guia Michelin. A carta de vinhos, bien sûr, é variada, com rótulos de várias partes do mundo que vão de €14 a €15 mil.

No primeiro andar, outra novidade: um armário para cada quarto, que é aberto com a mesma chave do apartamento. Se você avisar que está chegando, o hotel coloca o seu material de esqui lá. Há instrutores que falam inglês, hebraico e português, idioma que também está em placas por todo o hotel, acompanhado de uma bandeirinha verde e amarela.

Natasha Mazzacaro viajou a convite do Club Med. Fotos de Natasha Mazzacaro / Agência O Globo.

COMO CHEGAR

A estação de esqui de Val Thorens fica a cerca de duas horas e meia de carro de Lyon, na França. Há ônibus, táxis e empresas de transfer que fazem o percurso. Ida e volta de ônibus custam cerca de €115 (R$ 353).

ONDE COMER

Epicure: Comandado pelo chef Edouard Loubet, estrelado pelo Guia Michelin, o restaurante tem menu francês e adega variada e fica dentro do Club Med. Saint Martin de Belleville

Jean Sulpice: Chef nascido no vilarejo, com duas estrelas Michelin. Pratos preparados com ingredientes locais e apresentação moderna. www.jeansulpice.com

La Belle en Cuisse: Queijos e frios. Rue Arcelle 1, Val Thorens

La Ferme de Thorens: Queijos e frios. Centro comercial de Caron

ONDE DORMIR

Club Med Val Thorens: All inclusive, o resort oferece aulas de esqui e ski pass no pacote. De R$ 3.017 a R$ 8.029 por pessoa (mínimo de 7 diárias). wwwclubmed.com.br

Fitz Roy: Suítes a partir de € 378 (R$1.163). www.hotelfitzroy.com

PASSEIOS

Circuit de glace Alain Prost: Tel: (33) 674-782-513

Malaysia: A boate tem entrada gratuita. Place Caron

Mergulho no lago congelado: Ice Diving, tel: (33) 658-146-315

Passeio com raquete: Roteiros de um dia e de meio dia. De €22 (R$ 67) a €40 (R$ 123). www.raquettenature.com

Tirolesa: Sommet du TS de Plan Bouchet. Tel: (33) 479-000-708

Trenó: A € 14 (ou R$ 43 para quem já tem ski pass) ou € 22 (R$ 67). Chalet Luge au Rond Point des Pistes. Tel: (33) 479-000-708

Informações turísticas: Dicas e detalhes sobre passeios e transporte a Val Thorens estão no site www.valthorens.com









terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Drone sobrevoou o Palais de l'Elysée



Segundo informações da France Presse, um drone que emitia uma luz fraca sobrevoou o Palais de l'Elysée a cerca de 30m de altura "durante alguns segundos" na madrugada da sexta-feira, dia 16, por volta das 2h00 da manhã - informaram fontes da presidência francesa.

"Imediatamente notado" pelos serviços da polícia e da guarda que fazem a segurança do palácio presidencial, o drone foi "imediatamente distanciado do Eliseu", localizado no centro da capital francesa, indicou a mesma fonte, acrescentando que uma "investigação judiciária está em andamento".

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Meu Quarteirão X Meu Quartier



Cresci na Rua Dias da Rocha (30/902, telefone 257.3771), em Copacabana, entre os anos 60/70 e, nesta época, ainda menino, podia sair de casa para comprar sorvete e balas na carrocinha Kibon da esquina, pães doces e sonhos na Confeitaria GB, gibis e figurinhas na banca de jornal, carrinhos Matchbox e aviões da Revell na Casa Mattos e até depositar um ou outro cheque para os meus pais no Banco Real de Minas Gerais (logo redondo, dourado), em outra esquina.

Tínhamos, um pouco mais longe, na Rua Domingos Ferreira o Bob’s (o primeiro da rede) a Pizzaria Caravelle e o Restaurante Nino’s (hoje um Devassa, me parece), o Mercadinho Azul, o Casas da Banha da Siqueira Campos e os cinemas de rua, como o Rian, na Atlântica, o Metro, o Art, o Copabacana, o Roxy (salão grande, não este de hoje com três salinhas) e o Caruso, todos na Nossa Senhora de Copacabana.

As pessoas em geral, comerciantes, vizinhos, porteiros se conheciam, se falavam e se cumprimentavam e sabiam de onde você era, qual seu quarteirão, sua rua e, às vezes, até qual o seu prédio.

Infelizmente, isso mudou muito e acredito que tenha a ver com o crescimento da cidade e com o aumento da violência urbana.

Ao me mudar para Paris, em 2010, depois de 32 anos voltando apenas como turista e portanto, sem olhos de morador e, para piorar mais ainda, em outro “arrondissement” ao qual eu ainda não tinha a menor intimidade, o 5º - eu havia morado antes, bem jovem, no 16º.

Ao começar a ter que explorar a área, fui me surpreendendo com coisas que poderia supor de cidades pequenas, do interior, mesmo. Ao fazer coisas simples como cortar o cabelo, ir aos correios e à farmácia foram curiosas porque as pessoas me perguntaram se eu era novo no “quartier” (uma área de alguns quarteirões, normalmente equivalente a ¼ de um arrondissement).

Os “voiturier” de restaurantes, os donos de comércios, feirantes, todos sabem, de uma forma ou de outra, que são os moradores de determinado “quartier”.

Imaginem o meu espanto: afinal Paris recebe mais de 200 mil turistas por dia, fora a sua população de mais de 2 milhões de pessoas em seus vinte “arrondissements” (fez as contas? - são mais de 60 milhões de turistas por ano – na França toda são mais de 80 milhões).

Isso nos passa uma sensação incrível, diferente do que vemos hoje no Rio, São Paulo e até cidades menores como Belo Horizonte ou Curitiba onde mal conhecemos o comércio de vizinhança.

Tudo aqui é feito em estabelecimentos do quartier e onde acabamos sendo reconhecidos por conta da frequência e proximidade: farmácia, boulangerie, estacionamento, supermercado, correios e restaurantes, é claro.

E falando em restaurantes, vou falar de dois que adoro, o La Rotisserie (du Beaujolais, como era chamada até o ano passado) e o Le Petit Pontoise.

O Le Petit Pontoise fica no 9, Rue de Pontoise e serve uma comida francesa simples e deliciosa, em um ambiente acolhedor e pequeno: no máximo trinta e dois comensais. Sempre peço como entrada o Gratin de Ravioles du Dauphine, como prato o Foie de Veau avec du Purée Maison e, como sobremesa, um singelo Ananas Rôtie au Gingembre Confit. Para mim, imperdíveis.

O La Rotisserie fica no 19, Quai de la Tournelle e é do mesmo dono do famoso La Tour D’Argent (algo como o Antiquarius e o Da Silva).

Fica de frente para o Rio Sena e sua especialidades são as carnes vermelhas e aves como patos e frangos, tem ambiente acolhedor e seu serviço é correto. Sempre peço o Foie Gras Poêlé au Miel de amantes de entrada e como prato Demi-Poulet Roti avec du Purée Maison. Já para a sobremesa, uma incrível Tarte au Citron Meringuée.

Essa proximidade com a vizinhança me lembra a infância que tive, bem mais solta do que a nossos filhos e netos têm hoje nas grandes cidades brasileiras. Uma pena.

Puxa, nem vi a hora passar, estou de saída para almoçar.
Em qual dos dois? Semana que vem eu conto.









domingo, 25 de janeiro de 2015

O multiculturalismo falhou na França?




O jornalista correspondente Fernando Eichenberg, de O Globo, publicou hoje uma excelente matéria no Globo Online com o filósofo e ex-ministro da Educação Luc Ferry sobre o fracasso da adoção pela França do multiculturalismo, o que segundo ele transformou o país hoje no maior alvo do terrorismo islâmico. Abaixo reproduzo e recomendo a leitura, segue o texto:

"PARIS — O filósofo e ex-ministro da Educação Luc Ferry defende o modelo republicano francês como superior ao multiculturalismo adotado por países como a Inglaterra e a Alemanha. Na sua opinião, o sistema francês não fracassou, mas foi abandonado após maio de 1968. A França é hoje, segundo ele, o país mais visado no mundo pelo islamismo radical, e deve se preparar para enfrentar a ascendência política interna da extrema-direita.

Você diz que a França é o país mais ameaçado no mundo hoje. Por quê?

Por três razões. A primeira é que temos as maiores comunidades judia e muçulmana da Europa, no mesmo território. Temos entre 5 milhões e 8 milhões de pessoas que são de origem cultural muçulmana. E porvavelmente em torno de 1 milhão de judeus na França. É algo muito singular. Temos aqui refrações particulares do conflito do Oriente Médio. A segunda razão é que temos operações militares exteriores. Houve intervenções na Líbia, no Mali, na República Centro-Africana etc. A França está engajada na luta contra o islamismo radical no exterior. E a terceira razão é que a França é, historicamente, o país da laicidade. E para os islamistas a laicidade significa a sua própria morte. Eles querem o califado, sistemas políticos religiosos. E a França é a separação absoluta da religião e da política, Nos Estados Unidos se tem “In God we trust” nas notas de um dólar, algo totalmente inimaginável na França. Estamos num país em que a laicidade é praticamente sagrada. E por todas estas razões, penso que os problemas estão à nossa frente, e não atrás de nós. E está claro que somos o alvo do Estado Islâmico e da al-Qaeda.

A França é um caso à parte na Europa?

Nós nos recusamos em organizar a França em comunidades, como foi o caso na Inglaterra ou na Alemanha. Eu sou totalmente favorável à integração, mas infelizmente desde 1968 renunciamos progressivamente ao princípio da laicidade republicana à francesa. A república francesa não fracassou, mas foi abandonada. Abandonamos a ideia republicana na França em prol de uma rendição crescente ao multiculturalismo. Foi assim que se constituíram guetos, o que deveríamos ter impedido. Malek Boutih (deputado socialista, ex-presidente da ONG SOS Racismo), quem aprecio muito, diz que há uma centena de guetos na França que são zonas interditadas e que deixamos serem constituídas. Nós abandonamos os princípios republicanos, sob o efeito das ideologias do direito à diferença, multiculturalistas, de direito de minorias. Nós nos americanizamos. Fizemos como países que aceitaram que existam comunidades competamente sepradas umas das outras. Em Nova York, você tem Little Italy, Chinatown etc. Aceitamos estes guetos se constituírem, o que é um escândalo absoluto. Sou totalmente contrário a isso. Em Seine-Saint-Denis (subúrbio norte de Paris), as famílias judias não colocam mais seus filhos em escolas públicas, o que não é normal, mas uma vergonha para a França.

Fala-se há décadas da falência do modelo de integração francesa...

O que é um grave erro. O modelo de integração não falhou, foi abandonado, o que não é a mesma coisa. É porque foi abandonado que não funciona. Há uma coalizão de direita e de esquerda contra a ideia republicana. Daniel Cohn-Bendit e Nicolas Sarkozy entraram nessa ideologia de discriminação positiva.

Este contexto favorece a extrema-direita na França?

Isso é evidente. Não há nenhuma dúvida disso. A Frente Nacional (FN, partido da direita radical) está esfregando as mãos. Há 20 anos que eles dizem que há uma islamização da França e perguntam quantos irmãos Kouachi há no país hoje. Quando vemos certos alunos em escolas de determinados bairros dizerem “Eu sou Kouachi” e que sentem simpatia com o Estado Islâmico, a FN tira consideráveis benefícios. Muitos jovens colocam no mesmo plano uma blasfêmia no papel e um massacre de metralhadora. Podemos discordar completamente do “Charlie Hebdo”, mas não podemos colocar no mesmo nível de armas mortais. Essa situação reforça consideravelmente a FN. São os extremos que se reforçam, como sempre. E é calamitoso.

A escola francesa retornou ao centro dos debates. Qual a sua análise?

O problema da escola é similar: deixamos de lado os princípios republicanos após maio de 1968. E neste caso a direita e a esquerda, de novo, estão na mesma linha. Hoje os professores não têm mais nenhum tipo de autoridade diante de jovens que se recusam a assistir a cursos sobre o Holocausto ou fazer um minuto de silêncio em homenagem às vítimas dos atentados. Há um problema maior a ser resolvido. E penso que a melhor maneira é abordá-lo desde a escola primária. A crianças pequenas ainda não estão revoltadas, não estão com ódio. Deixamos as coisas à deriva por 40 anos, e hoje estamos pagando o preço.

O governo quer reforçar o ensino moral e cívico nas escolas. Você defende que o aprendizado do conhecimento não impede a barbárie...

Este é o grande ensinamento do nazismo. A Alemanha nazista era o país mais culto do mundo, com um sistema educativo de excelente desempenho, e foi o país mais bárbaro do mundo. Era a pátria de Kant, de Goethe, de Schubert, de Bach, e foi o país do nazismo e de Hitler. Osama bin Laden era também culto e inteligente, tinha doutorado de uma universidade americana. A imagem do nazista que tortura sua vítima escutando Schubert, infelizmente, é verdadeira. Pode-se ser extremamente culto e um canalha, e pode-se ser um pequeno camponês dos confins do Brasil e ser um homem de bem. A educação moral e a intelectual são completamente diferentes.

Você considera a imigração um falso debate na França?

A imigração não é o problema, não são os estrangeiros. O problema está relacionado à colonização, a jovens que são franceses há três gerações, e que infelizmente se identificam com o Estado Islâmico e a al-Qaeda. Não são imigrantes, eles são franceses. É preciso parar com este discurso sobre a imigração. O problema atual é a refração das guerras externas — EI, al-Qaeda, Oriente Médio — no interior de bairros franceses, em jovens de três ou quatro gerações de imigrantes que se revoltam contra a França, defendem o islamismo radical e querem ir fazer a jihad na Síria. E devemos aceitar o fato que fomos nós que colonizamos o Magreb, não foram eles que vieram para cá primeiro.

Qual a influência da política externa francesa nos atuais acontecimentos?

Penso que tivemos razão em não intervir no Iraque junto com os americanos. Penso que a intervenção na Líbia foi uma catástrofe. O Mali é discutível, não se podia deixar Bamako tombar nas mãos do islamismo. Fora isso, constato que há 20 anos nossas operações no exterior terminam sistematicamente em catástrofe. Deveríamos refletir sobre os efeitos perversos que produzimos em nossas intervenções em nome dos direitos humanos. Nove em cada dez de nossas intervenções plenas de boas intenções produzem efeitos calamitosos. Sou extremamente cético em relação a isso. Não acredito mais que se possa impor a democracia de fora. Acreditei, mas me enganei.

Você é pessimista em relação ao futuro imediato francês?

O que, apesar de tudo, me deixa um pouco otimista foram essas manifestações do 11 de janeiro. Foi algo extraordinário. Não houve uma vontade de eliminar as diferenças, a direita e a esquerda existem; judeus, católicos e muçulmanos também, mas houve este sentimento de que em frente ao horror e à morte havia valores superiores. Isso é a res publica, a república. Deste ponto de vista, não sou pessimista. Marine Le Pen (líder da FN) não será eleita. Ela estará no segundo turno das eleições presidenciais de 2017, mas não vencerá, este é o meu prognóstico. O sucesso da FN não é algo anedótico, não é fogo de palha, mas a França manterá seus princípios republicanos. Mas hoje estamos engajados numa guerra assimétrica, na qual não há um Estado contra outro, mas pequenos grupos organizados contra Estados. É uma guerra na qual não há critério de vitória nem de derrota, não há assinatura de tratado de paz. São guerras subterrâneas e longas. É o que viveremos nos próximos anos. Por isso, não podemos ceder para a extrema-direita e nem confundir muçulmanos e islamistas.

Não há risco de que, passada a emoção e com o retorno à tona da crise econômica e do desemprego, essa união se deteriore?

A Europa, a França incluída, possui todos os meios de se tornar a primeira potência econômica mundial. As escolhas são políticas. O debate direita-esquerda é legítimo, mas ele não deve ser feito sobre a produção, e sim sobre a redistribuição. Sobre a produção, os liberais têm razão, eles conhecem melhor economia do que os socialistas. Mas deve-se debater a redistribuição das riquezas, a igualdade. Deve-se ser liberal em economia e socialista na política. É a melhor solução."

sábado, 24 de janeiro de 2015

Seis esquiadores morrem nos Alpes

Homens da equipe de resgate carregam o corpo de um dos esquiadores mortos nos Alpes (Foto: Jean-Perre Clatot/AFP)

Segundo informações da France Presse, seis esquiadores de um clube alpino francês desaparecidos no sábado, nos Alpes franceses, foram encontrados mortos, vítimas de uma avalanche, informaram os serviços de emergência.

As seis pessoas, quatro homens e duas mulheres de nacionalidade francesa, com idades entre 50 e 70 anos, partiram no sábado de manhã para esquiar e foram surpreendidos por uma forte nevasca, indicou a prefeitura da região Hautes Alpes.

Três corpos foram encontrados à noite e os outros, três horas mais tarde, depois de retomada as buscas suspensas devido ao mau tempo. Eles estavam a uma altitude de cerca de 2.500 metros.

Quando partiram, "o céu estava claro e o risco de avalanche era de 3 em 5", disse a prefeitura.

Pelo menos 11 pessoas morreram em avalanches na França desde o início da temporada de inverno 2014/2015, de acordo com uma contagem da AFP com base em dados da Associação Nacional para o Estudo da Neve e Avalanche (Anena).

Cerca de 30 pessoas morrem a cada ano em avalanches na França, de acordo com Anena.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Who's Next comemora seus 20 anos



Começou hoje (23) e vai até a próxima segunda-feira (26), a primeira edição da feira de negócios de moda Who's Next em 2015 - que comemora seu vigésimo aniversário neste ano.

Desde 2012, quando as feiras de moda francesas passaram por uma revolução logo depois que a WSN Développement, organizadora da própria Who's Next e de outras feiras como Première Classe and Mess Around (anteriormente da Sodes) vendeu 50% de sua empresa para a Comexposium, organizadora da Prêt-à-Porter Paris.

A partir desse momento partiram para o ataque, produzindo todas as feiras ao mesmo tempo, na mesma época, o que fez com que as ofertas – antes em datas concorrentes e dispersas – fiquem disponíveis para que os 58.000 comparadores de todo o mundo tenham uma maior facilidade de acesso e comparação, o que deixa os mais de 2,1 mil expositores com sorrisos largos.

Esta mega feira de negócios de moda ocupa hoje todos os segmentos do setor, como feminino, masculino, infantil, acessórios, calçados e moda jovem espalhados um uma área de mais de 100.000m2 nos halls 2, 3, 4 e 7 e vai contar com uma nova nomenclatura, “Who's Next, subtitulada Prêt-à-Porter Paris” e ainda quatro áreas distintas: Fame, Ready-toWear, Première Classe e Accessories.

Parc des Expositions de la Porte de Versailles
1 place de la Porte de Versailles
15ème arrondissement
www.whosnext.com

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

França e Alemanha - boas amigas há 62 anos



Há 61 anos, no dia 22 de janeiro de 1963, o Chanceler alemão Konrad Adenauer e o Presidente francês Charles de Gaulle assinaram, em Paris, o tratado da amizade franco-alemã.

A surpresa foi enorme. Ao retornar a Bonn, o chanceler federal Konrad Adenauer dirigiu-se aos jornalistas alemães: "Tentamos mostrar aos franceses que também poderíamos ser bons vizinhos, e tentamos mostrar aos franceses que o interesse comum está em que seja criada uma permanente boa relação entre a França e a Alemanha."

Não foi à-toa que o chanceler falou inicialmente de uma tentativa. Desde cedo, os dois países buscaram o caminho da reconciliação definitiva. O presidente Charles de Gaulle, chefe de Estado francês desde 1958, foi sem dúvida quem fomentou este processo.

Adenauer tinha uma posição dúbia: ele sabia que estava no final da sua carreira política e desejava deixar aos seus sucessores uma política internacional alemã estável. Mas não se entusiasmava em ter, eventualmente, de afrouxar os laços com os Estados Unidos e a Otan, por causa da França.

Europa forte e independente dos EUA

Contudo, uma visão comum uniu os dois políticos: uma Europa poderosa deveria atuar no palco da política internacional de forma independente, mas não contra os Estados Unidos. A viagem triunfal de Adenauer à França, em junho de 1962, foi seguida da viagem igualmente bem-sucedida de Charles de Gaulle à Alemanha, em setembro do mesmo ano.

Em Ludwigsburg, o presidente francês dirigiu-se à juventude alemã: "Eu os felicito por serem jovens alemães, isto é, filhos de um grande povo. Sim, um grande povo que, no transcurso da sua história, cometeu às vezes grandes erros. Mas um povo que também deu ao mundo valores espirituais, científicos, artísticos, filosóficos".

Uma semana depois que Paris rechaçou o ingresso da Grã-Bretanha na Comunidade Econômica Europeia, eram poucos os que acreditavam num tratado franco-alemão. Mas o chanceler alemão não se deixou convencer do fracasso: "Estamos tratando desta cooperação com a França há anos. E, após a sua visita à Alemanha, o presidente De Gaulle propôs que se aproveitassem estas questões para uma ação conjunta e para uma concepção comum, a fim de criarmos algo permanente e consolidado".

Um preâmbulo antigaullista

O tratado, sem caráter de compromisso, foi aprovado com grande maioria pelo Parlamento Federal alemão, em 16 de maio de 1963. Ele foi complementado, no entanto, com um preâmbulo que poderia ser entendido como uma clara crítica à política gaullista. O chanceler alemão esforçou-se para evitar danos políticos.

Da mesma forma como De Gaulle, um ano antes, se dirigira ao povo vizinho em alemão, também Adenauer fez a sua avaliação pessoal da situação no idioma do país vizinho, o francês, afirmando: "Sou da opinião de que o acontecimento mais importante foi a assinatura deste tratado em 22 de janeiro de 1963. Sem este tratado, não há nenhuma união europeia. Os métodos podem mudar, mas o mais importante é nunca perder a confiança dos amigos".

Os críticos da época afirmaram que os tratados raramente têm duração e alguns compararam os documentos de Paris com um buquê de rosas, que não dura muito. Adenauer, cuja paixão pessoal era o cultivo de roseiras, teve de responder a isso.

Sua resposta foi relembrada pelo seu sucessor Helmut Kohl, na comemoração do 20º aniversário do tratado: "Naturalmente, elas têm a sua época, mas as roseiras são as plantas mais duradouras que possuímos. Elas têm espinhos, aqui e ali, por isso é preciso pegá-las com cuidado, mas resistem a todo o inverno. A amizade entre a França e a Alemanha é como uma roseira, que sempre volta a florescer, que sempre dá botões e resiste inteiramente aos rigores do inverno".

(Artigo original publicado pela Deutsche Welle)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Kuerten comemora 15 anos da chegada ao topo



Segundo informações do blog Top Spin, do jornalista Gustavo Loio, o tenista Gustavo Kuerten iniciará amanhã (22), em um evento da Lacoste, em Paris, às comemorações pelos 15 anos da chegada ao topo do ranking.

Embaixador mundial da grife francesa, o tricampeão de Roland Garros participou do lançamento da raquete especial LT12, que produzida com 70% madeira e 30% grafite. David Luiz, zagueiro do PSG e da seleção brasileira, também participou da solenidade.

Nas redes sociais, o zagueiro não poupou elogios ao ídolo do tênis:
- Sem dúvida foi e continua sendo um dos grandes exemplos da minha geração! Cresci aprendendo muito contigo! Obrigado @gugakuerten!! #inspiracao #ídolo

A Lacoste vai produzir apenas 650 unidades da nova raquete. Antes de voltar ao Brasil, semana que vem, Guga vai visitar um médico especialista em quadril, com a esperança de voltar a jogar. Durante a carreira profissional, o ex-número 1 do mundo operou três vezes a região. O surfista do saibro vai visitar o torneio infanto-juvenil Le Petit As, em Tarbes, no Sul da França.


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Após ataques, monumentos e museus de Paris têm filas menores

Homens armados reforçam segurança no Louvre. Foto: Jacques Brinon/AP.




















Segundo a Associated Press ainda não há estatísticas oficiais mas todos os pontos turísticos de Paris têm forte policiamento e contaram com uma forte queda no número de turistas desde os atentados terroristas que deixaram 17 vítimas e três atiradores mortos.

A Torre Eiffel está semivazia

A multidão de turistas não é mais tão grande no monumento mais visitado de Paris. Pouco mais de uma semana depois dos ataques, apenas alguns visitantes tiravam fotos na área, e um ou dois tinham seus retratos desenhados por artistas locais. As longas filas que normalmente circulam os pilares da Torre Eiffel tinham apenas uma fração do tamanho normal.

“Tem estado tudo tão calmo desde os ataques. Não está vindo quase ninguém”, diz o vendedor de sanduíches Kamel Bougrab, que fica do outro lado da rua.

Autoridades da área de turismo não divulgaram o número de turistas de Paris depois dos ataques, mas visitadas da “Associated Press” aos pontos mais conhecidos e entrevistas com vendedores indicam uma queda inicial no número de visitantes.

O estudante britânico Eric Dale, que estava na cidade para uma viagem da escola, disse que um de seus companheiros de sala foi impedido de ir à capital francesa por seus pais, que temiam pela segurança do garoto. “Os meus pais também estavam nervosos, mas no final eles deixaram a decisão final para mm”, diz ele.

Um porta-voz da Torre Eiffel afirma que a atração não registrou queda nas visitas até agora, em comparação com janeiro de 2014. Mas não há ainda estatísticas oficiais compiladas que permitam fazer esse paralelo.

Louvre

Assim como na Torre Eiffel, no Museu do Louvre as filas também estavam mais curtas. “Para mim é bom porque não tive que esperar demais”, diz o guatemalteco Eric Velasquez, enquanto admirava a “Mona Lisa” de Leonardo da Vinci.

O Louvre afirmou que as visitas escolares à região de Paris, incluindo aos museus, foram suspensas pelo Ministério da Educação por causa do estado de alerta que existe desde a última semana. O Louvre normalmente recebe várias centenas de estudantes por dia, e sua ausência responde parcialmente pelo menor número de pessoas na atração.

De qualquer forma, o período de meados de janeiro é sempre mais parado, já que os turistas que vão à cidade para o Ano Novo normalmente já voltaram para casa. “É uma época devagar, é difícil distinguir o que causa a queda”, afirma o museu.

Entre os visitantes, muitos tiraram proveito da presença extra de segurança. Com 10,5 mil soldados ao longo do país, incluindo 6 mil só na região de Paris, a operação de segurança colocada em ação após os ataques é a mais extensa em solo francês na história recente.

Por outro lado, a presença da polícia fortemente armada nas ruas assusta algumas pessoas que vêm de países onde isso é tão visível. “Ver esses rifles enormes toda hora é assustador”, diz uma estudante australiana de 20 anos. “Mas imagino que isso nos faça sentir mais seguros no fim”, completa.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A Mão de Deus e a Mão do Homem – Paris ou Roma?



No início de 2010 publiquei, ainda no Jornal do Brasil impresso, uma crônica sob o título "A Mão de Deus e a Mão do Homem", onde comparava Paris, a mão do homem, com o Rio de Janeiro, naturalmente a mão de Deus.

Pouco tempo depois recebi uma grande bronca por e-mail de um senhor italiano onde insistia comigo que a cidade que havia realmente sido feita pela "mão do homem" seria Roma e não Paris.

Argumentava que quando Roma já era um império colossal Paris não passava de uma pobre aldeia no meio do nada e que só começou a se tornar uma cidade para valer com a chegada deles, os romanos.

Lembrei disso porque estive por estes dias em Roma, que é uma cidade realmente lindíssima, mas que me perdoem os muitos amigos italianos, no meu entender Paris é muito mais.

E quanto ao senhor italiano, respondi que entendia seu ponto de vista, mas que como minha coluna e meu blog se chamavam Rive Gauche, era natural que escrevesse sobre Paris e não sobre Roma, se o fizesse, chamaria a coluna e o blog de Forum Romanum.

Segue o texto que deu origem ao caso.

A Mão de Deus e a Mão do Homem
Nada me tira da cabeça que a atual proximidade do carioca com o parisiense tem algo místico, algo de destino.

Afinal, dez anos antes da fundação do Rio em 1565, fomos invadidos por franceses capitaneados por Villegagnon – que instalou na Guanabara a França Antártica, onde resistiram até 1567, dois anos após a cidade ter sido fundada por Estácio de Sá.

Os franceses voltaram a interferir em nossa História em 1808, durante as Guerras Napoleônicas, quando forçaram a corte portuguesa a fugir para Brasil, então sua colônia, elevando o Rio à condição de Capital do Reino de Portugal e dos Algarves, para em 1815 se tornar a Capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, após condução do Brasil a parte importante do Reino.

Mas vamos deixando o misticismo e a História de lado e ir logo para as Mãos do título.

Por força do trabalho de meu pai e, depois, do meu, sempre viajei muito e pude ter a sorte de conhecer muitas cidades pelo mundo todo, e em nenhuma delas sinto tanto a Mão de Deus e de sua Criação como no Rio de Janeiro.

No Rio temos o verde dos parques naturais, como o da Pedra Branca, que abriga a maior floresta urbana do mundo, e o da Tijuca, com suas grutas e cachoeiras.

Temos a Baía da Guanabara, com seus insistentes golfinhos e suas ilhas, temos as lagoas, como a Rodrigo de Freitas, a da Tijuca, a de Marapendi e de Jacarepaguá, e ainda temos o contraste das pedras, como o Pão de Açúcar, Corcovado, Gávea e Dois Irmãos, com o brilho das areias das trinta e cinco praias e do seu litoral que conta com mais de cem ilhas e uma restinga, a de Marambaia.

E, por pura “covardia” Divina, temos um céu maravilhoso e um povo charmoso e encantador.
– ao menos era em sua maioria (NA)

De forma inversa, Paris encanta porque nela sentimos a Mão do Homem, que pegou uma cidade quase sem natureza e a transformou na Cidade-Luz, um museu a céu aberto onde – a partir de sua reforma entre 1851 e 1870, levada a cabo pelo Barão Georges Eugène Haussmann, então Prefeito de Paris (que culminou por editar leis de posturas urbanas que têm vigência até os dias de hoje) – surgiu essa uniformidade nas ruas, com as características quase únicas em toda a cidade, os pequenos prédios com suas mansardas no último andar, lojas no térreo, varandas e grades nos andares intermediários.

Esse “urbanismo monumental” que Haussmann empreendeu é que transformou Paris no que ela é hoje: elegante, soberba e, talvez, até eterna.

A grandiosidade dos bulevares, das obras de infraestrutura como canais, esgotos e adutoras, parques, monumentos, feitas para suportar décadas de crescimento populacional, botando abaixo centenas de prédios e realojando milhares de parisienses, destruindo bairros por inteiro.

E ainda com uma curiosidade: como revoltas eram comuns naquela época, os grandes bulevares foram desenhados em formas quase retas, de modo a garantir uma rápida disposição de tropas que sairiam de seus quartéis ou das inúmeras gares de então.

Para se ter uma ideia do que foi feito pela Mão do Homem naquela época: a Via Triunfal e sua “sequência monumental”, sem par em todo o mundo, desde a Île de la Cité, passando pelos jardins do Louvre em direção aos das Tuileries e à Place de la Concorde, subindo pela Avenue des Champs Elysées até a atual Place Charles De Gaule/de l’Etoile e suas doze avenidas em forma de estrela, contando com a própria Champs Elysées, mais as avenidas de Wagram, Mac-Mahon, Carnot, de la Grande-Armée, Foch, Victor-Hugo, Kléber, d'Iéna, Marceau, Friedland e Hoche, e ainda os Parques como Bois de Boulogne e Bois de Vincennes.

Isso tudo sem falar no que foi feito antes e depois: a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, o Obelisco de Luxor, as Catedrais de Notre Dame e Sacre Couer, o Beaubourg, o Panthéon, o Hôtel des Invalides, a Conciergerie, as Igrejas como Madeleine, St.-Chapelle, St.-Germain-des-Prés, St.-Sulpice, o Hôtel de Cluny, os Palácios do Louvre, de Luxembourg, as Praças Vendôme e des Vosges etc.

Então, como uma cidade deve sua beleza a Deus, e a outra, ao Homem, sinto-me livre para amar as duas, cada uma ao seu jeito único, peculiar.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Taxa de aprovação de François Hollande dispara



Segundo informações da Reuters, o presidente da França, François Hollande, conseguiu uma recuperação espetacular em sua taxa de aprovação nesta semana, quando dois grandes institutos de pesquisa mostraram que os franceses aplaudiram a maneira como ele lidou com os piores ataques de militantes islâmicos contra o país.

Embora temporário, o aumento do apoio a Hollande e seu governo evitou que a Frente Nacional, partido anti-imigração da líder de direita Marine Le Pen, capitalizasse a violência deste mês em Paris, como alguns analistas haviam previsto, segundo revelou uma das pesquisas.

Embora a imagem renovada do mandatário socialista possa ajudá-lo a combater a resistência à sua iniciativa de desregulamentação econômica encaminhada ao Parlamento, os dois levantamentos afirmaram que a perspectiva ruim para os empregos pode fazer com que a lua de mel não dure.

Três atiradores mataram 17 pessoas na capital francesa duas semanas atrás, incluindo membros da redação do semanal satírico Charlie Hebdo, antes de serem mortos pelas forças de segurança.

Hollande convidou líderes de todo mundo e caminhou à frente de mais de um milhão de parisienses pela cidade em uma passeata no dia 11 de janeiro, e alguns comentaristas viram semelhanças entre o evento e o alívio vivido após a libertação da França dos nazistas em 1944.

À altura

A taxa de aprovação de Hollande disparou para 40 por cento na pesquisa por telefone da Ifop para a revista Paris Match e a Rádio Sud, realizada entre 16 e 17 de janeiro – um avanço inédito de 21 pontos em relação à sua taxa de dezembro e seu nível mais alto em quase dois anos.

“Para os franceses, François Hollande esteve à altura da tarefa, reagiu às acusações de falta de liderança e firmeza, envergou o traje presidencial e colheu a recompensa”, disse o vice-diretor-geral do Ifop França à Reuters TV.

Uma pesquisa separada divulgada no final de semana pelo instituto BVA confirmou a recuperação –Hollande ganhou 10 pontos e foi a 34 por cento, sua melhor marca no levantamento desde maio de 2013.

A aprovação de Hollande chegou a cair para 13 por cento, a mais baixa na história das pesquisas, sobretudo por conta de sua incapacidade de lidar com o desemprego, estacionado acima dos 10 por cento, e por uma série de aumentos de impostos introduzidos durante seus dois primeiros anos no cargo.

A pesquisa do BVA mostrou que o número de pessoas com uma opinião favorável do Partido Socialista, de Hollande, aumentou quatro pontos e chegou a 30 por cento, colocando a legenda adiante da Frente Nacional de Le Pen, que empacou nos 28 por cento, pela primeira vez desde setembro passado.

Alguns analistas haviam previsto que a afiliação islâmica dos atiradores e seus laços familiares com a Argélia e o oeste da África iriam beneficiar o partido anti-imigrante, mas a voz de Le Pen foi sobrepujada pelas manifestações de emoção.

“Não ajudou a Frente Nacional, porque no final das contas os franceses se uniram em torno dos valores centrais e compartilhados da República”, afirmou o diretor de estudos de opinião do BVA, Eric Bonnet, a respeito das manifestações em massa para repudiar o terrorismo e reafirmar as liberdades civis.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Ataques fazem vendas de remédios subir na França



A ansiedade, o medo e a preocupação entre os franceses devido aos ataques terroristas da semana passada em Paris causaram um aumento “sem precedentes” nas vendas de ansiolíticos e soníferos na França. De acordo com um relatório publicado pelo jornal “Le Figaro”, o aumento das vendas desses produtos foi de 18,2% em uma semana.

— Nunca havíamos observado esse tipo de fenômeno. É algo inédito — disse ao diário francês o médico Patrick Guerin, diretor da Celtipharm, uma organização que analisa em tempo real as vendas de 4,8 mil farmácias em todo o país.

Em Vincennes, distrito onde ocorreu a tomada de reféns em um supermercado judaico, e em diversos bairros de Paris, o aumento foi muito maior, segundo Helene Romano, doutora em psicopatologia.

O “Le Figaro”, citando especialistas, destacou que “a angústia e a sensação de medo é real, uma reação inevitável”.

Em maio de 2014, a Agência Nacional de Segurança de Medicamentos advertiu que um em cada três franceses consome medicamentos psicotrópicos, o que, de acordo com o órgão, coloca a França como um dos maiores consumidores desse remédios desse tipo no mundo.


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Maratona de Paris bate recorde de inscritos: 54 mil atletas



Segundo informações do blog "Pulso", de Iúri Totti, a A 39ª edição da Maratona de Paris, que acontece no dia 12 de abril, bateu seu recorde de atletas inscritos, com 54 mil atletas. Sem fazer parte das Majors, que reúne seis das principais maratonas do mundo (Boston, Chicago, Nova York, Berlim, Londres e Tóquio), a prova parisiense terá um pelotão de elite com 12 atletas, quenianos e etíopes, com marcas abaixo das 2h07m15s.

O queniano Moses Mosop, que na maratona de Boston, em 2011 correu em 2h03m06s, é o mais rápido dessa tropa africana, sendo seguido pelo compatriota Vincent Kipruto, com 2h05m13s.

- Este ano, temos 54 mil atletas inscritos, o que posiciona a Maratona de Paris entre as três maratonas mais populares do mundo, atrás apenas de Nova York, com um pouco a mais que Chicago e bem à frente de Londres e Berlim - afirmou Edouard Cassignol, diretor da prova.

Apesar de seu número de participantes, a Maratona de Paris não consegue competir financeiramente com as majors, como a de Londres, que terá os quenianos Dennis Kimetto e Wilson Kipsang, os dois últimos recordistas mundiais, além de marcar a despedida de Paula Radcliffe, de 41 anos, que detém o recorde mundial (2h15m25s), das competições de alto rendimento.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Malinês muçulmano que salvou reféns em Paris recebeu cidadania francesa

Lassana Bathily foi considerado heroi após conseguir esconder reféns de atirador Foto: FRANCOIS GUILLOT / AFP

Segundo informações da France Presse, o funcionário malinês e muçulmano que salvou seis reféns do ataque no mercado judaico de Paris, na sexta-feira passada, recebeu cidadania francesa. Lassana Bathily, de 24 anos, escondeu pessoas que estavam no Hyper Cacher de Porte de Vincennes dentro do congelador e apagou a luz, para que o sequestrador e atirador Amedy Coulibaly não os encontrasse. Ele recebeu o apoio de franceses ao longo desta semana para conseguir a nacionalidade.

“Na sequência dos atos de bravura de Bathily durante a tomada de reféns no mercado Hyper Cacher em 9 de janeiro, o ministério acelerou seu pedido de cidadania”, disse o Ministério do Interior em um comunicado.

Depois que o atirador — também muçulmano e de origem africana — tinha matado pessoas durante a emboscada, Bathily escondeu os reféns e pediu que mantivessem silêncio. Ele conseguiu fugir e foi procurar ajuda com a polícia.

— Eu ajudei judeus. Somos todos irmãos. Não é uma questão de judeus, cristãos ou muçulmanos, estamos todos no mesmo barco — disse ele à rede BFM TV.

Bathily trabalha há quatro anos no Hyper Cacher. Ele deu entrada no pedido de cidadania em julho. Após ser agradecido até pelo presidente François Hollande, uma cerimônia oficial para a entrega da cidadania a Bathily será realizada no dia 20 de janeiro.

Ele lamentou a perda de um amigo no ataque.

— Estou triste. Um amigo se foi e ele era muito jovem — disse, sobre Yohan Cohen, colega judeu dele no mercado, que tinha apenas 20 anos.

Coulibaly morreu após um confronto com a polícia, assim como quatro reféns.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Air France tem novos serviços e assentos para o Brasil



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As novas classes da Air France chegaram nesta semana ao Brasil: São Paulo recebeu no dia 12 o primeiro voo da empresa equipado com as novas versões de seus assentos e os novos serviços a bordo. A partir de agora, as novas classes La Première, Business, Premium Economy e Economy serão gradualmente implementadas em todas as aeronaves que operam os voos para o país.

As novidades, que serão gradativamente implementadas em todos os voos da companhia de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília até o final de 2015, fazem parte do projeto Best & Beyond, que tem como objetivo investir na melhoria dos produtos e serviços e oferecer aos passageiros muito mais conforto e bem-estar a bordo.

Nova suíte La Première - A nova cabine conta com quatro suítes individuais que garantem privacidade absoluta nos voos de longa distância. A poltrona vira uma cama de cerca de dois metros de extensão e os braços do assento são totalmente retráteis, oferecendo um espaço de 77 centímetros de largura.

A intensidade da iluminação da cabine é escolhida pelo passageiro. Basta apertar um botão para fechar automaticamente as persianas e optar por luz ambiente, de leitura ou do abajur de cabeceira. A suíte ainda apresenta tela touch-screen em alta definição de 24 polegadas (61cm), com uma experiência de navegação inovadora, inspirada no iPad, disponível em 12 idiomas e com cerca de mil horas de programação com filmes, jogos, música e séries de televisão. O controle remoto touch é outra novidade no voo, com uma interface especialmente adaptada ao tamanho da tela, o passageiro pode navegar de qualquer posição em que estiver sentado na poltrona.

Quando o passageiro estiver pronto para dormir, os tripulantes colocam um colchão no assento, com travesseiro e edredon Sofitel My Bed®. Em cada suíte, há cortinas grossas com tiras de couro – conceito que permite ao passageiro decidir se quer estar total ou parcialmente isolado. A suíte ainda possui uma mesa e um banco adicional, trasnformando-se em uma sala de estar, um restaurante ou uma área de trabalho. O espaço muda de acordo com o desejo do cliente.

A La Première ainda presenteia cada passageiro com um nécessaire de cosméticos Givenchy: creme para o rosto, roll-on de "lift intenso" anti-cansaço para os olhos, batom, creme para as mãos e outros itens.

Nova poltrona da classe Business - Nas novas poltronas, os passageiros podem desfrutar de seu próprio espaço privativo, suas curvas permitem maior privacidade e a poltrona se trasnforma em uma cama 180º, oferecendo maior conforto. Do lado do corredor, o descanso de braço revestido em couro pode ser totalmente rebaixado, oferecendo mais espaço e, consequentemente, a posição ideal para dormir. O design foi especialmente criado para a Air France pelo designer Mark Collins da Design Investment, empresa especializada em transporte de luxo – barcos, aeronaves particulares e comerciais – e pela agência de design e branding Brandimage.

Uma mesa grande e ajustável, com 25% de espaço a mais (48x42 cm) do que nas poltronas atuais, funciona como mesa de refeições ou estação de trabalho funcional. Uma segunda mesa lateral, integrada à poltrona, aumenta ainda mais a superfície disponível. Com relação ao armazenamento, espaços foram previstos para o fácil acesso do passageiro a sapatos, bolsas ou maletas. Livros, revistas ou tablets são guardados em um bolso que permanece acessível mesmo com a poltrona reclinada. Um compartimento individual com revestimento vermelho acomoda os fones de ouvido, um espelho e objetos pessoais. Luzes do teto, de leitura e iluminação ambiente – localizadas dentro do compartimento e na parte inferior da poltrona – também destacam a elegância da nova poltrona da Air France.

A tela “touch screen” de 16 polegadas (41cm) com imagem de alta definição, oferece uma experiência de navegação inédita, como num tablet. A cada mês, a companhia atualiza cerca de 100 horas de programação.

Novas poltronas Economy e Premium Economy - A nova Classe Econômica tem assento totalmente renovado, com mais espaço para as pernas, novas almofadas, encostos de cabeça mais confortáveis e uma mesa maior. Além disso, possui novas funcionalidades, incluindo uma tomada elétrica e apoio para fones de ouvido.

Já a classe Premium Economy oferece aos clientes uma nova maneira mais confortável de viajar a negócios ou a lazer a preços acessíveis. O assento da nova classe Premium Economy tem 48cm de largura, é ergonômico com reclinação de 123º, e conta com 97cm de distância entre uma poltrona e outra. Além disso, oferece 40% mais espaço que os da Classe Econômica.

Para o entretenimento, telas touch screen mais largas (12 polegadas na Premium Economy e 10 na Economy), com imagens em alta definição oferecem mais de mil horas de música, filmes, séries de TV e outros programas “on demand”. Abaixo de cada tela, uma entrada USB permite que os passageiros recarreguem o celular ou visualize fotos e ouça músicas pessoais ou ainda leia documentos em PDF.

O serviço de refeições a bordo inclui um segundo prato quente e uma nova oferta gourmet (doces, sorvetes), tornando a viagem uma experiência ainda mais agradável. Esta nova opção é oferecida em louça com concepção ecológica projetada pelo designer catalão Eugeni Quitllet.

As famílias, e mais precisamente as crianças, estão no foco das atenções da Air France. Produtos orgânicos adaptados ao gosto de crianças e jovens, nova louça e uma seleção de novos jogos (talheres em forma de avião, emblema do piloto e livros para colorir) tornam o voo um verdadeiro momento de prazer.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Hollande diz que ameaça permanece dentro e fora da França

Beerdigung der ermordeten Polizisten in Paris 13.01.2015

O presidente François Hollande participou, nesta terça-feira (13/01), em Paris, da cerimônia em homenagem aos três policiais mortos nos ataques terroristas ocorridos na semana passada na capital francesa.

Hollande os condecorou postumamente com a Legião de Honra, honraria máxima do país. As medalhas foram colocadas sobre caixões cobertos pela bandeira da França. Estavam presentes os familiares e amigos das vítimas e centenas de policiais.

"Eles morreram para que possamos viver em liberdade", afirmou o presidente durante a cerimônia. "Eles cumpriram seus deveres com coragem, bravura e dignidade. Morreram como oficiais de polícia. Toda a França compartilha sua dor", completou o presidente, falando às famílias dos policiais mortos.

Durante a cerimônia na sede da polícia, que contou também com a presença do primeiro-ministro Manuel Valls e do ministro do Interior Bernard Cazeneuve, o presidente declarou que "a França nunca vai ceder e vai se manter erguida". Segundo ele, as ameaças terroristas "ainda permanecem, dentro e fora" do país.

Com informações da Deutsche Welle.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Paris Magnum, a Cidade Luz vista pelos maiores fotógrafos




Em cartaz até o dia 28 de março, no Hôtel de Ville e com entrada gratuita, a exposição "Paris Magnum", traz 130 fotos que nos contam a história da Cidade Luz através da lente dos maiores fotógrafos da agência Magnum, fundada por Henri Cartier-Bresson.

As fotografias foram feitas por Robert Capa, Henri Cartier-Bresson, Marc Riboud, Raymond Depardon, Martin Parr, Abbas, Patrick Zachmann, Harry Gruyaert, Josef Koudelka, entre outros e refletem bem as mudanças da sociedade parisiense nessas últimas oito décadas.

Esta exposição é imperdível para quem gosta da cidade e de fotografia.

Assista aqui ao vídeo sobre a mostra.

Hôtel de Ville de Paris
5, Rue de Lobau
4ème arrondissement
Telefone: 01 42 76 40 40

domingo, 11 de janeiro de 2015

Paris, a Capital Mundial contra o terror



Entre 1,2 milhão e 1,6 milhão de pessoas realizaram em Paris na tarde deste domingo (11) uma manifestação histórica pela liberdade e pela democracia após os atentados terroristas registrados na França nesta semana.

A passeata homenageou os 17 mortos em três ataques diferentes nos últimos dias que, se somada às outras manifestações que também foram realizadas em outras cidades da França, chega-se a 3,7 milhões de pessoas nas ruas em todo o país.

Uma verdadeira maré humana tomou conta das ruas de Paris. A multidão, reunida sob um frio sol de inverno, alternava slogans como "Viva a França", "Eu sou Charlie" e sua variação mais abrangente "Eu sou Charlie, judeu, policial".

"Paris hoje é a capital do mundo", afirmou o presidente francês François Hollande aos membros de seu gabinete reunidos no palácio do Eliseu, antes de se dirigir para a manifestação.

Outras cidades francesas também reuniram milhares de pessoas nas ruas. Entre 150 mil e 200 mil pessoas marcharam em Lyon (centro), 115 mil em Rennes (oeste), 100 mil em Bordeaux (sudoeste) e 60 mil em Marsella (sul), segundo a France Presse.

A passeata de Paris começou pouco antes das 15h30 na Place da la Republique, liderada pelas famílias e parentes de vítimas dos ataques, seguidos por políticos, lideranças sindicais e religiosas. Atrás deles, uma multidão de anônimos seguia vagarosamente, por haver muitas pessoas no local.

A marcha deste domingo teve escala "sem precedentes", disse o Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, à France Presse. "Os manifestantes se dispersaram em um perímetro muito maior do que estava previsto", afirmou.

Foram mobilizados 5.500 homens, entre policiais e soldados, inclusive 2.200 agentes encarregados de proteger a manifestação diretamente e os militares encarregados do restante da aglomeração parisiense, no âmbito do plano antiterrorista VigiPirate.

"Foram adotadas todas as medidas para que esta manifestação possa transcorrer em um clima de recolhimento, respeito e segurança. Todos os dispositivos estão adotados para garantir a segurança da grande marcha convocada após o massacre no jornal 'Charlie Hebdo'", disse o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

O presidente François Hollande e outros líderes mundiais, além de seu antecessor, Nicolas Sarkozy, caminharam por cerca de 200 metros em um trajeto paralelo ao principal da marcha. Eles fizeram um minuto de silêncio.

Ao lado de Hollande, participaram a chanceler alemã, Angela Merkel; os chefes de governo italiano, Matteo Renzi; espanhol, Mariano Rajoy; e britânico, David Cameron. O ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, foi recebido pelo atual chefe de Estado.

O chanceler russo, Serguei Lavrov; e os primeiros-ministros israelense, Benjamin Netanyahu; e turco, Ahmed Davutoglu; e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmmud Abbas, também participaram, entre outros.

Em seguida, eles se dispersaram e apenas alguns políticos franceses prosseguiram na marcha. Antes de retornar ao palácio do Eliseu, Hollande cumprimentou alguns familiares das vítimas. O presidente também abraçou um dos colaboradores do jornal "Charlie Hebdo", o médico Patrick Pelloux, que chegou ao jornal pouco depois do ataque à redação.

O ministro marroquino das Relações Exteriores, Salaheddine Mezouar, não compareceu à marcha em Paris "em razão da presença de charges blasfematórias" do profeta no evento, segundo comunicado oficial divulgado pela embaixada marroquina.

A manifestação contou, inclusive, com a presença da líder da extrema direita Marine Le Pen, depois de ter afirmado que não recebeu um convite oficial do governo e que a união nacional é fictícia. Le Pen foi ovacionada por cerca de mil pessoas reunidas em Beaucaire.

"Obrigada por estarem aqui para lembrar dos valores da liberdade", disse a presidente da Frente Nacional, em uma breve declaração da varanda do hotel da cidade.

O premiê britânico David Cameron afirmou que participou da marcha deste domingo em Paris para mostrar “solidariedade” com a França. “Foi uma demonstração de solidariedade, as pessoas em todo o país, jovens e velhos, brancos e negros, dizendo que nós estamos com as vítimas”, disse Cameron à agência da rede BBC. Também disse: “Nós vivemos em uma democracia livre e aberta. Você não pode ter certeza de que sempre vai ocorrer prevenção de ataques como esse”.

Com informações do G1.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Polícia francesa mata três terroristas em operações simultâneas

Sky News Four Hostages Dead

Operações simultâneas encerraram ontem (sexta-feira, 9), por volta das 17h00 dois cercos policiais que estavam em andamento na França.

Em um deles, na cidade de Dammartin-en-Goële, a 40km de Paris, os irmãos extremistas Chérif e Said Kouachi, suspeitos do massacre no jornal "Charlie Hebdo", foram mortos na gráfica na qual haviam se refugiado.

No outro deles, no Hiper Casher, um mercado que servia à comunidade judaica de Vincennes, à leste de Paris, foi morto Amedy Coulibaly que matou quatro reféns no local e que já havia matado a policial Clarissa Jean-Phillipe ao sul de Paris, em Montrouge. Outras pessoas que estavam no mercado foram libertadas com vida.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Hyper Casher, o ódio extremista mata em Paris



No Hyper Casher, um mercado judaico na Porte de Vincennes, na região leste da capital, quatro reféns que eram mantidos pelo terrorista Amedy Coulibaly morreram. Coulibaly também é suspeito de ter matado uma policial em Montrouge, ao sul de Paris ontem (8) e teria afirmado estar "sincronizado" com os irmãos suspeitos do ataque ao jornal Charlie Hebdo.

Por outro lado, um funcionário muçulmano do mercado, Lassana Bathily, salvou as vidas de seis judeus franceses ao escondê-los na câmara frigorífica do mercado.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Policial é assassinada em Montrouge, ao sul de Paris



Às 8h19 desta quinta-feira (8), um suspeito que vestia um colete à prova de balas e carregava uma arma de mão e um fuzil automático atirou pelas costas contra policiais que atuavam em um acidente de trânsito ao sul de Paris, na cidade vizinha (e colada) de Montrouge.

A policial Clarissa Jean-Phillipe morreu logo após ser baleada, informaram fontes policiais à AFP e, além dela, um funcionário da limpeza de Montrouge também ficou ferido no ataque, claramente relacionado ao acontecido ontem (7) na sede do jornal Charlie Hebdo.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Philharmonie de Paris abre suas portas



A Philharmonie de Paris, que será inaugurada dia 14 de janeiro, é a mais cara sala de concertos do mundo: após quase oito anos de duração, sua a construção custou €386 milhões.

Com projeto arquitetônico de Jean Nouvel, o novo templo mundial da música clássica faz parte do complexo da Cité de la Musique, no Parc de la Vilette, tem capacidade para 2.400 espectadores, 20 mil metros quadrados de superfície e prevê ainda um terraço com capacidade para 700 pessoas com vista sobre toda a cidade. O destaque original da arquitetura é a fachada, “estampada” com 340 mil pássaros de ferro.

221, Avenue Jean Jaurès
19ème arrondissement
Telefone: 01 44 84 44 84
www.philharmoniedeparis.fr

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

10 coisas para NÃO se fazer em Paris




Na semana passada mostramos 100 coisas que você precisaria fazer para poder se considerar um “parisiense de adoção” ou mesmo ainda fazer ao longo de suas viagens para a capital da França.

Hoje vamos falar e dizer o porquê de não se fazer 10 coisas que muitos fazem por conta do sedutor charme de Paris, com seus cafés, museus, restaurantes fabulosos, lojas das melhores marcas de alto luxo do mundo mas que quando você se encontra lado a lado com uma multidão de turistas calçando seus tênis, vai ser decepcionante e por isso mesmo a esmagadora maioria dos parisienses não as faz - vamos à lista:

1) Não faça compras na Avenues des Champs-Elysées:

A via já pode ter sido a mais bela avenida do mundo, mas que hoje foi invadida por cadeias globais de lojas de moda, como H&M, Zara, Abercrombie, cinemas multiplex, concessionárias de automóveis e uma turba de adolescentes indo e vindo, para cima e para baixo.

2) Não se deslumbre pela alta gastronomia:

Paris tem quase 70 com Estrelas no Guide Michelin Rouge, sendo portanto, um paraíso para os gourmets de todo o mundo. Mas além da muita pompa e circunstância, na grande maioria desses tradicionais e requintados restaurantes, os preços são estratosféricos.

3) Não passar o dia no Louvre ou no d'Orsay:

O Louvre e o d'Orsay são os museus mais famosos de Paris e neles estão algumas da mais famosas obra-de-arte de todo o mundo. Mas não pense nem por um segundo que são suas melhores ou mesmo as suas únicas opções. Paris tem muitas outras opções de museus, municipais ou nacionais e sem as angustiantes e enormes filas para se entrar e também sem as multidões que irão, com certeza, prejudicar a sua experiência.

4) Não assassine a moda ou o estilo:

Em Paris, mesmo nos dias de canicule, nem pensar em usar shorts ou bermudas, a menos que você realmente queira ser tratado como um turista qualquer e, como diriam os franceses, ça ne se fait pas.

Outra dica é: deixe os reluzentes tênis brancos em casa, também porque, como regra geral, os parisienses evitam se vestir como se fossem correr na praia ou escalar os Alpes no inverno.

Por outro lado, também não exagere na produção só porque você está indo para a capital mundial da moda.

5) Não abuse dos táxis:

Paris definitivamente não é Rio ou São Paulo: aqui os táxis são ainda mais difíceis de conseguir e quase nunca se consegue pará-los na rua, sendo necessário fazer filas (enormes, às vezes) em pontos como os de ônibus ou agendá-los com antecedência.

Outro ponto negativo é que a tarifa é alta e por muitas vezes as ruas ficam bloqueadas por carros ou furgões que param em fila dupla e aí seu taxímetro sobre aos píncaros.

6) Não procure um ambiente intelectualizado na Rive Gauche:

É verdade que Sartre e Simome podem ter amado o Les Deux Magots ou o Café de Flore e que Picasso e Hemingway podem ter almoçado ou jantado no La Coupole ou na La Closerie des Lilas mas esses dias acabaram e atualmente esses locais só servem aos turistas e cobram bem cara para isso.

Mas, com sorte, talvez você possa escutar alguém filosofando sobre a imoralidade de se cobrar 16 Euros por torradas com manteiga e um suco de laranja.

7) Não perca tempo subindo a Tour Eiffel:

Imagine que em 2010 quase 7 milhões de pessoas subiram ao topo da torre, o que não é uma coisa simples: filas de quase duas horas para comprar, mais vinte ou trinta minutos entre o chão e as trocas de níveis e elevadores até o topo – sem contar as mesmas filas para descer.

E tudo isso para chegar lá e perceber que a vista, apesar de muito ampla, é bem monótona, já que a cidade é muito plana e toda muito uniforme, à exceção de um ou outro monumento que pode ser avistado.

8) Não reserve o hotel mais barato:

Encontrar um hotel decente em de Paris por um preço razoável pode levar até mesmo os mais experientes viajantes à beira do desespero: a grande maioria dos hotéis são incrivelmente caros.

Mas pior ainda é achar que fez um excelente negócio e se descobrir numa espelunca longe de tudo, sem elevador, sem staff, sem ar condicionado ou mesmo sem calefação.

9) Não se entupa de croissants ou baguettes:

Todos nós sabemos sobre as virtudes de ouro das boulangeries francesas, mas há um mundo inteiro de outros sabores esperando para serem descobertos e sempre, na sua grande maioria, com preços justos e espalhados por pâtisseries em toda a cidade.

10) Não se baseie em estereótipos:

Todos sempre escutamos que os parisienses são grosseiros e que em Paris os garçons são mal-humorados, que os vendedores são inúteis, que todos são esnobes e retraídos.

A verdade é que os parisienses são mais reservados do que a maioria dos brasileiros e que são mesmo menos suscetíveis a ser tornarem nossos melhores amigos em apenas meia hora e que não faz parta de sua cultura distribuir sorrisos e perguntar como podem ser úteis o tempo todo nas lojas, portanto, não retribua isso com grosseria de sua parte.